[ António José Ferreira, sobre Zabelinha Tecedeira, trad. Madeira ]
Carolina cozinheira
é artista a cozinhar.
Na saúde dos clientes
ela está sempre a pensar.
É tão boa a sua sopa,
o arroz e o salmão.
Carolina cozinheira
cuida da alimentação.
JOGO DE COPOS
As crianças estão em volta de uma mesa, cada uma com um copo reutilizado à sua frente (uma tampa de amaciador da roupa, por exemplo). Nas sílabas sublinhadas, agarram o copo com a direita e passam ao colega da direita.
Corta a relva, varre as folhas
Sónia Araújo e as Profissões
1. Corta a relva, varre as folhas,
cuida bem do meu jardim.
Poda as árvores, rega as plantas,
guarda uma flor para mim.
2. Põe sementes no quintal
onde frutos vão nascer.
Mexe a terra, rega-a bem.
Há legumes p’ra comer.
3. De janeiro a dezembro
há um jardim p’ra cuidar.
O jardineiro sabe truques
para o poder perfumar.
Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor
O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.
Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.
A viuvinha está triste Que lhe morreu seu marido Não tem quem lhe aqueça a cama Anda com o sono perdido.
A Senhora Viuvinha Com quem é que quer casar É com o Senhor da Alemanha Ou com o Senhor General.
Eu não quero esses homens Que eles não são para mim Eu sou uma pobre viúva Ninguém tem dó de mim
Tradicional da Madeira ]
Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor
O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.
Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.
Ai, eu entrei na roda. Ai, eu não sei como se dança. Ai, eu entrei na “rodadança”. Ai, eu não sei dançar.
Sete e sete são quatorze, com mais sete, vinte e um. Tenho sete namorados só posso casar com um.
Namorei um rapazinho do colégio militar. O diabo do garoto, só queria me beijar.
Todo mundo se admira de a macaca fazer renda. Eu já vi uma perua ser caixeira de uma venda.
Lá vai uma, lá vão duas, lá vão três pela terceira. Lá se vai o meu benzinho, de avião para a Madeira.
Essa noite tive um sonho que chupava picolé Acordei de madrugada, chupando dedo do pé.
Tradicional do Brasil ]
Cai, cai, balão
Cai, cai, balão, cai, cai, balão Aqui na minha mão. Não cai, não, não cai, não, não cai, não, Cai na rua do Sabão.
Tradicional do Brasil ]
Ciranda
Ciranda, cirandinha, Vamos todos cirandar. Vamos dar a meia-volta, Volta e meia vamos dar.
O anel que tu me deste Era de vidro e quebrou. O amor que tu me tinhas Era pouco e acabou.
Por isso, colega Ana, Entre dentro desta roda. Diga um verso bem bonito, Diga adeus e vá-se embora.
Escravos de Jó
Escravos de Jó Jogavam caxangá. Tira, bota, deixa ficar. Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá. Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá.
Tradicional do Brasil ]
Ó condessa
[ Condessinha de Aragão ]
Ó condessa, ó condessinha, Ó condessa de Aragão, Venho pedir-te uma filha Destas três que aqui estão.
Minhas filhas não as dou, Nem por ouro nem por prata, Nem por sangue de zaragata Que me custou a criar Com a ponta da minha agulha E com o rabo do meu dedal.
Ai que contente que eu vinha, Que triste me vou achar! Pedi a filha à condessa, Condessa não ma quis dar.
Volta atrás ó cavaleiro Se fores homem de bem Entra aqui no meu chiqueiro E escolhe a que for capaz.
Esta quero, esta levo Por seres a minha condessa Que me come o pão da cesta E o vinho da Calheta.
Tradicional da Madeira ]
Olha a Rosa
Olha a Rosa amarela, Rosa Tão Formosa, tão bela, Rosa Olha a Rosa amarela, Rosa Tão Formosa, tão bela, Rosa
Iá-iá meu lenço, ô Iá-iá Para me enxugar, ô Iá-iá Esta despedida, ô Iá-iá Já me fez chorar, ô Iá-iá
Vai correndo o lindo anel
Vai correndo o lindo anel, corre, voa, sem parar. Onde está, onde se encontra? Quem o pode adivinhar?!
Quem o pode adivinhar, se é que não adivinhou? Onde pára o lindo anel que da minha mão voou?!
