Ditados populares e novos provérbios com ritmo e melodia

Barco

A água do mês de Julho

A água do mês de Julho
no rio não faz barulho.
Água do mês de agosto
Pode trazer desgosto.
Vais ao rio? Tem cuidado,
que ele pode ser danado!

A cada boca

A cada boca
a sua sopa.
A cada nariz
O seu perfume

A ganhar se perde

A ganhar se perde
e a perder se ganha;
a jogar se aprende
e a aprender se joga.

A ignorância e o vento

A ignorância e o vento
têm muito atrevimento.
Metem-se em todo o lado,
sem saber o que é errado.

A jogar se perde

A jogar se perde,
a jogar se ganha.

A maçã do Juvenal

A maçã do Juvenal
tem sabor especial.
A galinha da vizinha
é melhor do que a minha.

A nuvem passa, a chuva fica

O que passa e o que fica

A nuvem passa, a chuva fica.
A chuva passa, a cheia fica.
Palavra passa, a obra fica.

A preguiça morre à sede

A preguiça morre à sede
num rio andando a boiar.

À primeira, qualquer cai

À primeira, qualquer cai;
à segunda cai quem quer.

A uma apressada pergunta

Pensar

A uma apressada pergunta,
dá uma vagarosa resposta.

Águas passadas

Águas passadas
não movem moinhos.
Águas futuras,
moverão ou não.
Águas passadas
não lavam banhistas.
Águas futuras
são águas previstas.

Ande o frio por onde andar

Ande o frio por onde andar,
pelo Natal cá vem parar.
Ande por onde andar o Verão,
há-de vir pelo S. João.

Aquele que canta

Aquele que canta,
o seu mal espanta;
o que se apoquenta,
o seu mal aumenta.

As aparências iludem

As aparências iludem.
À noite todos os gatos são pardos.
As aparências iludem.
Amigo disfarçado é inimigo dobrado.

Barco parado

Decisões

Barco parado,
não faz viagem.
Quem não decide,
não chega à outra margem.

Barco

Barco

Cada cabeça, sua sentença

Cada cabeça, sua sentença;
cada pescoço, sua gravata.

Chegado à estação do Outono

Chegado à estação do Outono,
o Sol vem com muito sono.
Chegado à estação do Inverno,
quando brilha, o sol é terno.
Chegada a estação da Primavera,
há chuvadas sempre à espera.
Chegada a estação do Verão,
a chuva diz-nos que não.

Como estudares

Como estudares,
tu aprenderás;
como tu fizeres,
assim acharás.

Como treinares,
assim jogarás;
como tu fizeres,
assim acharás.

Como praticares,
assim tocarás;
como tu fizeres,
assim acharás.

Com o fogo não se brinca

Com o fogo não se brinca;
acender pode queimar.
Com a água não se brinca;
há ir e vir, há mar e mar.

De pequenino

De pequenino
se torce o pepino.
De pequenino
se ensina o menino.
De pequenino
se aprende violino.
De pequenino
se ganha tino.
De pequenino
se corrige o cretino.

Deitar cedo e cedo erguer

Sono necessário

Deitar cedo e cedo erguer,
dá saúde e faz crescer;
dormir tarde, e tarde erguer,
não dá tempo de aprender.

Depressa e mal

Depressa e mal
é o geral;
depressa e bem,
há pouco quem.

Devagar se vai ao longe

Devagar se vai ao longe;
depressa e bem, ninguém;
Apressado come cru;
paciente, come bem.

Em janeiro

Em Janeiro,
cada ovelha com seu cordeiro.

Aproveite Fevereiro
quem folgou em Janeiro.

Em Março,
tanto se dorme como se faz.

Abril frio e molhado,
enche o celeiro e farta o gado.

Maio frio e Junho quente:
bom pão, vinho valente.

Mês de Junho,
foice em punho.

Nevoeiro de S. Pedro
põe em Julho o vinho a medo.

