O poema foi escrito a partir de uma sugestão da professora titular de dois alunos de Oficina de Música Adaptada, por forma a ajudá-los a compreender melhor a importância do 25 de Abril. Na comemoração dos 50 anos de Abril o poema por trabalhado e musicado no 1º e 2º Ciclos.
Antes do Abril glorioso
não é livre a opinião.
Quem discorda do governo,
seu destino é a prisão.
Antes do Abril heróico,
o governo é ditadura.
Livros, discos e canções
são sujeitos à censura.
Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor
O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.
Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais. Saiba mais na Reciclanda e contacte-nos:
António José Ferreira 962 942 759
Interlúdio ou refrão recitado ou cantado, como:
Abril, tempo memorável, fonte de paz e alegria. Não vou esquecer-te nunca, cravo da democracia.
Antes do Abril triunfante
não é livre a mulher
de votar ou de sair
do país, se assim quiser.
Antes do Abril memorável,
ser livre é tarefa dura.
Quem é contra o regime
é sujeito a tortura.
Interlúdio ou refrão recitado ou cantado
Antes do Abril inspirado
vão rapazes para a guerra.
Ficam as mães a rezar
p’ra que voltem sãos à terra.
Antes do Abril histórico
muitos saem do País
procurando condições
para uma vida feliz.
Interlúdio ou refrão recitado ou cantado
Antes do Abril desejado
o povo até mete dó.
Portugal tem um império
mas, de facto, está só.
Antes do Abril luminoso
há o Zeca, há o Adriano,
e outros músicos que lutam
por um mundo mais humano.
Interlúdio ou refrão recitado ou cantado
Antes do Abril radiante
há atraso e pobreza.
Falta roupa e conforto,
falta a comida à mesa.
Antes do Abril cantado
tem a PIDE o poder
de matar, de censurar,
de interrogar e prender.
Interlúdio ou refrão recitado ou cantado
Antes do Abril dos cravos
há a guerra colonial
que nas antigas colónias
deixa um rasto mortal.
Antes do Abril sonhado
é sonho a democracia.
E a revolução da paz
enche as ruas de alegria.
Interlúdio ou refrão recitado ou cantado
Porque há sonhos por cumprir,
injustiça e corrupção,
luta o mais puro Abril
com as armas da canção.
No país e em todo o mundo,
ai que falta que Abril faz!
Que as armas se convertam
e os povos vivam em paz!
Interlúdio ou refrão recitado ou cantado
Tenho Abril na minha voz,
tenho Abril no coração.
E as palavras que eu canto,
canto-as com emoção.
A minha palavra é paz!
A minha palavra é pão!
A minha é a justiça!
A minha é habitação!
A minha é segurança!
A minha é liberdade!
Minha palavra é cultura!
A minha é fraternidade!
A minha palavra é música.
A minha é inovação!
A minha é democracia!
A minha é intervenção.
Nas quadras que começam por “A minha palavra”, cada verso é recitado com entusiasmo por uma criança.
António José Ferreira
Sandim, 18 de fevereiro de 2024
https://www.lenga.pt/wp-content/uploads/2024/02/abril-para-criancas.jpg400400António Ferreirahttp://lenga.pt/wp-content/uploads/2022/05/lenga-80x80.jpgAntónio Ferreira2024-02-20 15:10:472025-10-24 22:14:02Abril para Crianças
As lengalengas cantadas são ferramentas lúdicas fundamentais para a promoção da gentileza na infância. A sua estrutura rítmica e repetitiva transforma conceitos abstratos, como empatia, respeito e cooperação, em mensagens memoráveis e fáceis de internalizar. As letras, muitas vezes, modelam diretamente comportamentos positivos: ensinam a importância de “pedir por favor”, “agradecer”, partilhar e esperar pela sua vez.
Mais do que o conteúdo, o ato de cantar em conjunto é uma prática de gentileza. Exige que as crianças oiçam os colegas, sincronizem vozes e participem numa atividade comunitária, fortalecendo laços e a escuta ativa. A música ajuda na regulação emocional, acalmando e criando um ambiente seguro para praticar interações sociais positivas. Desta forma, as lengalengas não ensinam apenas sobre a gentileza; elas proporcionam a prática da mesma, normalizando-a como parte da interação social diária.