T. Nogueira ]
Vai de galho em galho
Vai de galho em galho Vai de flor em flor Vai de braço dado Vai de braço dado mais o seu amor.
Muito chorei eu num Domingo à tarde Aqui este meu lenço Aqui está o meu lenço que fala a verdade.
Ah, seu ladrão, seu ladrão manjerico Não queiras ficar Não queiras ficar na praia sozito.
Na praia sozito não hei-de eu ficar Eu hei-de ir à roda Eu hei-de ir à roda escolher meu par.
Tradicional da Madeira ]
Canções de roda
https://www.lenga.pt/wp-content/uploads/2020/04/cancao-de-roda.jpg400400António Ferreirahttp://lenga.pt/wp-content/uploads/2022/05/lenga-80x80.jpgAntónio Ferreira2020-04-17 15:08:572024-10-26 20:14:06Canções de roda
Dlim dlão, dlim dlim dlão! Vai casar o João Ratão no dia de São João.
Eu fui ao jardim celeste
Eu fui ao jardim celeste. O que foste lá fazer… Fui lá buscar uma rosa… Para quem é essa rosa… É para a menina…
Eu tenho um martelo
Eu tenho um martelo para martelar. (bis) Trás trás trás, trás trás trás, eu já sei pregar. (bis)
Eu tenho uma serra para trabalhar: (bis) rr rr rr, rr rr rr, eu já sei serrar. (bis)
Ignez Mazoni ]
Faz como eu
Faz assim como eu, assim assim. (bis)
Bate o pé como eu, assim assim. (bis)
Bate palmas como eu, assim assim. (bis)
Dá estalinhos como eu, assim assim. (bis)
Mexe os ombros como eu, assim assim. (bis)
Ergue os braços como eu, assim, assim. (bis)
Toca assim como eu, assim, assim. (bis)
Dança assim como eu, assim, assim. (bis)
Marcha assim como eu, assim, assim. (bis)
Faz assim, como o Paulo…
Gira a roda
Gira a roda, gira, gira, gira a roda e vai girar. Gira a roda, gira, gira, gira a roda até parar.
Há uma borboleta
Há uma borboleta assim, no jardim do Martim. Há uma borboleta assim no jardim.
Há uma cobra a rastejar no pomar do Gaspar. Há uma cobra a rastejar no pomar.
António José Ferreira ]
Havia um lindo balão
Havia um lindo balão que sempre queria voar. Descia e subia, descia e subia e ao céu já queria chegar.
António José Ferreira ]
Lagarto pintado
Lagarto pintado, quem te pintou? Foi uma velha que aqui passou.
No tempo da eira, fazia poeira.
Puxa, lagarto, por aquela orelha.
ALTERNATIVA
– No campo da aldeia, ó que poeira! Puxa, lagarto, por esta orelha!
Marcha soldado
Marcha soldado, cabeça de melão. Se não marchar’s direito, sairás do batalhão.
Meu lindo balão
Meu lindo balão, ão, ão, pelo ar subiu, iu, iu, mas caiu no chão, ão, ão, nunca mais se viu, iu, iu.
Numa roda dança
Numa roda dança, dança dança. Numa roda dança dando as mãos.
Numa roda dança, dança, dança, numa roda dança dando os braços.
Numa roda dança, dança, dança, numa roda dança dando os ombros.
Numa roda dança, dança, dança. Numa roda dança dando a cabeça.
Numa roda dança, dança, dança. Numa roda dança, dando o joelho.
Numa roda dança, dança, dança. Numa roda dança, dando a perna.
Numa roda dança, dança, dança. Numa roda dança, dando o pé.
O carro da Rita
O carro da Rita rr rr rr rr rr rr rr rr rr. O carro da Rita rr rr rr corre pela rua.
A abelha bonita, bz bz bz, bz bz bz, bz bz bz. A abelha bonita, bz bz bz, faz uma algazarra.
O Manel tinha uma bola
O Manel tinha uma bola, mas, por falta de atenção, lá deixou ele ir a bola Presa aos dentes de um cão.
O Manel tinha uma bola, mas agora não tem, não. E a gente, a ver se o consola, vai cantar-lhe esta canção.
O mar
O mar tem peixes grandes: como é grande o mar! (2x)
O mar dá-nos beijinhos: como é bom o mar. (2x)
O mar tem estrelinhas: como é lindo o mar. (2x)
António José Ferreira ]
Olha a laranjinha
Olha a laranjinha, foi do chão ao ar. O meu amorzinho não veio ao jantar.