O mês de Agosto será gaiteiro,
se for bonito o 1º de Janeiro.

Setembro, ou seca as fontes
ou leva as pontes.

Em Outubro,
guarda-se o pão, guarda-se a semente.

Em Novembro,
come-se castanhas com vinho ou sumo.

Nuvens em Setembro:
chuva em Novembro e neve em Dezembro.

Em Janeiro sobe ao outeiro

Em Janeiro sobe ao outeiro;
se vires verdejar,
põe-te a chorar,
se vires nevar,
põe-te a cantar.

Filho és, pai serás

Presente e futuro

Filho és, pai serás;
como fizeres, acharás.
Novo és, velho serás;
como fizeres, acharás.

Pequeno és, grande serás;
como fizeres, acharás.
Aluno és, professor serás;
como fizeres, acharás.

Logo que outubro venha

Precaver

Logo que outubro venha,
trata de encontrar lenha.
Antes de se molhar,
trata de a guardar.

Mais vale um burro vivo

Mais vale um burro vivo
do que um sábio morto;
mais vale a minha ovelha
que as duas do vizinho.
Mais vale burro vivo
do que cavalo morto.
Mais vale prevenir
do que remediar.
Mais vale estar sozinho
que mal acompanhado.
Mais vale um só toma
do que dois eu darei.
Mais vale um sim tardio
do que um não vazio.
Mais vale chegar tarde
do que não chegar nunca.

Muito falar, pouco acertar

Muito falar, pouco acertar;
nada falar, há que cuidar.
Cão a ladrar, há que cuidar;
cão a calar, pode atacar.

Muitos poucos fazem muito

Muitos poucos fazem muito;
muitas gotas fazem mar.
Muitas letras são poema
para quem se apaixonar.
Muitas folhas fazem livro
a escrever e publicar.
Muito pouco é um passo;
muitos passos, caminhar.

Não há boa terra sem bom lavrador

Não há boa terra
sem bom lavrador;
não há boa pesca
sem bom pescador;
não há boa equipa
sem bom treinador;
não há boa escola
sem bom professor;
não há bom teatro
sem bom ator.

Não podes ter sol na eira

Não podes ter sol na eira
e chuva no nabal.
Ou estás na Inglaterra,
ou estás em Portugal.
Não podes ter sol no campo
e chuva no jardim.
Ou moras em Lisboa
ou moras em Berlim.

Nem tudo o que luz é ouro

Nem tudo o que luz é ouro,
nem tudo o que alveja é prata.
A aparência ilude
e a imprudência mata.

No Carnaval

No Carnaval
nada parece mal.
No Entrudo
faz-se quase tudo.

O dinheiro compra pão

O dinheiro compra pão
mas não compra gratidão;
o dinheiro compra livros,
mas não compra o saber.
O dinheiro compra prendas,
mas não compra a amizade;
dinheiro compra remédios,
mas não compra a saúde.

O medo já não guarda a loja

O medo já não guarda a loja;
o medo já não guarda a vinha;
o medo já não guarda a casa…
feche sempre a porta, ó vizinha.

O novo por não saber

O novo por não saber
e o velho por não poder
deitam tudo a perder.

O sol quando nasce é para todos

O sol quando nasce é para todos.
O rio quando enche é para todos.
A maré quando volta é para todos.
A brisa quando sopra é para todos.
A lua quando inspira é para todos.

Olhar para a uva

Olhar para a uva
não mata a sede.
Olhar para a água
não lava as mãos.

Onde fores ter

Onde fores ter,
faz como vires fazer.
Onde se chora
não cantes.
Onde se estuda,
não brinques.
Onde se corre
não marches.
Onde se trabalha
não jogues.
Quando fores a Roma
faz como os romanos.

Os homens e as mulheres não se medem aos palmos

A medida

Os homens e as mulheres não se medem aos palmos.
Os homens e as mulheres não se medem à palmas.