Comboio da gentileza
António José Ferreira
Vem comigo no comboio
que se chama Alegria.
Quando chegas à escola,
de manhã, dizes “Bom dia!”
Vem comigo no comboio
Que se chama Educação.
Diz palavras delicadas
E evita o calão.
Vem comigo no comboio
onde vai o Professor.
Quando queres uma coisa
deves pedir “Por favor!”
Vem comigo no comboio
do menino educado.
Fará toda a diferença
tu dizeres “Obrigado!”
Vem comigo no comboio
Para o Desenvolvimento.
É melhor seres delicado
Do que seres violento.
Vem comigo no comboio
Da Sustentabilidade.
Equilíbrio no consumo
Dá-te mais felicidade.
[ Indicado para o Dia Mundial da Gentileza. Depois de as crianças declamarem ou cantarem o poema sobre uma melodia tradicional, uma criança faz de locomotiva e move-se pela sala. Toca num colega, que por sua vez tocará outro, até todas as crianças entrarem no comboio. ]
Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor
O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.
Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.
Aprender os ossos do esqueleto humano a brincar é uma estratégia de ensino eficaz para crianças. A importância das brincadeiras cantadas para aprender os nomes dos ossos do esqueleto humano reside na forma como o cérebro processa e retém informações.
É um esqueleto
É um esqueleto –
um esqueleto de brincar.
Como ele gosta
de mexer e de dançar.
Vai um dia ao Baile,
baila, baila com o par.
Deixa lá o fémur:
– Como é que vai andar?
É um esqueleto –
um esqueleto de brincar.
Como ele gosta
de sonhar e de pensar.
Vai um dia à China
de avião com o seu par.
Deixa lá o crânio:
– Como é que vai pensar?
É um esqueleto –
um esqueleto de brincar.
Como ele gosta
de correr e de saltar.
Vai à maratona
com desejo de ganhar.
Deixa lá a rótula:
– Como vai continuar?
É um esqueleto –
um esqueleto de brincar.
Como ele gosta
de comer um bom jantar.
Vai a um restaurante
muito fino à beira-mar.
Deixa lá a mandíbula:
– Como é que vai mastigar?
António José Ferreira
Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor
O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.
Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.
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Crianças do 1º Ciclo em brincadeira de comboio
Quando o relógio bate à uma
Esta brincadeira cantada pode ser realizada tanto em casa como na escola, no 1º Ciclo (1º-3º anos) e na educação pré-escolar.
Duas ou três crianças estão em casa na sala, deitados no chão com os olhos fechados, em condições de higiene adequadas. O professor (ou criança competente) é uma espécie de mandador. Aos verbos que diz, às crianças respondem com ações, umas em movimento, outras paradas. O refrão Tumba lacatumba tumba ta acompanhado com percussão permite prolongar as ações. Para tornar a atividade mais interessante é em geral conveniente apagar as luzes. No início e no fim, dizem (ou cantam) a onomatopeia tiquetaque.
Tiquetaque tiquetaque tiquetaque tiquetaque.
1. Quando o relógio bate à uma,
os esqueletos saem da tumba.
Tumba latumba latumbabá. Tumba latumba latumbabá.
2. Quando o relógio bate às duas,
os esqueletos andam nas ruas. [ ou assustam ]
Tumba latumba latumbabá. Tumba latumba latumbabá.
3. Quando o relógio bate às três,
os esqueletos jogam xadrez. [ou comem no chinês ]
Tumba latumba latumbabá. Tumba latumba latumbabá.
Quando o relógio bate às quatro,
os esqueletos fazem teatro.
Tumba latumba latumbabá. Tumba latumba latumbabá.
Quando o relógio bate às cinco,
os esqueletos compram um brinco.
Tumba latumba latumbabá. Tumba latumba latumbabá.
Quando o relógio bate às seis,
os esqueletos imitam os reis. [ ou comem pastéis ]
Tumba latumba latumbabá. Tumba latumba latumbabá.
