Tag Archive for: jogos musicais em casa

Criança abraça a mãe

Jogo de bola à mesa: criança com criança – ou criança com adulto – sentam-se frente a frente nas cabeceiras da mesa, tendo uma pequena bola. Têm perto da mesa um papel e uma caneta para anotar os resultados. Cada um faz a bola rolar em direção à cabeceira adversária. Se a bola cair pelos lados, o adversário ganha um ponto. O jogador que fizer a bola entrar na “baliza” contrária também marca um ponto. Quando um jogador chega aos 5 pontos, venceu o jogo. Aponta-se o resultado e dá-se início a mais um jogo.

António José Ferreira

“Família meu amor”: comemora o Dia Internacional da Família (15 de maio).

I. Um abraço faz-me feliz

Este é um poema/canção para os pais abraçarem, tocarem, massajarem, brincarem com a criança com (ou sem necessidades educativas especiais).

Canta usando a melodia em MIDI.

Um sorriso faz-me feliz.
Um sorriso te quero dar.
Eu sorrio e tu sorris.
Que bom ter-te para brincar.

Um sorriso!

Um abraço faz-me feliz,
um abraço te quero dar.
Eu te abraço e tu sorris.
Que bom ter-te para brincar.

Um sorriso!
Um abraço!

Uma bola faz-me feliz,
uma bola te quero dar.
Passo a bola e tu sorris.
Que bom ter-te para brincar.

Um sorriso!
Um abraço!
Uma bola!

II. “No médico”, teatrinho criativo

Ouve a melodia AQUI.

Tente cantar com a melodia, ou improvise com ritmo corporal (palmas e mãos nas pernas, por exemplo, marcando a pulsação de forma alternada). Depois de estar preparado o texto, realize como se estivesse a representar uma pequena peça, tendo como personagens, a criança, o pai ou a mãe, o médico ou médica. Se possível, o pai ou outro familiar pode fazer de conta que é o médico. Toca diferentes partes do corpo, enquanto o adulto que faz de pai ou mãe canta o refrão. Não havendo mais ninguém em casa, o adulto canta e toca nas diferentes partes do corpo, se a criança não o conseguir fazer.

Olá, boa tarde,
ó senhor Doutor.
Veja o meu filho:
está com uma dor.

Veja a cabeça!

Veja as orelhas.

Veja o pescoço!

Veja os braços!

Veja as mãos!

Veja o peito!

Veja as costas!

Veja a barriga!

Veja as pernas!

Veja os pés!

Crianças em idade pré-escolar e até ao 3º Ano de Escolaridade gostarão de realizar esta atividade. Pelas suas características, pode ser bem sucedida também com crianças portadoras de NEE.

Com ligeiras adaptações, estas propostas podem realizar-se em casa ou na Escola, no 1º Ciclo ou na Pré-Escola, em Atividades de Enriquecimento Curricular ou Oficina dos Sons Adaptada. Com leves adaptações, esta sessão acessível e inclusiva pode comemorar não só o Dia Internacional da Família mas também o Dia do Pai (19 de março), Dia da Mãe (1º domingo de maio) e Dia Mundial dos Avós (26 de julho).

António José Ferreira

Criança abraça a mãe

Criança abraça a mãe

Partilhe
Share on facebook
Facebook
Punhos

I. Em que mão se esconde o feijão?

Este jogo em pares desenvolve competências sociais, linguísticas e matemáticas. Basta um pequeno objeto que a criança ou adulto em jogo possa esconder na mão sem que se note onde está. Pode ser uma moeda, um feijão, um berlinde, entre outras coisas. A primeira criança agarra um desses objetos e coloca as mãos atrás das costas, passando de uma mão para a outra enquanto diz:

Vamos lá fazer um jogo
p’rà gente se divertir.
‘Stá na esquerda ou na direita?
É o que deves descobrir!

Coloca as mãos à frente e o outro jogador diz (esquerda ou direita, do parceiro) ou aponta com o dedo. Se acertar ganha uma moeda, ou feijão, ou berlinde… e assim sucessivamente, jogando cada um com o seu objeto. Tratando-se de moedas de 5, 10, 20, 50 cêntimos, valoriza-se o desenvolvimento de competências na área da Matemática.

