Tag Archive for: fábulas

Os três porquinhos

“Os Três Porquinhos” é um conto popular com características de fábula, pois utiliza animais com comportamento humano para transmitir uma clara moral da história: a importância da diligência, do trabalho árduo e da previsão para garantir a segurança. Contos e fábulas são uma ferramenta valiosa em Educação para a Cidadania.

Três porquinhos viviam felizes na casa da mãe, que fazia tudo pelos filhos. Dois deles não a ajudavam em nada, e o terceiro sofria com isso.

Certo dia, a mãe chamou os porquinhos e disse:

– Queridos filhos, vocês estão muito grandes. É hora de terem mais responsabilidades. A partir de hoje, vão morar sozinhos.

A mãe preparou um lanche reforçado e dividiu o dinheiro pelos filhos, para poderem comprar material e construírem uma casa.

Era um dia de sol. A mãe porca despediu-se dos seus filhos:

– Tenham cuidado e sejam sempre unidos!

Os porquinhos foram pela floresta em busca de um bom lugar para fazer a casa. Porém, no caminho começaram a discordar sobre o material que usariam. Cada porquinho queria usar um material diferente. O primeiro porquinho, preguiçoso, disse:

– Não quero muito trabalho! Dá para construir uma boa casa com palha, e sobra dinheiro para comprar outras coisas.

O porquinho mais sábio advertiu:

– Uma casa de palha não é segura.

O outro porquinho preguiçoso, o irmão do meio, sugeriu:

– Prefiro uma casa de madeira, é mais resistente e prática. Quero ter tempo para descansar e brincar.

– Uma casa toda de madeira também não é segura – comentou o mais velho – Como te vais proteger do frio? E se um lobo aparecer, como vai te vais proteger?

– Eu nunca vi um lobo por estas bandas e, se fizer frio, acendo uma fogueira! – respondeu o irmão do meio.

– Já que cada um vai fazer uma casa, eu farei uma casa de tijolos. Só quando acabar é que irei brincar convosco. – Respondeu o mais velho.

O porquinho trabalhador pensava na segurança e no conforto; os mais novos preocupavam-se em poupar no trabalho.

– Não há perigo que justifique fazer uma casa de tijolo. – Disse um dos preguiçosos.

Cada porquinho escolheu um canto da floresta para a sua casa. Contudo, as casas acabaram por ficar próximas. O Porquinho da casa de palha, comprou a palha e em poucos minutos fez a morada. Já estava a descansar quando o irmão do meio, que tinha construído a casa de madeira chegou chamando-o para ver a sua casa.

Ainda era manhã quando os dois porquinhos se dirigiram para a casa do mais velho.

– Ainda não acabaste?! Ainda nem vais a meio! Nós vamos almoçar e depois brincar. – disse, irónico, o porquinho do meio.

O mais velho não ligou aos comentários e continuou a trabalhar, preparando cimento e assentando tijolos.

Três dias depois, a casa estava pronta! Os dias foram passando, até que um lobo percebeu que havia porquinhos na floresta. Com a barriga a roncar de fome, o animal só pensava em comer porco. Foi então bater à porta do porquinho mais novo, o da casa de palha. Antes de abrir a porta olhou pela janela e, ao ver o lobo, começou a tremer de medo.

O Lobo bateu mais uma vez, o porquinho então, resolveu tentar intimidar o lobo:

– Vá embora! Só abrirei a porta ao meu pai, o grande leão! – mentiu o porquinho cheio de medo.

– Leão é? Não sabia que um leão era pai de um porquinho. Abre já essa porta. – Disse o lobo com um grito assustador.

O porquinho ficou quieto, a tremer de medo.

– Se não abrires por bem, abrirei à força. Vou soprar forte e a tua casa vai pelos ares.

O porquinho ficou desesperado, mas continuou resistindo. O lobo soprou uma vez e nada aconteceu; soprou novamente e a casa voou. O porquinho desesperado correu em direcção à casinha de madeira do irmão.