Quando o relógio bate às sete,
os esqueletos tocam trompete. [ ou põe a babete; ou comem esparguete ]
Tumba latumba latumbabá. Tumba latumba latumbabá.
Quando o relógio bate às oito,
os esqueletos fazem biscoito.
Tumba latumba latumbabá. Tumba latumba latumbabá.
Quando o relógio bate às nove,
os esqueletos vêem se chove.
Tumba latumba latumbabá. Tumba latumba latumbabá.
Quando o relógio bate às dez,
os esqueletos lavam os pés.
Tumba latumba latumbabá. Tumba latumba latumbabá.
Quando o relógio bate às onze,
os esqueletos correm para o bronze.
Tumba latumba latumbabá. Tumba latumba latumbabá.
Quando o relógio bate às doze,
os esqueletos comem a dose.
Tumba latumba latumbabá. Tumba latumba latumbabá.
Quando o relógio bate à uma
os esqueletos voltam à tumba.
Aprender os ossos a brincar é uma estratégia de ensino eficaz para crianças. A importância das brincadeiras cantadas para aprender os nomes dos ossos do esqueleto humano reside na forma como o cérebro processa e retém informações.
Aqui estão os pontos-chave que explicam por que essa abordagem funciona tão bem:
1. Facilitação da memória (mnemónica)
O cérebro humano é programado para lembrar padrões, ritmos e melodias com muito mais facilidade do que listas de palavras secas.
Ritmo e repetição:
A música utiliza o ritmo e a repetição, que são ferramentas mnemónicas poderosas. É o mesmo princípio que nos faz lembrar letras de músicas que não ouvimos há anos, ou o canto do alfabeto. Tentar memorizar “crânio, clavícula, úmero, rádio, ulna, fêmur, tíbia, fíbula” é difícil. Cantá-los numa melodia simples torna a sequência memorável.
2. Aprendizagem multissensorial e cinestésica
Aprender os ossos não é apenas saber os nomes; é saber onde eles estão. As brincadeiras cantadas quase sempre envolvem ação.
Conexão corpo-mente:
Ao cantar “o meu fêmur está na coxa” e ao mesmo tempo tocar na coxa, a criança cria uma ligação física e neurológica direta entre o termo abstrato (“fêmur”) e a sua localização concreta no próprio corpo.
Aprendizagem ativa (Cinestésica):
As crianças, especialmente as mais novas, aprendem “fazendo”. O movimento (dançar, apontar, tocar) solidifica a aprendizagem de uma forma que a leitura passiva não consegue. O clássico “Cabeça, ombro, joelho e pé” é o exemplo perfeito disto, embora se foque em partes do corpo e não especificamente em ossos.
3. Empenho e motivação
Aprender a anatomia pode ser um tópico visto como “chato” ou “difícil”.
O lúdico:
A brincadeira remove a pressão do “estudo”. A criança está focada na diversão, na música e no movimento. A aprendizagem torna-se um subproduto agradável da atividade, em vez de um objetivo árduo.
Foco e atenção:
Uma canção cativante mantém a atenção da criança por muito mais tempo do que uma aula expositiva tradicional.
4. Redução da ansiedade e aumento da confiança
Termos científicos como “clavícula” ou “falanges” podem ser intimidantes.
Ambiente de baixa pressão:
Um contexto de brincadeira reduz o medo de errar. Se a criança errar a letra ou o gesto, ela simplesmente continua a cantar e a dançar, corrigindo-se naturalmente na próxima repetição.
Acessibilidade:
A música torna esta terminologia complexa acessível e menos “estranha”, normalizando as palavras.