Quanto maior a nau

Quanto maior a nau,
maior é a tormenta.
Quanto mais alto sobes,
maior o trambolhão.
Quanto maior a luta,
melhor sabe a vitória.
Quanto maior é o sonho
maior a desilusão.

Quem tem unhas toca guitarra

Quem tem unhas toca guitarra?
Quem tem pernas é um atleta?
Quem tem pés joga à bola?
Quem tem voz é cantor de ópera?

Um burro com livros é um doutor?
Um macaco com Viola é um virtuoso?
Um homem com calções é um atleta?
Uma mulher com hábito é uma freira?

Quem em novo não trabalha

Quem em novo não trabalha,
em velho comerá palha.
Imita sempre a formiga,
e viverás sem fadiga.
Faz como no formigueiro:
guarda sempre algum dinheiro.

Jogo rítmico de copos (titi titi titi tá)
8. O indicador direito bate no fundo do copo.
9. O indicador esquerdo bate no fundo do copo.
10. A mão direita agarra o fundo do copo.
11. A direita bate com a boca do corpo na mão esquerda.
12. A esquerda bate o fundo do copo na mesa.
13. A esquerda bate o fundo do copo na mão direita.
14. A direita passa o copo ao colega da direita.

Quem espera, desespera

Quem espera, desespera?
Quem espera, sempre alcança?
Espero casar contigo,
dar-te uma linda aliança.

Quem me repreende

Quem me repreende,
do mal me defende.
Quem chama a atenção,
dá uma lição.

Quem muito dorme

Quem muito dorme
pouco aprende.
Quem muito fala,
pouco aprende.

Quem muito escuta,
muito aprende.
Quem muito observa,
muito aprende.

Quem pouco estuda,
pouco aprende.
Quem pouco arrisca,
pouco aprende.

Quem te avisa

Quem te avisa,
teu amigo é.
Quem te repreende,
teu amigo é.
Quem te ensina,
teu amigo é.
Quem te ajuda,
teu amigo é.
Quem te acompanha,
teu amigo é.

Quem tem filhos, tem cadilhos

Quem tem filhos, tem cadilhos.
Quem não tem, cadilhos tem.

Quem tem medo fica em casa

Quem tem medo fica em casa.
Quem tem medo compra um cão.

Quem tem muitos filhos

Quem tem muitos filhos,
tem muitos sarilhos.
Quem vai por atalhos,
mete-se em trabalhos.

Semeia e cria

Semeia e cria,
terás alegria.
Semeia e trabalha:
verás que não falha.

Tantas vezes vai o rato ao moinho

Probabilidades

Tantas vezes vai o rato ao moinho,
que um dia fica lá com o focinho.
Tantas vezes vai o cântaro à fonte
que um dia fica-lhe a asa no monte.

Todos os caminhos

Todos os caminhos vão dar à ponte,
quando o rio vai de um ao outro monte.

Trabalho do menino

Trabalho do menino é pouco,
mas quem o despreza é louco;
é pouco o que pode fazer,
mas assim está a aprender.

Uma mão lava a outra

Uma mão lava a outra
e as duas lavam a cara.
Amigo ajuda o amigo
e os dois juntos são mais fortes.

Vão-se os anéis

Vão-se os anéis,
fiquem os dedos.
Vai-se o dinheiro,
fique a saúde.

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Amiguinhas

No aperto do perigo

O amigo

No aperto do perigo,
se sabe quem é amigo.
Mais vale um vizinho à mão
do que ao longe o nosso irmão.

Um amigo verdadeiro
vale mais do que dinheiro;
um amigo diligente
é melhor do que parente.

Um amigo que não presta,
uma faca que não corta
uma caneta já gasta,
que se percam, pouco importa.

Amiguinhas

Amiguinhas

Os amigos são para as ocasiões

Os amigos são para as ocasiões.
Na prisão e no hospital,
vês quem te quer bem ou mal.