O lobo correu atrás dele. Quando chegou, o porquinho viu o irmão na varanda.

– Corre, corre! Entra para casa! O lobo vem aí! – gritou desesperado e a correr. Os porquinhos entraram a tempo, e o lobo chegou a seguir batendo com força na porta. Os porquinhos tremiam de medo. O lobo então bateu na porta dizendo:

– Porquinhos, deixem-me entrar um pouco!

– Nunca, Lobo! Vai embora e deixa-nos em paz. – disseram os porquinhos.

– Então vou soprar e farei a casa voar. O lobo, furioso, encheu o peito de ar, soprou forte contra a casinha de madeira que não aguentou. Os porquinhos aproveitaram a falta de fôlego do lobo e correram para a casinha do irmão mais velho. Chegando lá, pediram ajuda.

– Entrem, deixem esse lobo comigo! – disse o porquinho mais velho.

O lobo chegou e voltou a atormentá-los:

– Porquinhos, porquinhos, deixem-me entrar um pouco!

– Espera sentado, lobo mentiroso. – respondeu o porquinho mais velho.

– Já que é assim, preparem-se para correr. Em poucos minutos a casa vai pelos ares!

O lobo encheu os pulmões de ar e soprou contra a casa de tijolos, que nada sofreu. Soprou mais forte e… nada! Resolveu atirar-se contra a casa na tentativa de derrubá-la. Mas nada abalava a casa. O lobo resolveu voltar para a toca e descansar até o dia seguinte. Os porquinhos assistiram a tudo pela janela do andar superior da casa. Os mais novos comemoraram quando perceberam que o lobo foi embora.

– Calma! Não comemorem ainda! O lobo é esperto, não desistirá facilmente. – Advertiu o porquinho mais velho.

No dia seguinte, bem cedo, o lobo estava de volta à casa de tijolos, disfarçado de vendedor de frutas.

– Quem quer frutas fresquinhas? – gritava o lobo enquanto se aproximava. Os porquinhos mais novos ficaram com muita vontade de comer maçãs e iam abrir a porta quando o irmão mais velho disse:

– Nunca passou por aqui ninguém a vender nada… Não é estranho que depois de aparecer um lobo, apareça um vendedor?

Os irmãos acreditaram que era um vendedor, mas resolveram esperar. O lobo disfarçado bateu novamente na porta e perguntou:

– Frutas fresquinhas, quem vai querer?

Os porquinhos responderam:

– Não, obrigado.

O lobo insistiu:

– Não precisam de dinheiro, é um presente.

– Muito obrigado! Não queremos! Temos muitas frutas aqui!

O lobo furioso revelou-se:

– Abram logo, poupo um de vocês!

Os porquinhos nada responderam e ficaram aliviados por não terem caído na mentira do falso vendedor.

De repente ouviram um barulho no tecto. O lobo havia encostado uma escada e estava a subir pelo telhado. Imediatamente o porquinho mais velho aumentou o fogo da lareira, na qual cozinhava uma sopa de legumes. O lobo desceu pela chaminé com a intenção de surpreender os porquinhos, e caíu na panela de sopa a ferver.

– A-úúúúúúú!- Uivou o lobo, correndo em direção à porta. Nunca mais foi visto por aquelas terras.

Os três porquinhos decidiram morar juntos daquele dia em diante. Os mais novos concordaram que era importante trabalhar.

Pouco tempo depois, a mãe dos porquinhos, cheia de saudades, foi morar com os filhos. Todos viveram felizes na casinha de tijolos.

Três Porquinhos

Três Porquinhos

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

Saiba mais na Reciclanda e contacte-nos:

António José Ferreira:
962 942 759

Histórias do Burro

Contos populares com características de fábula, utilizando animais com comportamento humano para transmitir uma clara moral da história, são uma ferramenta valiosa em Educação para a Cidadania.

O burrinho e as estações

No Inverno, o burrinho cansou-se da neve, da chuva e do frio:

– Nunca mais chega a Primavera… Então poderei passear e comer erva fresca! Agora passo o tempo no estábulo… Ai que saudades da Primavera!