Não veio ao jantar, não veio ao almoço. Olha a laranjinha, foi do chão ao poço.
Olha a laranjinha, foi do chão à terra. O meu amorzinho é de lá da serra.
É de lá da serra, é de lá do monte. Olha a laranjinha, foi do chão à fonte.
Os olhos da Joaninha, tenho-os, eu, aqui na mão. (bis)
Os olhos da Susaninha são negros, cor do carvão. (bis)
Passos
Passos à direita, sempre sem parar. (bis) Passos à esquerda para variar. (bis)
Passos para a frente, vamos avançar. (bis) Passos para trás, e vamos recuar. (bis)
António José Ferreira ]
Que gira a nossa roda
Que gira a nossa roda! Rodopia p’ra direita. Que gira a nossa roda! Rodopia e bate palmas.
Que gira a nossa roda! Roda e bate palmas. Que gira a nossa roda! Roda e bate palmas!
Que gira a nossa roda! Roda para a esquerda! Que gira a nossa roda! Roda para a esquerda!
Que gira a nossa roda! Roda e bate palmas. Que gira a nossa roda! Roda e bate palmas.
António José Ferreira ]
Que tens, canguru
Que tens canguru nessa linda bolsinha. Eu levo o meu filho à sua escolinha.
– Diz lá, cangurú: vais de carro ou a pé? Eu vou aos saltinhos com o meu bebé.
Quem é que ali vem
Quem é que ali vem, tão devagar, com grandes orelhas sempre a abanar.
É o elefante que eu vou imitar.
Se queres ser meu amigo
Se queres ser meu amigo, diz-me o nome.
… dá-me a mão…
… diz olá…
… diz por favor…
… diz desculpa…
… com licença…
… até logo…
Tenho lá em casa um gato
Tenho lá em casa um gato fabuloso. É muito inteligente e muito atencioso. Já fala Inglês e já conta até doze. Tenho lá em casa um gato espantoso.
Quando bebe o leite antes de deitar, é com uma palhinha p’ra não entornar. Fala com bons modos, nunca lambe o prato, limpa os bigodes com o guardanapo.
O cão da vizinha ladra a bom ladrar quando vai à rua e o vê passar. Indi’rente, o gato nem olha p’rò lado, ‘stica o pescoço e vira-lhe o rabo.
Desconhecido ]
Tenho na quinta um peru
Tenho na quinta um perú, glu glu glu, glu glu glu. Tenho na quinta um perú e diz glu glu glu glu.
Tenho na quinta um garnizé, qué-qué-ré, qué-qué-ré. Tenho na quinta um garnizé e diz qué-qué-ré-qué.
Tenho um cãozinho
Tenho um cãozinho chamado Loló. Faz a sua cama, limpa sempre o pó.
Tenho uma vaca chamada corneta. Fez há pouco um ano, já não quer chupeta.
Tenho um macaco que coça a barriga. Não sei que lhe faça, não sei que lhe diga.
Tenho um pomar
Tenho um pomar, tiroliro liro liro. Tenho um pomar, tiroliro liro ló.
Que tem o pomar, tiroliro liro liro. Que tem o pomar, tiroliro liro ló.
Tem uma pereira…
Que tem a pereira…
Tem um belo ninho…
Que tem esse ninho…
Tem um lindo ovo…
Que tem esse ovo…
Tem um passarinho…
Tem um passarinho…
Todos os patinhos
Todos os patinhos sabem bem nadar, cabeça para baixo, rabino para o ar.
Quando estão cansados, da água vão sair. Depois em grande fila p’ra o ninho querem ir.
Traz traz
Traz-traz, p’ra aquecer, bate palminhas, bate palminhas! Traz-traz, que bem que faz. Bate palminhas, traz-traz-traz.
Texto de M.C. Diogo
Truz-truz, p’ra aquecer bate na mesa, bate na mesa! Truz-truz, que bem faz. Bate na mesa, truz-truz-truz!
Um copo com água
Um copo com água, uma escova e pasta p’ra lavar os dentes é o que me basta.
‘Sfrego, ‘sfrego, ‘sfrego, muito esfregadinho: Com os dentes lavados, que rico cheirinho!