Quem ama Beltrão

Quem ama Beltrão,
ama o seu cão.
Quem ama o Torcato,
ama o seu gato.
Quem ama a Joana,
ama a sua mana.
Quem ama a Beatriz,
ama o seu nariz.
Quem ama o Edgar,
ama o seu olhar.

Quem feio ama

Por amor

Quem feio ama,
bonito lhe parece.
Quem gordo ama,
elegante lhe parece.
Quem baixo ama,
alto lhe parece.
Quem parvo ama,
divertido lhe parece.

Quem meu filho beija

Sentimento pa(ma)ternal

Quem meu filho beija,
minha boca adoça.
Quem meu filho bate,
em mim deixa mossa.

Quem te avisa

Quem te avisa,
teu amigo é.
Quem te repreende,
teu amigo é.
Quem te ensina,
teu amigo é.
Quem te ajuda,
teu amigo é.
Quem te acompanha,
teu amigo é.

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Galo

Provérbios com animais

Ave de rapina

Ave de rapina
não sabe cantar.

Galinha cantadeira

Galinha cantadeira,
pouco poedeira;
Galinha que canta,
faca na garganta.

Ave que canta demais

Ave que canta demais
não sabe fazer o ninho;
talvez vá deixar os ovos
na casa de um vizinho.

Galo que acompanha pato

Galo que acompanha pato
no lago morre afogado.
Mais vale andar sozinho
do que mal acompanhado.

Galo

Galo

Como canta o galo velho

Como canta o galo velho,
assim cantará o novo.
Como voa o cuco velho,
assim voará o novo.
Como anda o burro velho,
assim andará o novo.
Como faz o homem velho,
o novo fará ou não.

Pelo voo se conhece a ave

Conhecimento

Pelo voo se conhece a ave.
Pelo canto se conhece o pássaro.
Pelo fruto se conhece a árvore.
Pelo sopro se conhece o vento.
Pela obra se conhece o homem.

No tempo do cuco

No tempo do cuco,
no tempo do cuco,
tanto está molhado
como está enxuto.

Filho de peixe

Filho de peixe,
peixinho é.
Crescerá e será peixe.

Filho de cão,
Cachorro é.
Crescerá e será cão.

Filho de porco,
leitão é.
Crescerá e será porco.

Filho de boi,
vitelo é.
Crescerá e será boi.

Filho de cavalo,
potro é.
Crescerá e será cavalo.

Filho de bode,
cabrito é.
Crescerá e será bode.

Filho de galo
pinto é.
Crescerá e será galo.

Filho de carneiro,
borrego é.
Crescerá e será carneiro.

Filho de leão,
leãozinho é.
Crescerá e será leão.

Filho de rã
girino é.
Crescerá e será rã.

Filho de peixe sabe nadar

Filho de peixe sabe nadar;
filho de águia sabe voar;
filho de cavalo sabe galopar;
filho de homem, aprende a andar.

Não engordam as galinhas

Não engordam as galinhas
onde engordam as raposas.
Não engordam os ratos
onde engordam os gatos.
Não medram as pencas
onde os caracóis moram.
Não medram as árvores
onde as cabras moram.

Cada macaco, no seu galho

Cada macaco, no seu galho;
cada passarinho no seu ninho.
Cada coelho na sua toca.
Qual o seu lugar, ó meu vizinho?

Pássaro sozinho

Pássaro sozinho
não quer fazer ninho.
Homem sem par
não quer fazer lar.

Mais vale um burro vivo

Mais vale um burro vivo
do que um sábio morto;
mais vale a minha ovelha
que as duas do vizinho.
Mais vale burro vivo
do que cavalo morto.
Mais vale prevenir
do que remediar.
Mais vale estar sozinho
que mal acompanhado.
Mais vale um só toma
do que dois eu darei.
Mais vale um sim tardio
do que um não vazio.
Mais vale chegar tarde
do que não chegar nunca.