5. Contextualização e associação
Uma canção fornece uma estrutura e um contexto para os nomes. Os ossos não são apenas uma lista aleatória; eles estão ligados numa sequência lógica (muitas vezes de cima para baixo, como na música “O Esqueleto”).
https://www.lenga.pt/wp-content/uploads/2022/06/criancas-em-brincadeira-de-comboio.jpg400400António Ferreirahttp://lenga.pt/wp-content/uploads/2022/05/lenga-80x80.jpgAntónio Ferreira2022-06-24 16:39:452025-10-26 16:32:30Canções do esqueleto
A integração de brincadeiras cantadas para ensinar conteúdos curriculares na escola é uma estratégia pedagógica de enorme eficácia, transformando a forma como os alunos processam e retêm informação. A sua importância reside em pilares fundamentais:
Facilitação da memória (mnemónica):
O cérebro humano é intrinsecamente musical. O ritmo, a melodia e a rima funcionam como uma cola para a memória. É mais fácil memorizar listas (como os planetas do sistema solar), regras gramaticais (como os ditongos), fórmulas matemáticas (como a tabuada) ou sequências de eventos históricos quando estão musicados.
Empenho e motivação:
O lúdico combate a passividade. As brincadeiras cantadas transformam conteúdos que poderiam ser áridos ou intimidantes em atividades divertidas e energéticas. A criança deixa de ser uma recetora passiva de informação e torna-se uma participante ativa, aumentando o foco e o tempo de atenção.
Aprendizagem multissensorial e cinestésica:
O ensino tradicional foca-se muito no auditivo (ouvir o professor) e no visual (ler o quadro). As brincadeiras cantadas adicionam o cinestésico (o movimento, a dança, os gestos). Ao associar um conceito abstrato (ex: “rotação da Terra”) a um movimento corporal (rodar), a criança aprende com o corpo inteiro, criando conexões neurais muito mais fortes e duradouras.
Desenvolvimento social e emocional:
Cantar em grupo é um ato comunitário. Exige que os alunos se escutem mutuamente, coordenem ações e trabalhem em equipa. Isto promove a inclusão, reduz a ansiedade de desempenho (é mais fácil participar num coro do que responder sozinho) e melhora o clima geral da sala de aula.
Reforço da linguagem e literacia:
Independentemente da matéria (seja ciências ou matemática), as canções expõem as crianças a novo vocabulário, estruturas frásicas corretas e consciência fonológica (perceção dos sons e rimas), o que é vital para o desenvolvimento da leitura e da escrita.
Quando venho para a escola
Poema cantável sobre a escola e a sua importância na vida das crianças
Quando estou na minha escola,
gosto muito de aprender,
de ouvir os professores
e o que têm para dizer.
Gosto de estar c’os amigos
que me ajudam a crescer.
Eu respeito. Eles respeitam
– é assim que deve ser.
Falo com os meus amigos
e escrevo em Português.
Sei dizer tão bem “Hello!”
que até pareço mesmo inglês.
Gosto de estudar História:
já sei quem foi o Marquês.
E domino bem a bola
co’a cabeça e com os pés.
Eu já sei fazer as contas
de somar e subtrair;
sei como é boa e bonita
a palavra dividir.
Ao fazer o meu desenho
já me estou a divertir.
A aprender Estudo do Meio
quanto posso descobrir.
Gosto de contar estórias
com princesas de encantar.
Leio fábulas e contos
e até sei representar.
Quando me for desta escola
que saudades eu vou ter.
Vou levá-la no meu peito
e continuar a crescer.
António José Ferreira
Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor
O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.
Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.
Uma formação com Luís Pacheco em 2020 desafiou-me a criar dinâmicas poético-musicais que levem as crianças a usar melhor a voz e a brincarem com rimas e lengalengas originais promotoras de boas práticas e de criatividade musical individualmente e em grupo.
Algumas das conclusões que os profissionais da voz devem ter em conta:
A voz não é apenas um instrumento, é relação com o outro.
A postura correta preserva a saúde, previne doenças e problemas e facilita a comunicação em diversos contextos profissionais.
As componentes fisiológica e psicológica são indissociáveis na utilização e preservação da voz. A qualidade da respiração é essencial ao nosso bem-estar e à atuação em público, cantando a solo ou em grupo.
Seja na sala de aula, perante um grupo de formandos ou uma Plateia, é fundamental ter em conta o ouvinte e não cultivar uma atitude narcisista sobre a qualidade da própria voz.