Luiza da Gama Santos ]
Um dedo assim
Um dedo assim tiquitim, tiquitim, eu mexo já já tacatá tacatá. Um dedo assim tiquitim, tiquitim, eu mexo já já tacatá tacatá.
Uma mão…
Um braço…
Um pé…
Uma perna…
O corpo assim….
Um gatinho
Um gatinho peludinho que miava lá em casa, miau miau miau miau. Tinha os olhos sempre em brasa, tinha os olhos sempre em brasa.
O gatinho todo preto que miava no quintal, miau miau miau miau, era um gato especial, era um gato especial.
Um elefante se balanceava
Um elefante se balanceava sobre a teia de uma aranha. Como ele sabia que não cairia, foi chamar outro elefante.
Dois elefantes… Três elefantes… (…)
Dez elefantes se balanceavam sobre a teia de uma aranha. Como eles sabiam que já cairiam não chamaram mais nenhum.
Na última estrofe, as notas finais são dó – dó.
Texto português de Un elefante se balanceava por António José Ferreira ]
Vamos dançar
Vamos dançar: Começa devagar; Depois de começar, Não podes mais parar.
Falado:
Um dedo
Outro dedo
Uma mão
Outra mão
Um cotovelo
Outro cotovelo
Um ombro
Outro ombro
Um pé
Outro pé
Uma perna
Outra perna
A cabeça
O corpo inteiro
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Crianças tocando
https://www.lenga.pt/wp-content/uploads/2020/04/pre-escola-instrumentos.jpg400400António Ferreirahttp://lenga.pt/wp-content/uploads/2022/05/lenga-80x80.jpgAntónio Ferreira2020-04-19 14:11:222022-06-27 13:38:39Cantigas para a Pré-Escola
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A bola bate
A bola bate, bate, ao ritmo da canção. Vai agarrar a bola quem está com atenção.
A bola passa, passa, ao ritmo da canção. Não deixes que a bola escape da tua mão.
António José Ferreira ]
A cabrinha saltou
A cabrinha saltou p’ra cima do rochedo. A cabrinha saltou e nunca teve medo. A cabrinha desceu, não tremeram os seus pés. Cabrinha, que brava que tu és.
O cabrito saltou p’ra cima do rochedo. O cabrito saltou e nunca teve medo. O cabrito desceu, não tremeram os seus pés. Cabrito, que bravo que tu és.
O rebanho saltou p’ra cima do rochedo. O rebanho saltou e nunca teve medo. O rebanho desceu, não tremeram os seus pés. Rebanho, que bravo que tu és.
António José Ferreira ]
A escola
A escola é tua casa e casa dos teus pais, lugar para aprenderes e seres muito mais.
A escola é para amar, é quase tua mãe. Aplica o que ela ensina e vais sentir-te bem.
António José Ferreira ]
Bati à porta do número um
Bati à porta do número um, vi uma foca a beijar um atum.
Refrão: Isto é uma loucura! Isto é uma loucura!
Bati à porta do número dois, vi a jogar uma junta de bois.
Bati à porta do número três, vi um burrinho a falar japonês.
Bati à porta do número quatro, vi uma ovelha a comer do prato.
Bati à porta do número cinco, vi a dançar um ornitorrinco.
Bati à porta do número seis, vi um leão a ditar as leis.
Bati à porta do número sete, vi um besouro a tocar trompete.
Bati à porta do número oito, vi um texugo a correr afoito.
Bati à porta do número nove, um fantasma que não se move.
Bati à porta do número dez, vi um palhaço a tirar cafés.
Dizem as galinhas
Dizem as galinhas: cacaracacá! Dizem as peruas: glu glu glu glu glu!
Dizem os cachorros: ão ão ão ão ão! Dizem os gatinhos: miau miau miau miau miau!
Dizem as ovelhas: mé mé mé mé mé! Dizem as vaquinhas: mu mu mu mu mu!
António José Ferreira ]
Domina
Domina! Se tu visses o que há, Domina, em casa da Salomé, Domine, uma tarte de kiwi, Domini, e um belo pão-de-ló, Domino; mas dele não comes tu, Dominu.
Domina! Se tu visses o que há, Domine, em casa da Salomé, Domini, uma tarte de kiwi, Domino, e um belo pão-de-ló, Dominu; mas dele não comes tu, Dominu!
António José Ferreira ]
É o cavalo a relinchar
É o cavalo a relinchar e a vaca a mugir. É o gato a miar e o cachorro a latir.