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Jogo das cadeiras

Quem foi ao ar perdeu o lugar

Dinâmica baseada em ditado popular

Quem foi ao ar,
perdeu o lugar.

Quem foi ao vento
perdeu o assento.

Quem foi à feira
perdeu a cadeira.

Quem foi ao vinho
perdeu o banquinho.

Na sala de aula, as cadeiras estão um pouco afastadas da mesa de maneira que as crianças possam sentar-se com facilidade. O professor atribui a cada aluno sete vidas para o jogo a realizar. Em pé junto à cadeira, as crianças cantam os quatro duetos. Em seguida, o professor improvisa em tambor e os alunos movem-se pela sala ao som do ritmo. A qualquer momento, o professor pode dizer “Já!”, ou percute um ritmo combinado. Nesse momento, as crianças tentam sentar-se na cadeira mais próxima. O último a sentar-se perde uma das sete vidas.

Clique AQUI para saber mais!

Jogo das cadeiras

Jogo das cadeiras

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Livro aberto

Provérbios recriados

A sabedoria dos provérbios e variações

Muitos poucos fazem muito
muitas gotas fazem mar.
Muitas letras são poema
para quem se apaixonar.

Muitos fracos são a força
quando têm coração.
Grãos pequenos alimentam
uma grande multidão.

Muitas folhas fazem livro
a escrever e publicar.
Muito pouco é um passo;
muitos passos, caminhar.

MUSICATIVIDADE

Depois de recitarem ou cantarem as estrofes, as crianças organizam-se em círculo, com um pequeno livro resistente e fácil de passar de mão em mão. Enquanto cantam a terceira quadra (que se pode repetir se não for dada ordem de paragem), vão passando o livro. Um voluntário competente, exterior à roda, quando lhe aprouver (pode ser a meio da estrofe) percute um padrão rítmico previamente combinado. A criança que tiver nesse momento o livro deve dizer uma frase sobre o que significa o livro e que importância tem. Quando o toque calhar sobre uma criança que já disse algo, passa ao colega seguinte, de modo a todos participarem.

[ António José Ferreira ]

Livro aberto

Livro aberto

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Macaco-aranha-da-cara-branca, foto Conexão Planeta

Cada macaco no seu galho e variações sobre o provérbio

Ao ar livre, a cada quadra é atribuído um ou mais espaços para onde as crianças podem ir, bem como formas de se organizarem.

Cada quadra pode funcionar como um jogo só, repetindo-se a jogada. Toda a gente canta e quando o professor diz “já” ou faz um som estridente de macaco todas as crianças devem procurar um galho.

Uma possibilidade é metade da turma cantar e a outra jogar, invertendo-se depois os papéis.

Pode cantar-se o conjunto das quadras e fazer-se uma pequena maratona de jogos, com o professor a dizer “já” para as crianças fazerem a ação respetiva.

  • Há colunas ou outros espaços que funcionam como galhos para onde os macacos podem ir.
  • Há uma tampa circular de balde de azeitonas ou tremoços para cada criança. Quando o professor diz a quadra respetiva, as crianças vão buscar a sua conchinha ou carapaça (tartaruga) e não devem deixá-la cair, sob pena de perderem um vida.
  • Há lugares, arbustos ou árvores que funcionarão como espantalho(s).
  • O carreiro de formigas é único e por aí se verá a capacidade de liderança.
  • O último em cada jogada perde uma de 7 vidas que são dadas a todos previamente.

Cada macaco
fica no seu galho.
Vê se não falhas
que eu não falho!

Cada formiga
no seu formigueiro.
Leva a comida
p’lo carreiro!

Cada caracol
na sua conchinha.
Vê lá se não perdes
a casinha!

Cada passarinho
no seu espantalho.
Ser organizado
dá trabalho.

Cada tartaruga
em sua carapaça.
É assim que evitas
a ameaça.