A voz não é o único suporte do pensamento, mas foi ao longo da História um veículo de transmissão de histórias e de História, provérbios e seus saberes, canções passadas oralmente.
O conhecimento de si mesmo, com capacidades e limites, da voz e timbre, é importante para que a mensagem passe para os ouvintes, e para que os ouvintes mantenham a atenção.
Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor
O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.
Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.
Produzida na laringe
e pelas pregas vocais,
tua voz é preciosa,
se és cantor, ainda mais!
Se tu falas, se tu cantas,
põem-se as pregas a vibrar
com ar vindo dos pulmões
quando estás a expirar.
O som vai ser ampliado
pelas partes ressonantes
e assim se articulam
as vogais e as consoantes.
Não há voz igual à tua,
Tua voz é diferente.
Eu consigo distingui-la
No meio de muita gente.
É importante beber água,
Ter um sono regular,
Fazem mal refrigerantes
e também é mau gritar.
Tua voz é a tua voz,
é uma voz especial.
Cuida dela, trata-a bem,
não há outra voz igual.
Se a voz se alterou
sem teres explicação,
deves ir ao otorrino
e acabar co’a rouquidão.
Quando tu perdeste a voz,
há que ir ao Senhor Doutor!
Se estás rouco há 15 dias,
marca consulta, por favor!
Se te cansas quando falas,
há que ir ao Senhor Doutor!
Se tens dores de garganta,
marca consulta, por favor!
Pigarreias muitas vezes?
há que ir ao Senhor Doutor!
Custa-te a engolir?
Marca consulta, por favor!
Acompanhamento rítmico [ tá tá tá tá ]:
À mesa, mão esquerda na mesa; punho direito na mesa (com o polegar para cima); mão esquerda na mesa; mão deireira nas costas da esquerda.
Alimentação
António José Ferreira
Atenção ao que ingeres,
vê o que provoca azia.
Vais poder cantar melhor
e viver com alegria!
Bebidas
António José Ferreira
Tem cuidado co’as bebidas,
não as tomes muito quentes.
Fazem mal à tua voz,
prejudicam os teus dentes!
Bebe água e bom sumo
e prefere o natural,
que as bebidas muito frias
diz quem sabe: fazem mal!
Cuidado com a voz
António José Ferreira
O tabaco e o álcool
podem ser um grande vício!
Bebe água natural,
dorme bem, faz exercício.
Digo assim um trava-línguas
António José Ferreira
Digo assim um trava-línguas
com o lápis entre os dentes
e as palavras que eu digo
te parecem diferentes.
A criança coloca entre os dentes um lápis desinfetado e diz o trava-línguas, em andamento progressivamente mais rápido.
Língua
António José Ferreira
Põe a língua para trás:
mostra lá do que és capaz!
Põe a língua para a frente
a imitar uma serpente!
Dinâmica musical de desafio em que uma criança nomeia outra para dizer a quadra e fazer as ações.
Ponha a mão no seu umbigo
António José Ferreira
Ponha a mão seu no umbigo
e inspire calmamente.
Ponha o ar cá para fora,
depois diga-me o que sente.
As crianças declamam e cumprem as indicações da quadra.
Postura correta
António José Ferreira
Dá atenção à postura,
fala de forma pausada
e verão pelos teus modos
que és pessoa educada!
Se levantas muito o queixo
com as cordas em tensão,
fazes muito mais esforço:
não é vantajoso, não!
Acompanhamento rítmico [ tá tá tá tá ]:
À mesa, mão esquerda na mesa; mão direita na mesa; mão esquerda na mesa; estalinho com médio e polegar da direita.
Roupas
António José Ferreira
Na cintura ou no pescoço,
roupas apertadas, não!,
pois limitam movimentos
próprios da respiração.
Vai ao médico
António José Ferreira
Se a voz se alterou
sem teres explicação,
deves ir ao otorrino
e acabar co’a rouquidão.
Quando tu perdeste a voz,
há que ir ao Senhor Doutor!
Se estás rouco há 15 dias,
marca consulta, por favor!
Se te cansas quando falas,
há que ir ao Senhor Doutor!
Se tens dores de garganta,
marca consulta, por favor!