É o burro a zurrar, e a cigarra a fretenir. É o touro a berrar e a abelha a zumbir.
É a pega a palrar, e a ovelha a balir. É o pombo a arrulhar e o porco a grunhir.
É o lobo a uivar e o tigre a rugir. É o mocho a piar e o mosquito a zunir.
António José Ferreira ]
Já fui à China
Já fui à China uma vez! Um, dois, três! Nunca eu vi tanto chinês! Um, dois, três!
De olhos em bico está a Inês! Um, dois, três! Nunca ela viu tanto chinês! Um, dois, três!
Fica espantado um chinês! Um, dois, três! Como é difícil o Inglês! Um, dois, três!
António José Ferreira ]
Quem soube escutar
Quem soube escutar, tocou, quem soube escutar tocou. Escolho para tocar, aquele que sabe escutar, Quem sabe ouvir e calar, este tambor vai tocar.
Listen to my big drum: bang, bang, bang. Listen to my triangle: tang, tang tang. Listen to my trumpet: too too too. Listen to my tambourine: shoo shoo shoo.
Bate as mãos nas pernas
Bate as mãos nas pernas, bate os pés no chão. Bate as mãos nos ombros, dá-me a tua mão.
Nesta casa antiga mora um grande gato. Quem disser o “1” vai tornar-se um rato!
António José Ferreira ]
O rapaz se apaixonou
O rapaz se_apaixonou por uma menina que com ele_estudou.
Foram juntos ao cinema. Viram uma animação! [ Panda kungfu, ou outro ] Foram juntos ao cinema. Viram filme de ficção! [ Robô ] Foram juntos ao cinema. Viram um bonito drama! [ Choro ] Foram juntos ao cinema. Viram filme de terror! [ Dizem aú ] Foram juntos ao cinema. Viram filme de cowboys! [ atirar um laço com corda ] Foram juntos ao cinema. Viram ótima comédia. [ Gargalhada ] Foram juntos ao cinema. Viram um filme de amor. [ Beijinho ]
O Vasco foi a Angola
O Vasco foi a Angola p’ra ver como era Angola. Que linda que era Angola. América! Angola!
Salsa, salseirinha, ó-i-o-i-ó-ai, assim faz o baterista, assim, assim, assim. (bis)
Salsa, salseirinha, ó-i-ó-i-ó-ai, assim faz o pianista, assim, assim, assim. (bis)
Salsa, salseirinha, ó-i-ó-i-ó-ai, assim faz o trompetista, assim, assim, assim. (bis)
Salsa, salseirinha, ó-i-ó-i-ó-ai, assim faz a maestrina, assim, assim, assim. (bis)
Salsa, salseirinha, ó-i-ó-i-ó-ai, assim faz o organista, assim, assim, assim. (bis)
António José Ferreira, adapt. ]
Segunda-feira . Dias da Semana
Segunda-feira, que canseira! Terça-feira, que canseira! Quarta-feira, que canseira! Quinta-feira, que canseira! Sexta-feira, que canseira!
Após os cinco dias úteis, declamado:
Sábado não tem feira, nem canseira. Domingo não tem feira nem canseira. Posso descansar na espreguiçadeira, e ficar mais tempo à tua beira.
António José Ferreira ]
Solifá
Solifá, toma leite de manhã. Solirré, come peixe com puré. Solimi, come pera e kiwi. Solidó, não abuses da filhó. Solitu, come carne de peru.
Solifá, minha mãe gosta de chá. Solirré, e o meu pai toma café. Solimi, minha avó come kiwi. Solidó, eu gosto de pão-de-ló. Solitu, diz-me o que comes tu?
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Salte como um canguru, salte lá sem se apoiar. Só um dos marsupiais é que poderá ganhar!
Depois de aprenderem o canto, as crianças deverão vivenciar com a mão os saltos melódicos, grandes nas sílabas sublinhadas dos versos 1, 2 e 4, e pequeno, no verso 3. Depois, um grupo de crianças canta enquanto outro, com as mãos à canguru, faz os saltos, grandes e pequeno.