António José Ferreira

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Macaco-aranha-da-cara-branca, foto Conexão Planeta

Macaco-aranha-da-cara-branca, foto Conexão Planeta

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Galo

COMO CANTA O GALO VELHO

animais da quinta, aves, masculino:

Como canta o galo velho,
assim cantará o novo.

Como grasna o pato velho,
assim grasnará o novo.

Como grulha o peru velho,
assim grulhará o novo.

Como fala o homem velho,
o novo falará ou não.

animais da quinta, mamíferos:

Como zurra o burro velho,
assim zurrará o novo.

Como ronca o porco velho,
assim roncará o novo.

Como rincha o cavalo velho,
assim rinchará o novo.

Como diz o homem velho,
o novo dirá ou ou não.

feminino:

Como ri a hiena velha,
assim rirá a nova.

Como muge a vaca velha,
assim gemerá a nova.

Como silva a cobra velha,
assim silvará a nova.

Como canta o homem velho,
novo cantará ou não.

insetos:

Como zune a abelha velha,
assim zunirá a nova.

Como zoa a mosca velha,
assim zoará a nova.

Como crila o grilo velho,
assim crilará o novo.

Como faz o homem velho,
o novo fará ou não.

formas de locomoção:

Como voa o cuco velho,
assim voará o novo.

Como anda o burro velho,
assim andará o novo.

Como nada o peixe velho,
assim nadará o novo.

Já o homem, anda, nada
e, p’lo ar, vai de avião.

António José Ferreira

OBSERVAÇÕES

Para a geração seguinte não passa tudo o que vem da anterior, pode haver avanços, pode haver retrocessos e haverá, sem dúvida, diferentes formas de abordar a música, a Língua, o movimento e a comunicação. Este texto foi criado com base num provérbio mas derivou para uma lengalenga. Presta-se a vários tipos de abordagem, articulando a brincadeira com a Língua Portuguesa, o Estudo do Meio, a Poesia e a Filosofia.

Clique AQUI para saber mais.

NOTA

O estudo e recolha de provérbios tem um nome, é “paremiologia”. Há uma Associação Internacional de Paremiologia.

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Gato

SE ÉS AMIGO DO BELTRÃO

Recriação de um provérbio com rimas sobre nomes para o desenvolvimento de competências nas áreas do Português e da Música

Se tu gostas do Beltrão,
és amigo do seu cão.

Se és amigo do Torcato,
és amigo do seu gato.

Se és amigo do Gonçalo,
és amigo do cavalo.

Se és amigo do Hilário,
és amigo do canário.

Se és amigo da Joana,
tu és amigo da mana.

Se tu amas a Emília,
amas a sua família.

Quem ama o Albertino,
ama o seu menino.

Quem ama o Edgar,
ama o seu olhar.

Quem ama o Alcindo,
acha que é muito lindo.

Quem ama a Marcela,
acha que é bela.

Quem ama o Belmiro,
acha que ele é giro.

Quem ama a Catarina,
acha que ela é fina.

Quem ama o Delmar
vai querer casar.

Quem ama a Ana Rosa,
acha-a amorosa.

Quem ama o José,
ama-o p’lo que ele é.

Se tu gostas da Fabrícia,
faz-lhe uma carícia.

Se tu gostas da Iria,
dá-lhe uma alegria.

António José Ferreira

SUGESTÕES

Para se memorizarem e transmitirem, os provérbios tiraram recorreram ao ritmo, rima e musicalidade.

Para começar, o professor diz os quatro primeiros duetos.

Adaptados ou não, os provérbios são uma oportunidade para jogos que ensinam e divertem.

Depois, diz o primeiro verso e todas as crianças dizem o segundo, que rima com o primeiro.

Depois, estando numa roda, as crianças passam a palma. Todos mantêm a palma da mão esquerda para cima. A esquerda recebe a palma, a direita bate, na sua vez. Sem perder a pulsação.

Na escola ou em família podem fazer-se brincadeiras e concursos de rimas. O adulto diz o primeiro verso e a criança indicada dirá o segundo.

