Animais que rastejam

Cobra-rateira sobre tronco, foto Meus Animais

Canções e brincadeiras recitadas ou cantadas sobre a selva e os animais que rastejam, da autoria de António José Ferreira

Entre as folhas da floresta

Entre as folhas da floresta
se escondia uma serpente.
Quando ela abria a boca
assustava toda a gente.

Duas crianças agarram uma corda com cerca de dois metros. Mexem a corda junto ao solo de modo a parecer-se com o movimento rastejante da serpente e da cobra. As outras crianças estão numa fila e têm de passar por cima sem serem “mordidas” pela “serpente”. A que for mordida passa a dar à corda.

Em alternativa, pode fazer-se com caçadinha em que uma criança faz de cobra-rateira e os outros de ratos que podem refugiar-se em esconderijos inacessíveis à cobra previamente designados. Depois de recitada ou cantada a quadra, o professor diz “Já!” e começa a caçada. Quando a cobra apanha um rato – abocanhando o braço da presa com a mão em forma de boca de serpente.

Cobra-rateira sobre tronco, foto Meus Animais

Cobra-rateira sobre tronco, foto Meus Animais

Ó impala

Ó impala, tem cuidado
Com as águas do Nilo.
Bebe água e foge logo,
Que anda aí um crocodilo!

Crocodylus niloticus!

O jogo do crocodilo destina-se ao 1º Ciclo, podendo também ser feito no jardim de infância. Aprofunda as relações entre presa e predador na forma de brincadeira.

O professor ou educador diz um verso e as crianças repetem; em seguida dois; depois a quadra toda, até as crianças recitarem de memória.

Crocodylus niloticus! (com o nome científico) é o sinal de início de caçada. Pode ser especialmente interessante para o 4º ano em que são abordadas as influências de Roma e do Latim na língua e na cultura portuguesas. Nos outros anos, o sinal de partida pode ser “Vai!”, ou “Já!” ou “Go!” (Inglês).

Depois de as crianças conseguirem recitar ou cantar, dispersam-se um pouco de modo a manterem um metro de distância.

Voluntários farão de peixe, rã e cobra, e movem-se num espaço designado por rio Nilo. Outras poderão ser impala, gnu, búfalo, zebra e hipopótamo bebé. Uma criança fará de crocodilo do Nilo. Poderá atacar as presas quando elas atravessarem o rio, ou atacá-las em terra e arrastá-las para a água. Na sala há um ou mais locais seguros onde o crocodilo não alcançará as presas.

Quando o professor disser “Crocodylus niloticus”!, começa a caçada.

Enquanto o professor improvisar, em tambor de mão, o predador pode caçar. Quando terminar, dando um toque de regresso assertivo, combinado com a turma, as crianças voltam aos seus lugares iniciais. O “crocodilo” cessante nomeia um novo crocodilo, e assim sucessivamente.

[ Este jogo, indicado para o Dia do Animal, 4 de outubro, ajuda a assimilar e desenvolver competências de Estudo do Meio, ao longo do ano. ]

Crocodilo

Crocodilo

Predador é o que caça

Predador é o que caça,
Presa é o que é caçado.
Se eu fosse um crocodilo
Já te tinha devorado.

Predador é o que caça,
Presa é a que foi comida.
Anda sempre com cuidado
Se é que tens amor à vida.

MUSATIVIDADE
O professor diz um e dois dois versos de cada vez, em andamento moderado, e as crianças repetem. Depois diz a quadra inteira e as crianças repetem. O professor verifica quem é o mais rápido a memorizar.
O professor canta com melodia de três notas (dó mi sol) e as crianças repetem e memorizam.
Depois, num espaço amplo, o professor nomeia um predador (crocodilo do Nilo) e todos os outros são zebras. Estas podem refugiar-se num lugar previamente marcado como seguro para zebras e inacessível ao crocodilo.
Depois de o crocodilo apanhar uma presa, o professor toca um padrão rítmico rápido e forte, de regresso, e nomeia outro predador. Não se deve deixar a caçadinha prolongar-se, para evitar o cansaço e permitir que todos possam fazer de predador.

Vai a tartaruga

Vai a tartaruga
Muito devagar.
Tem o tempo todo
Para lá chegar.

No seu andamento
Pode até ganhar
Se o seu adversário
Não a respeitar.

MUSATIVIDADE
1. O professor diz dois versos de cada vez, em andamento moderado, e as crianças repetem.
2. Diz uma quadra toda e a turma repete.
3. Cada criança diz a quadra na sua vez, com acompanhamento rítmico pelo professor; quem não conseguir, nomeia um colega para o acompanhar.
4. O professor dá a cada criança uma carapaça, que deve ser colocada nas costas.
5. Improvisa em percussão um número fixo de compassos. A partir do momento em que começa a jogada, as tartarugas começam a mover-se. As que perderem a carapaça (deixando-a cair ao chão), perdem a jogada.
6. Crianças voluntárias vão ao palco apresentar o seu rep (ritmo e poesia), de forma criativa.

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