A Primavera chegou e dono carregou-o com sementes e estrume para o campo.

E o burrinho começou a dizer:

– Nunca mais chega o Verão… para comer erva com abundância, apanhar sol e ir para a sombra quando quiser. Ai que saudades do Verão!

O Verão chegou e o dono carregou-o de erva, feno e sacos de fruta.

E o burrinho dizia:

– Nunca mais chega o Outono… então poderei descansar e não andarei tão carregado ao calor do sol. Ai que saudades do Outono!

Chegou o Outono e o dono carregava-o de lenha para o tempo para fazer comida no Inverno.

O burrinho percebeu:

– Bem… o melhor é realmente o Inverno. Pode chover ou nevar, mas ao menos posso dormir à vontade e ficar sossegado em casa.

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

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António José Ferreira:
962 942 759

O burrinho e os livros

O burrinho adorava ser livre e passear pelos campos. Depois da primeira semana de aulas, disse:

– A escola é aborrecida. Aprender tudo o que está nos livros cansa muito. Vou faltar.

Meses depois disse para consigo:

– Vou comer os livros e assim fico a saber tudo mais depressa do que indo à escola.

Assim fez.

Achou que já sabia tudo e foi à escola mostrá-lo aos colegas.

– Então, N., nunca mais vieste à escola…

– Mas olha que tenho aprendido à mesma… – disse o burrinho.

Os colegas disseram:

– Diz lá então o alfabeto…

Quando abriu a boca, só lhe saiu:

– I-hó! I-hó! I-hó!…

Os amigos desataram à gargalhada e disseram com ar de troça:

– Olha, olha, já sabe duas vogais…

O burrinho foi triste para casa dizendo:

– Os colegas troçaram de mim… o melhor é ir sempre à escola e a fazer os trabalhos de casa.

O burrinho e o cavalo

Um burrinho e um cavalo iam pela estrada, à frente do dono. O cavalo não levava carga, enquanto o burro ia muito carregado.

– Ajuda-me, cavalo, que daqui a pouco eu não aguento…

– Nem penses. O dono não me deu carga para levar. – respondeu o cavalo.

Já sem força, o burro caiu e não conseguia levantar-se.

– O burro não aguenta mais. Vou pô-lo em cima do cavalo. – disse o dono para consigo.

E assim fez. Colocou o burro e a sua carga em cima do cavalo.

O cavalo aprendeu, dizendo para consigo mesmo:

– Realmente, ajudar não custo muito e faz muito bem.

Adaptado de autores desconhecidos

Burro, planalto mirandês

Burro, planalto mirandês

Fábulas em verso

Fábulas cantadas ou declamadas, versificadas por António José Ferreira, ferramenta de Educação para a Cidadania

As fábulas em verso para crianças possuem uma inestimável importância pedagógica.  São uma ferramenta de educação para a cidadania, incutindo valores e contribuindo para o desenvolvimento da linguagem e do pensamento crítico. Acompanhadas de percussão corporal ou de instrumentos feitos de materiais reutilizados, a sua relevância aumenta ainda mais.

O formato em verso e a presença de personagens animais com atitudes humanas cativam as crianças, facilitando a memorização e o prazer pela leitura. A musicalidade e o ritmo da poesia ajudam no desenvolvimento da competência linguística, expandindo o vocabulário e aprimorando a compreensão textual e a expressão oral.

No campo ético-moral, a “moral da história” no final de cada fábula é uma ferramenta didática. De forma simples e de fácil assimilação, as narrativas introduzem dilemas e situações que estimulam a reflexão sobre o bem e o mal, promovendo a aquisição de valores essenciais como empatia, solidariedade, responsabilidade, justiça e perseverança (e criticando a vaidade, a ganância e a injustiça).

Ao explorar as emoções e as escolhas dos personagens, as fábulas fortalecem o sentido crítico e a inteligência emocional da criança, preparando-a para compreender e lidar com as complexidades das relações sociais de maneira humanizada e consciente.