Pigarreias muitas vezes?
há que ir ao Senhor Doutor!
Custa-te a engolir?
Marca consulta, por favor!
Voz, o instrumento
António José Ferreira
Tenho um novo instrumento
que te quero demonstrar.
Sai o ar p’la minha boca,
põe os lábios a vibrar.
Rafaela Albuquerque, cantora de ópera, foto João Gomes
https://www.lenga.pt/wp-content/uploads/2022/06/rafaela-albuquerque-soprano-ft-joao-gomes.jpg400400António Ferreirahttp://lenga.pt/wp-content/uploads/2022/05/lenga-80x80.jpgAntónio Ferreira2022-06-24 15:28:262025-10-26 16:55:35A voz e a saúde
A combinação de rimas cantadas com instrumentos de percussão didáticos e criados a partir de materiais reutilizados oferece uma riqueza pedagógica tripla na educação.
1. Reforço rítmico e linguístico:
As rimas cantadas já são poderosas para desenvolver a consciência fonológica e facilitar a memorização. Ao adicionar a percussão, o aluno materializa o ritmo. Tocar um instrumento simples (como maracas feitas recipientes de desodorizante e arroz) na batida da rima reforça a cadência, a acentuação e a estrutura das palavras. Isto solidifica as competências de literacia e matemática (contagem de tempos).
2. Aprendizagem cinestésica e motora:
A percussão introduz a componente cinestésica. O movimento de tocar e a coordenação necessária para seguir o ritmo melhoram a motricidade fina e grossa. A criança associa o conceito (veiculado pela rima) ao som e ao gesto, garantindo uma aprendizagem multissensorial mais profunda e duradoura.
3. Educação ambiental e criatividade:
A utilização de materiais reutilizados (tampas, latas, frascos) confere uma dimensão de educação ambiental e artística. Os alunos aprendem que o valor reside na criatividade e na transformação, e não apenas no consumo. Construir o próprio instrumento é um projeto STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics)) disfarçado de arte, promovendo a autoestima e a ligação pessoal com o material didático.
Poema/canção sobre os instrumentos musicais de percussão
Na família Percussão
há instrumentos a tocar.
Uns só tocam agitados,
outros são para raspar.
Raspa, raspa o reco-reco, Raspa o reque, o raspador. Bate, bate co’a baqueta, timba, tumba, no tambor.
Na família Percussão
há instrumentos a tocar.
Há os que batem e entrechocam,
outros são para chocalhar.
Na família Percussão
há maracas a abanar
e um triângulo de ferro
que gosta de tilintar.
Na família Percussão
há pratos a entrechocar.
Quando martelar o gongo,
toda a gente vai notar.
Na família Percussão
Estão clavas a tocar
e um lindo pau-de-chuva
o Inverno quer imitar.
António José Ferreira
Saiba mais e adquira recursos originais na Loja Meloteca.
Reque, ou reco-reco, idiofone de raspagem
Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor
O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.
Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.
As rimas com ritmo são ferramentas pedagógicas cruciais na infância. A sua principal importância reside no desenvolvimento da consciência fonológica: treinam o ouvido da criança para identificar padrões sonoros, sílabas e aliterações, competência essencial para a futura aprendizagem da leitura e da escrita.
O ritmo facilita a memorização, ajudando a reter vocabulário, sequências e conceitos complexos de forma lúdica. Esta cadência previsível capta a atenção, motiva e organiza o pensamento. Além disso, quando associadas a movimento (bater palmas, dançar, tocar instrumentos reutilizados), as rimas promovem a coordenação motora e a noção de tempo, estruturando o desenvolvimento cognitivo e linguístico da criança.
O rei manda
Rimas de mandar ações (cantadas ou recitadas) com os nomes dos reis de Portugal
Dinastia Afonsina:
Manda D. Afonso Henriques
que nos mostres os teus tiques.
Manda-te o rei D. Sancho
que tu vás dançar no rancho.
Manda-te o rei D. Afonso
que lhe cantes um responso.
Manda D. Sancho II
que escaves muito fundo.