II. Quem descobre o instrumento?

Para este jogo é necessário que cada jogador tenha uma rolha de cortiça lavada. No caso de o jogo ser presencial, não se pode transmitir a rolha a ninguém. A criança ou adulto que está em jogo coloca a rolha na boca – o que dificultará a compreensão por parte dos outros jogadores – e diz um instrumento. O primeiro a descobrir ganha um chocolate imaginário. O outro jogador procede da mesma forma, e assim sucessivamente.

No caso de a criança ter necessidades educativas especiais, o jogo em pares, em casa, pode ajudá-la a fazer contagens e somas simples.

Punhos

Punhos

Os “Jogos musicais em linha” podem realizar-se tanto de forma síncrona (através de plataformas de reunião), como em casa ou no recreio da escola. Alguns foram realizados via Zoom, em contexto de pandemia, em maio de 2020.

Partilhe
Share on facebook
Facebook
Jovem tocando tambor

Onomatopeias e necessidades educativas especiais.

Clique AQUI para adquirir recursos Meloteca.

A utilização de onomatopeias pode ter particular interesse em crianças com deficiência que não falam. Tendo a certeza de que a criança ouve, há toda a vantagem em proporcionar-lhe sons e palavras simples e funcionais que lhe dêem prazer, estimulem a curiosidade e que eventualmente possa vir a usar para pedir coisas e exprimir-se melhor. Acompanhadas com gestos, as onomatopeias melhoram a atenção.

Oiça a melodia em MIDI.

Pipi!

Sabes, eu comprei um carro novo.
Vem comigo passear,
vem ver o mar,
e lanchar.

Popó!

A onomatopeia – palavra grega que chegou ao Português por via do Latim (onomatopoeia) – é um fenómeno linguístico e uma figura de retórica. Resulta da semelhança, através da imitação ou reprodução, entre o som de uma palavra e a realidade representada (sons da natureza, de animais, de ações humanas). A onomatopeia não é reprodução exata mas uma aproximação.

As onomatopeias podem ser puras, quando consistem na imitação fonética, tanto quanto possível exacta, dos sons que representam, por exemplo: trrrrrim (campainha).

Estas classificam-se como onomatopeias não vocabulizadas, (não lexicalizadas) pois não constituem vocábulos da língua, apenas imitam os sons que representam, muitas vezes apenas com consoantes apostas, facilmente pronunciadas como imitação, mas dificilmente representadas ortograficamente, como é o caso de pfffff, existindo também as onomatopeias vocabulizadas (onomatopeias lexicalizadas) que são vocábulos como outros quaisquer, que seguem as regras de construção ortográficas e possuem uma classificação sintáctica e morfológica, idêntica às restantes palavras, como é o caso de piar, miar, às quais correspondem onomatopeias puras (piu miau, respectivamente). Quase todas as onomatopeias são passíveis de lexicalização, bastando para tal antepor-se um determinante artigo, como por exemplo: um tic-tac / o tic-tac. Lurdes Aguiar Trilho

A partir deste fenómeno, surgiram alguns vocábulos com uma configuração onomatopaica, que são aqueles que têm o poder de sugerir uma imagem mais ou menos aproximada do facto que exprimem, a partir da existência de certos fonemas, cuja natureza faz lembrar o facto designado. É este onomatopeísmo que dá expressividade às palavras que designam fenómenos sonoros (clique, crepitar, estalido, estrondo, matraquear, murmúrio, sussurro, tilintar), às que designam vozes de animais (cacarejar, coaxar, grunhir, miar, piar, uivar, zurrar), ou actos sonoros produzidos pelas cordas vocais e afins (assobiar, cochichar, fungar, roncar, tossir).

A construção onomatopaica tem grande importância estilística e poética, pois nela se concentram a melodia, a harmonia e o ritmo da frase. Daí que a poesia seja particularmente sensível a este recurso bastante sugestivo, que a aproxima da música. No uso da onomatopeia como artifício estilístico, o efeito baseia-se não tanto nas palavras individuais como na combinação de valores sonoros que podem ser reforçados pela aliteração, ritmo e rima.”

Do ponto de vista semântico, há que distinguir a onomatopeia primária que consiste na imitação do som pelo som e a onomatopeia secundária que evoca não uma experiência acústica, mas um movimento.