Clique AQUI para saber mais.

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Amigas

NO APERTO DO PERIGO

No aperto do perigo,
sabe-se quem é amigo.

Mais vale um vizinho à mão
do que ao longe o nosso irmão.

Um amigo verdadeiro
vale mais do que dinheiro.

Um amigo diligente
é melhor do que parente.

Um amigo é um irmão
que nasce do coração.

Provérbios (já a Bíblia tem um Livro dos Provérbios) são ditos ou ditados populares que passam oralmente de geração em geração. O seu autor não é conhecido e não se sabe como surgiram.

Oriundos da China ou de Israel, dos índios ou das tribos africanas, provérbios são expressões de sabedoria que resumem a observação de anos e de séculos. No que se refere ao tempo, aos sentimentos, às competências, às relações, ao amor, às atitudes.

SUGESTÕES

Muitos provérbios já têm ritmo, rima e musicalidade. Na escola ou em família, podem dizer-se em estilo RAP (Rhythm and Poetry, isto é, Ritmo e Poesia).

Os provérbios, adaptados ou não, podem ser uma oportunidade para jogos divertidos. Estando numa roda, as crianças mantêm a palma da mão esquerda para cima. Uma bola maleável, de tamanho médio, passará de mão em mão. A esquerda recebe, a direita pega e passa. Como a passagem da bola deve ser feita sem perder a pulsação, o professor treina esse aspeto antes de introduzir a quadra/provérbio. Quando o grupo for competente, introduz o provérbio. Poderá introduzir mais do que uma bola quando achar conveniente.

Em vez de passar a bola maleável, o professor pode utilizar uma bola pequena de basquetebol, que cada criança, em círculo, deverá bater no chão de modo a passar ao colega da sua direita.

António José Ferreira

Clique AQUI para saber mais.

Amigas

Amigas

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Bebé tocando pianinho

DE PEQUENINO

De pequenino
se torce o pepino.

De pequenino
se ensina o Paulino.

De pequenino
se aprende violino.

De pequenino
começa o ensino.

De pequenino
se é bailarino.

De pequenino
se aprende a ser fino.

De pequenino
se agarra o destino.

“De pequenino / se torce o pepino.” foi o ponto de partida para uma reflexão sobre o que é importante fazer “desde pequenino” para elevar ao máximo o potencial da criança.

Diz-se cada vez mais que a educação musical começa na gravidez. No seio materno, os bebés já registam sons de dentro e de fora do útero. A intervenção precoce da música contribui para o desenvolvimento do cérebro.

Com ou sem necessidades educativas especiais, as crianças beneficiam da música. O seu desenvolvimento futuro, começa na família e continua na Creche, Jardim de Infância e Ensino Básico. Resultados estudados comprovam os benefícios de práticas inclusivas e de parcerias entre pais e profissionais no sentido de desenvolver aspetos motores, cognitivos e afetivos. A música é um meio de comunicar e criar laços. A qualidade da música nos primeiros anos contribui grandemente para o desenvolvimento de competências musicais, linguísticas e matemáticas,

SUGESTÕES PEDAGÓGICAS

Para acompanhar a lengalenga/provérbio, pode-se usar percussão corporal:

  • mão direita na palma da mão esquerda
  • mão direita no lado direito do tórax
  • mão esquerda no lado esquerdo do tórax.
  • No dueto seguinte pode percutir-se, se as características das crianças já o permitirem:
  • mão direita na perna direita
  • mão esquerda na perna esquerda
  • estalo com os dedos polegar e médio da mão direita.

Com crianças da educação pré-escolar, especialmente, pode dizer-se um ou mais duetos caminhando. As crianças marcam a pulsação com pé direito e pé esquerdo, em marcha pela sala. Podem fazer gestos relativos ao texto, se o professor o entender. Para ajudar a manter a pulsação, o professor toca num tambor ou pandeiro.

Clique AQUI para saber mais.

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