A cigarra e a formiga

Fábulas adaptadas e escritas em verso por António José Ferreira

Durante todo o Verão,
que bem cantou a cigarra;
de dia, ‘stava na praia,
à noite, ia para a farra.

Ficou no campo a formiga,
pensando no seu celeiro.
O esforço do seu trabalho,
rendeu-lhe um bom mealheiro.

O Inverno só trouxe frio
e nada para comer:
à porta do formigueiro
foi a cigarra bater.

– Durante todo o verão
cantei p’ra te alegrar:
dá-me um pouco de comida
para eu poder jantar.

– Enquanto te divertias,
eu ‘stava a trabalhar.
Cantavas todos os dias,
agora vai lá dançar.

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

Saiba mais na Reciclanda e contacte-nos:

António José Ferreira:
962 942 759

A rã e a vitela

Uma rã, que era invejosa,
viu no campo uma vitela,
admirou o seu tamanho
e quis ser igual a ela.

Deixou logo o seu charquinho,
começou a engordar,
tanto era o seu desejo
de à vitela se igualar.

A rã perguntava às outras
se já era grande e bela,
mas estava muito longe
do tamanho da vitela.

Tanto a rã inchou de inveja
que um dia rebentou:
não foi uma rã feliz
nem à vaca se igualou.

A raposa e a cegonha

Certo dia, a raposa
foi visitar a cegonha,
e o que ela fez depois,
diga-se, é uma vergonha.

Convidou a sua amiga
para um belo jantar
e pensou numa partida
p’ra da cegonha zombar.

A cegonha foi a casa
da sua amiga raposa
e no prato, a comida,
estava deliciosa.

A raposa comeu bem,
nem por isso a cegonha,
porque aquele prato raso
para o bico é uma vergonha!

A cegonha agradeceu
e pensou retribuir.
Convidou D. Raposa
para a sua casa ir.

Fez uma sopa de carne
que era um manjar perfeito
e serviu o seu petisco
num jarro bastante estreito.

A raposa comeu pouco
e ficou aborrecida.
A cegonha, afinal,
devolveu-lhe a partida.

As queixas do pavão

Lamentava-se o pavão
de não cantar nada bem,
de não ter a voz bonita
que o rouxinol sempre tem.

– Não reclames – disse Deus -,
pavãozinho despeitado!
Não vês que, p’las tuas cores,
és famoso em todo o lado?

Cada um tem seu encanto:
a águia tem a coragem,
o melro tem o seu canto,
o pavão, rica plumagem.

A ave compreendeu:
não se podia queixar.
Ninguém é perfeito em tudo,
em tudo há que se alegrar.

O corvo e a raposa

No ramo de um arbusto,
o corvo mostrava um queijo:
a raposa aproximou-se
atraída p’lo desejo.

Muito esperta, a raposa
foi o corvo elogiar,
suas penas e seu canto,
e até a forma de andar.

Cego pelo seu orgulho,
o corvo pôs-se a cantar:
o queijo caiu do bico
e à raposa foi parar.

O esquilo e as avelãs

Muitas nozes e avelãs
tinha o Senhor Esquilo:
lembrou-se de partilhar
alguns frutos do seu silo.

Pegou na melhor bandeja,
para as nozes of’recer,
e mandou o seu filhote
ao vizinho, a correr.

Quando viram a bandeja
os olhos do seu vizinho,
nem se lembraram das nozes
of’recidas com carinho.

Nem o esquilo viu de volta
a bandeja preferida,
nem na casa do vizinho
houve prenda parecida.

O pescador e o peixinho

Havia um pescador,
um pescador havia.

Um dia foi à pesca,
foi fraca a pescaria.

Pescou só um peixinho,
levou-o à Maria.

Quando chegou a casa,
ouviu o que não queria.

– Se fosse um peixe grande,
que almoço não daria!

– O peixe é pequenino
e muito cresceria!

José pegou no balde,
deitou o peixe à ria.

O veado e os amigos

No meio de uma floresta,
um veado adoeceu.
Um grupo dos seus amigos
foi ver o que aconteceu.