Visto que a onomatopeia exige uma afinidade entre o nome e o sentido, seria de esperar que tais vocábulos fossem semelhantes nas diferentes línguas. Contudo, há que concordar que cada língua convencionou a onomatopeia de uma maneira própria e que até formações nitidamente onomatopaicas têm poucas semelhanças nos diferentes idiomas quando se traduzem graficamente. Por exemplo, o ladrar do cão é reproduzido em inglês como bow-wow. (…)

Interessa-nos especialmente saber, no caso das crianças com atraso passageiro ou permanente na fala, que uma das características da onomatopeia é acudir “à falta ou ao desconhecimento de determinados termos abstractos, como sucede, por exemplo, com certos termos da linguística infantil (popó, pipi, mémé)”. Para certas crianças com deficiência, as vocalizações e onomatopeias são uma das formas de se exprimir e comunicar.

Por outro lado, a onomatopeia “é um complemento expressivo para transmitir o som ou o movimento contido na frase, tornando-a mais viva, mais comunicativa. Daí que a autora apresente a seguinte definição para onomatopeia: «palavra motivada que se mantém em relação com a realidade que exprime – ou por imitação de um som, ou por sugestão de um movimento, ou ainda por simultaneidade dos dois.» (Maria Teresa Rita Lopes).

A onomatopeia permite jogar com a música, o ritmo, a poesia.

Fonte: Lurdes Aguiar Trilho

Jovem tocando tambor

Jovem tocando tambor

Partilhe
Share on facebook
Facebook
Copos reutilizados

Copos com ritmo

Jogos musicais de copos são muito fáceis de fazer em casa e são muito benéficos para o seu filho com necessidades educativas especiais, com dificuldades de aprendizagem ou com atraso. Obviamente os jogos de copos podem ser realizados com crianças que não tenham qualquer necessidade especial, ou entre adultos. Crie o seu conjunto de pequenos objetos reutilizados, como uma ou duas tampas de amaciador.

Exercício prévio

O adulto e a criança colocam-se à mesa, um de frente para o outro. O adulto dirá “Eu passo, tu passas”, para ajudar a passar o copo sem perder a pulsação. Em “eu”, o adulto agarra o copo; em “passo”, coloca o copo em frente da criança; em “tu” é a criança que agarra; em “passas”, coloca o copo em frente do adulto. Primeiro fazem com a mão direita; depois com a mão esquerda. Depois, dizem a lengalenga passando o copo.

Unidades, dezenas, centenas, milhares

O adulto agarra e diz “um” quando bate o copo em frente da criança, e ela fará o mesmo, até 10. Em seguida, faça o mesmo com dezenas (10, 20, até 100); e centenas (100, duzentos, até 1000).

Lengalenga criativa

Copo copo jericopo, jericopo copo cá. Quem lavar melhor o copo sumo fresco beberá.

[ António José Ferreira, testado em criança com necessidades educativas especiais ]

Concebidos para a família com os recursos, “Jogos musicais em casa” podem ser realizados na escola por técnicos e professores de “Música Adaptada” e “Oficina dos Sons Adaptada”
António José Ferreira
Copos reutilizados

Copos reutilizados

Partilhe
Share on facebook
Facebook
Diospiro

1. Importância do jogo

Tal como acontece em animais selvagens ou domésticos, a brincadeira e o jogo na infância humana contribuem para o desenvolvimento psicomotor das crianças. No caso de crianças com necessidades educativas especiais, a família tem um papel importantíssimo, criando condições para que a criança supere dificuldades e adquira competências de forma lúdica. Este jogo envolve alimentação saudável, Estudo do Meio e Língua Portuguesa, Música e Expressão Dramática.

2. Fruta faz bem

Adulto e criança descascam uma laranja e uma maçã, e cortam-nas para fazer salada de fruta. Põem numa taça. O adulto diz à criança a parte que lhe compete:

Apetece-me salada
Com a fruta que houver:

Com laranja, com maçã,
Com banana, com romã,
Com ameixa, com melão,
Com papaia, com mamão.

O adulto responderá:

– Nem papaia nem mamão,
Nem ameixa nem melão,
Nem banana nem romã,
só laranja e maçã!

Depois de aprenderem as quadras, improvisam melodicamente como se estivessem a cantar teatro musical.

3. Caminhar é saudável

Saudável é também caminhar, onde for possível e seguro. Treinam as seguintes falas:

– Quero convidar-te! – diz o adulto à criança.
– Convidar para quê? – responde.
– Para ir ao parque.
– Em que dia é?

– Dia 30! (ou outro) – diz o adulto.

A criança conta quantos dias faltam, desde o dia em que está: – 25, 26, 27, 28, 29, 30. Depois, diz acompanhando cada dia com um salto.

