Canções de instrumentos
Poemas/canções sobre instrumentos
[ António José Ferreira ]
Meu pai acabou o curso
Meu pai acabou o curso
No ano dois mil e um.
Pianista, toca a solo,
Como el’ não há nenhum.
Encontrou uma cantora
No ano dois mil e dois.
Duo de canto e piano
Quiseram formar depois.
Juntou-se um oboísta
No ano dois mil e três.
Meu pai também toca agora
em trio com um francês.
Conheceu uma flautista
No ano dois mil e quatro.
Tem agora o seu quarteto
E até toca no Teatro.
Um trompista entrou no grupo
No ano dois mil e cinco.
São agora um quinteto
E tocam com muito afinco.
Juntou-se um contrabaixista
No ano dois mil e seis.
O sexteto é tão famoso
que até toca para reis.
Entrou uma trompetista
No ano dois mil e sete.
O septeto é conhecido
Mais por causa da trompete.
Juntou-se um baterista
No ano dois mil e oito.
O octeto é famoso,
E o baterista afoito.
Juntou-se uma trombonista
No ano dois mil e nove.
O noneto até tem
crítica que o aprove.
Juntou-se um saxofonista
No ano dois mil e dez.
Decateto, toca em clubes,
Em igrejas e em sés.
MUSICATIVIDADE
Conforme a indicação oral do professor, as crianças organizam-se como intérpretes solistas (solo) ou em duo, trio, quarteto, quinteto, sexteto, septeto, octeto, noneto, decateto. O professor vai improvisando em instrumento de percussão (ou outro). Crianças vai entrando para o agrupamento do professor por ordem alfabética e conforme a quadra fale de intérprete no masculino ou no feminino, e fazem de conta que tocam um instrumento.
No grupo da percussão
No grupo da percussão,
há um reque a raspar
e um bombo divertido
passa o tempo a rufar.
No grupo da percussão
há maracas a abanar
e um triângulo de ferro
que gosta de tilintar.
No grupo da percussão
há pratos a entrechocar.
Quando martelar o gongo,
toda a gente vai notar.
No grupo da percussão
clavas estão a tocar
e um lindo pau-de-chuva
o Inverno quer imitar.
MUSICATIVIDADES
Se possível, usam-se os instrumentos referidos, convencionais ou reciclados.
Em forma de jogo, o professor determina 3 locais com a respetiva categoria de instrumentos, eventualmente com arcos de cores diferentes.
Sopro
Corda
Percussão
Tecla
Pele
No exterior ou em sala ampla, as crianças estão dispersas à distância adequada. Recitam ou cantam uma ou mais estrofes. Quando o professor diz “Percussão!”, ou “Sopro”, todos procuram entrar (ou pelo menos colocar um pé) no arco respetivo. E assim sucessivamente. O último a chegar (ou os que não conseguirem) perdem uma de sete vidas previamente dadas a todas as crianças.
O professor pode também dizer verbos como “soprar”, “percutir”, “bater”, “raspar”, dedilhar”, as crianças deslocam-se para o arco respetivo. Ou dizer instrumentos da respetiva categoria (bombo em peles; flauta em sopro; piano em tecla; reco-reco em percussão.