Manda Afonso III
que tu toques o pandeiro.
Manda-te o rei D. Dinis
que assoes o nariz.
Manda D. Afonso IV
que imites o lagarto.
Manda-te o rei D. Pedro
que tu vás plantar um cedro.
Manda-te o rei D. Fernando
que caminhes coxeando.
Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor
O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.
Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.
Manda o rei D. João III
que hoje sejas pasteleiro.
Manda D. Sebastião
que dês banho ao teu cão.
Manda-te o rei D. Henrique
que tu cantes ao despique.
Manda-te o rei D. António
que tu toques o harmónio.
Dinastia Filipina:
Manda o rei D. Filipe
que conduzas o teu jipe.
Manda Filipe II
Que tu fiques furibundo.
Manda Filipe III
Que contes bem o dinheiro.
Dinastia de Bragança:
Manda o rei D. João IV
que arrumes sempre o quarto.
Manda D. Afonso VI
que tu leias bem o texto.
Manda D. Pedro II
Que faças de vagabundo.
Manda D. João V
que vás dar comida ao pinto.
Manda o rei D. José
que me sirvas um café.
Manda a D. Maria
que tu toques bateria.
Manda o rei D. João VI
que tu leias alto o texto.
Manda o rei D. Pedro IV
que vás arrumar o quarto.
Manda D. Miguel
que tu comas o farnel.
Manda Maria II
que batas co’a mão na bunda.
Manda o rei D. Pedro V
Que saias do labirinto.
Manda o rei D. Luís
que dês milho à perdiz.
Manda D. Carlos I
que plantes um pessegueiro.
Manda Manuel II:
Lava-te que estás imundo!
Rei D. Pedro IV de Portugal
https://www.lenga.pt/wp-content/uploads/2022/06/rei-d-pedro-iv.jpg400400António Ferreirahttp://lenga.pt/wp-content/uploads/2022/05/lenga-80x80.jpgAntónio Ferreira2022-06-24 14:59:122025-10-26 16:41:54Reis de Portugal a brincar
As rimas cantadas são extremamente valiosas para a aprendizagem dos deuses da Grécia Antiga, especialmente para memorizar a hierarquia e as associações mitológicas. A melodia e o ritmo funcionam como dispositivos mnemónicos poderosos, facilitando a retenção de nomes difíceis e das suas áreas de domínio.
A abordagem lúdica e estruturada torna o panteão acessível, transformando uma lista de estudo em algo divertido e envolvente, e permitindo que os alunos compreendam as relações entre as divindades de forma contextualizada e duradoura.
Poema canção sobre os deuses gregos para projeto com crianças do Ensino Básico.
Os deuses da Grécia antiga eram gente como nós: casavam-se, tinham filhos, não gostavam de estar sós.
Zeus, o grande pai dos deuses, do Olimpo era o Senhor. Era casado com Hera, que tinha muito amor.
Saxapum, saxapum, saxapum, pum pum. (pratos)
Os deuses de antigamente contavam-se por dezenas. Do Olimpo adoravam ver os jogos em Atenas.
Te te te, te te te, Te te te, te te. (trombeta)
Poseidon, irmão de Zeus, era o rei dos oceanos. Se fazia tempestades assustavam-se os humanos.
Tum tum, tum tum tum, tum tum tum, tum tum. (tambor)
Artémis, filha de Zeus, protegia os animais. Bebia néctar puro como seus irmãos e pais.
Te te te, te te te, Te te te, te te. (trombeta)
Deméter, irmã de Zeus, passou por muita aventura. Gostava muito de plantas, protegia a agricultura.
Fi fi fi, fi fi fi, fi fi fi, fi fi. (flauta)
António José Ferreira
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Apolo, deus do sol, da juventude e da música
https://www.lenga.pt/wp-content/uploads/2020/05/apolo-deus-do-sol-da-juventude-e-da-musica.jpeg400400António Ferreirahttp://lenga.pt/wp-content/uploads/2022/05/lenga-80x80.jpgAntónio Ferreira2020-05-08 13:16:352025-10-26 16:52:57Os deuses da Grécia antiga