[ António José Ferreira, testado em criança com NEE ]

Clique AQUI para adquirir recursos Meloteca.

Diospiro

Diospiro

Partilhe
Share on facebook
Facebook
Moeda

Da importância do jogo

Este é um jogo a fazer em família, com dinheiro verdadeiro, para a criança desenvolver a autonomia e as competências matemáticas. Trabalha conteúdos escolares nas áreas da Matemática, do Estudo do Meio, do Português e da Música.

I. O barqueiro

Antes da jogada, o adulto entrega uma pequena soma de dinheiro à criança, conforme a sua competência e desenvolvimento, dando as explicações que sejam necessárias. Em seguida, o adulto faz de barqueiro e a criança de cliente. E fazem o diálogo:

– Ao chegar ao barco,
Disse-me o barqueiro. – diz a criança.
– São 5 euros.
Dê-me o dinheiro. – responde o adulto.

– Tome 1, mais 1 são 2, mais 1 são 3, mais 1 são 4, mais 1 são 5.
Tome lá o seu dinheiro.

Em seguida, o adulto dá duas moedas de dois euros e uma moeda de um euro, adaptando o diálogo. A criança deve somar corretamente as parcelas.

Em seguida, fazem o diálogo, como se estivessem a fazer um teatro musical.

António José Ferreira, jogo testado em criança com NEE.

“A voz e o corpo da criança, bem como os objetos do seu quotidiano, são os recursos privilegiados para o desenvolvimento musical neste ciclo de ensino. As atividades musicais deverão ser exploradas a partir dos elementos musicais de melodia, harmonia, ritmo, pulsação, divisão, métrica, dinâmica, textura, forma e timbre.” Direção Geral da Educação, Aprendizagens Essenciais, Música, 1º Ciclo
Moeda

Moeda para jogos musicais em família

Partilhe
Share on facebook
Facebook
Rolhas de cortiça para jogos

As dificuldades das famílias

A pandemia veio acentuar os problemas das crianças com necessidades educativas especiais e suas famílias. Muitas vezes os pais já têm pouco tempo, recursos, disponibilidade e conhecimentos para apoiar as crianças de forma divertida e criativa. Mas em casa é fácil fazer diversos jogos pedagógicos e experiências. A falta de instrumentos musicais em casa pode tornar-se um desafio e dar asas à criatividade dos adultos, pais, avós, professores e educadores. É o caso deste jogo rítmico de representação e leitura de sons que desenvolve conteúdos de Música, Matemática e Português. Esta atividade tem potencial de inclusão, podendo desenvolver competências em crianças com NEE sem deixar de ser interessante para as outras.
Em casa ou na escola, a falta de recursos musicais pode tornar-se um desafio e dar asas à criatividade. António José Ferreira

Materiais necessários

8 taças, 8 rolhas

Instruções

Nível 1, sem professor 1. Com a assistência de um adulto (pai, mãe, avô, avó, irmão mais velho), a criança colocará sobre a mesa 8 taças, lado a lado: 4+4, tendo o cuidado de separar visualmente os grupos de taças. Dentro de cada taça, a criança coloca uma rolha. 2. A criança vai imaginar que cada rolha representa uma palma e percute alternando com o adulto. 3. A criança retira as rolhas em posição par (par, ímpar; noção de menos); e imagina que palmas terá de bater. Os copos vazios continuam a ter o seu lugar, que é de silêncio. Nesses casos, a criança vai fazer de conta que bate (ou leva o indicador aos lábios). 4. A criança coloca rolhas em todos os copos (somas, noção de mais). Retira as rolhas que estão em posição ímpar, e percute como no passo anterior. 5. Em vez de executarem com palmas, dizem o som “r” (de rolha). 5. Dizem o trava-línguas: O rato roeu o robe do Romeu, um robe bem rico que a Rita lhe deu. Nível 2, com professor Na escola, no 1º Ciclo do Ensino Básico, o professor aplica as noções de compasso, compasso quaternário, compasso simples, pulsação, pausa, tempo forte, tempo fraco, melodia, ritmo, padrão, ostinato, altura, nota, andamento, intensidade.
Concebidos para a família com os seus recursos, “Jogos musicais em casa” podem ser realizados também na escola por técnicos e professores de “Música Adaptada” e “Oficina dos Sons Adaptada”. António José Ferreira
Conhece AQUI os produtos Meloteca!

Meloteca, recursos musicais criativos para crianças, professores e educadores

Partilhe
Share on facebook
Facebook