Foram para socorrê-lo,
ou talvez o consolar,
para cumprir o dever
de o amigo ajudar.

No fim da sua visita,
tiveram um bom repasto:
e da erva do veado,
quase não deixaram rasto.

Com pouco alimento perto,
aquele velho veado,
morreu ainda mais cedo,
infeliz, esfomeado.

A fábula mostra que…

Um amigo que não presta
E uma faca que não corta,
Que se percam pouco importa.

Provérbio

O velho rei da selva

O leão, o rei da selva,
perdeu forças e poder:
tornou-se apenas um velho
preparado p’ra morrer.

Os burros davam-lhe coices
e os lobos davam dentadas;
gazelas faziam troça
e os bois davam cornadas.

Mal conseguia rugir
o cansado rei leão:
chegara a hora de os fracos
lhe poderem dizer não.

A fábula mostra que…

Em leão morto até cãezinhos dão dentadas.
(Provérbio latino)

Leão

Leão

O lobo e o capuchinho

Um dia, o Senhor Lobo
que andava a passear,
avistou o Capuchinho
e foi logo perguntar:

– Aonde vais, ó menina,
com essa linda cestinha?
– Vou levar um bolo e mel
à minha rica avozinha.

Mais depressa foi o lobo
à casa da avozinha
enquanto ia praticando
falar com voz de netinha.

(Alguém bate à porta)

– Quem está a bater à porta?
– É a tua qu’rida netinha.
– Ai meu Deus, é o lobo mau.
– Não te como, avozinha.

(Entretanto, o Capuchinho Vermelho chega a casa da avó e vai ter com ela.)

– Que grandes são os teus olhos!
– São para te observar!
– Que grande é o teu nariz!
– É p’ra melhor te cheirar!

– Que fofas as tuas mãos!
– São p’ra melhor te tocar!
– Que grande é a tua boca!
– É p’ra melhor te beijar!

“Capuchinho Vermelho é um conto de fadas clássico, cujas origens podem ser traçadas a fábulas europeias do século X. O nome do conto vem da protagonista, uma menina que usa um capuz vermelho. Publicada pela primeira vez pelo francês Charles Perrault, e depois pelos Irmãos Grimm (da versão mais conhecida), o conto sofreu inúmeras adaptações, mudanças e releituras da cultura popular mundial, é uma das fábulas mais conhecidas de todos os tempos em todo o mundo.” (Wikipédia)

Os meninos e as rãs

Dois colegas de turma iam a pé para a escola e entretinham-se às vezes a fazer asneiras. Certa manhã, o Bruno viu o Hélio e disse:

– Hélio, espera por mim!

– Despacha-te, Bruno…

Quando chegaram à ponte, puseram-se a olhar o rio e a ver os peixes.

– Olha rãs… Vamos atirar-lhes pedras? – disse o Hélio.

– Grande ideia… – disse o colega. E atirou uma pedra que estava no chão.

– Olha maçãs… vamos atirar maçãs…

– Come esta maçã que faz-te bem à saúde! – disse o Bruno, achando que tinha muita piada.

A professora ia de carro e disse para consigo:

– Ah, estes são os meus alunos Bruno e Hélio… Que estarão a fazer?… Coisa boa não será… Atirar pedras aos peixes… Vão já ver o que é doce…

E foi para a escola.

Os alunos chegaram e bateram à porta:

– Entrem…

– Bom dia, Senhora Professora…

– Bom dia! Divertiram-se muito no caminho?

– Sim, Professora…

– Pois agora vão divertir-se muito mais! – disse ela com ironia.

– Que bom… – responderam os meninos…

– Digam comigo:

– Quem maltrata um animal,

Tem castigo especial!

A professora deu-lhes um papel e disse:

– Copiem 50 vezes!

– 50 vezes?!
– Isso mesmo! – confirmou a professora.

Enquanto isso, os outros meninos da turma diziam à maneira de rap:

– Quem maltrata um animal,
tem castigo especial!