ÍNDICE DE “BICHINHO DA MÚSICA”
A minha gatinha parda A pega palrava Alto, alto, a vaca Berra a ovelha Chegaram andorinhas Coelhinho da Páscoa Coelhinho novo Cuco Disse o galo Diz um dia o galo Havia um pescador No campo havia um grilo O bicho da seda O meu pato mandarim O pato pateta O rouxinol Os alegres passarinhos Palram pega e papagaio Piu piu, diz o pinto Salte como um canguru Sou agora uma preguiça Sou um gato grande e gordo Tenho alguns amigos Tenho um gatinho Tenho uma galinha pintada Um macaquinho Um pinguim Uma raposa Vamos, vamos ao zoo Vem aí o gato Voa a abelha Voa, pica-pau Voltou a primavera
MAIS CANÇÕES SOBRE ANIMAIS
A cabrinha subiu
A cabrinha subiu p’ra cima do rochedo. A cabrinha subiu e superou o medo.
A cabrinha desceu. Não tremeram os seus pés. – Cabrinha, que brava que tu és!
António José Ferreira ]
A Micas ao cão
[ A Micas do Trapo ]
A Micas ao cão tem-lhe uma afeição como ele fosse gente: quando vai ao lixo, leva sempre o bicho que rosna p’rá gente.
Se vai pedir esmola leva na sacola o comer à certa: quando a fome aperta, come ela primeiro, depois o rafeiro.
Oh! Micas do trapo também és farrapo, farrapo da vida perseguindo em vão sonhos que lá vão na noite perdida!
Esse lixo agora também foi outrora desvelo e carinho, foi rei ao seu jeito, latejou no peito como jorra o vinho.
E nas tuas mãos, dedos bons irmãos procuram, sem fim, coisas de criança onde ainda a esperança não chegou ao fim.
A Micas ao cão tem-lhe uma afeição como ele fosse gente: quando vai ao lixo, leva sempre o bicho que rosna p’rá gente.
Se vai pedir esmola leva na sacola o comer à certa: quando a fome aperta, come ela primeiro, depois o rafeiro.
quando a fome aperta, come ela primeiro, depois o rafeiro.
Letra e música: Armando Estrela Intérprete: Tereza Tarouca (in EP “A Micas do Trapo”, RCA Victor, 1971; 2LP “Álbum de Recordações”: LP 1, Polydor/PolyGram, 1985; CD “Temas de Ouro da Música Portuguesa”, Polydor/PolyGram, 1992)
A minha gatinha parda
[ Canção para crianças ]
A minha gatinha parda inda ontem me fugiu. Quem achou a minha gata? Você sabe? Você viu?
O meu gato amarelo inda ontem me fugiu. Nunca vi gato mais belo. Você sabe? Você viu?
Tradicional de Portugal ]
A pega palrava
A pega palrava, a rola gemia, o touro berrava, a ovelha balia.
Belo concerto com os animais!
O pombo arrulhava, a vaca mugia, o burro zurrava, a abelha zumbia.
O tigre bramava, o cachorro latia, o pato grasnava, o porco grunhia.
O rato chiava, o mosquito zunia, o mocho piava, a onça rugia.
António José Ferreira ]
Agarrei o passarinho
[ O Passarinho ]
Agarrei o passarinho! Agarrei o passarinho antre a treia do centeio. Ó ladrão que te regalas! Ó ladrão que te regalas com o passarinho alheio.
Sou ferreiro, faço ferro, também faço vergas d’ aço! Faço orelhas a meninos sem medida nem compasso!
Sou poeta, planto versos, também cavo muitas letras! Faço línguas para os bichos pr’a que digam muitas tretas!
Apanhei a joaninha! Apanhei a joaninha antre as folhas de um faval. Ó ladrão que te regalas! Ó ladrão que te regalas c’a carocha no natal.
Acacei a formiguinha! Acacei a formiguinha antre as pedras do terreiro. Ó ladrão que te regalas! Ó ladrão que te regalas c’o a trabalhinho alheio.
Sou ferreiro, faço ferro, também faço vergas d’aço! Faço orelhas a meninos sem medida nem compasso! Sou poeta, planto versos, também cavo muitas letras! Faço línguas para os bichos pr’a que digam muitas tretas!
Intérprete: Chulada da Ponte Velha
Alentejo quando canta
[ Eu Ouvi o Passarinho ]
Alentejo quando canta Peito dado à solidão Traz a alma na garganta E o sonho no coração
Eu ouvi um passarinho Às quatro da madrugada Cantando lindas cantigas À porta da sua amada
Por ouvir cantar tão bem A sua amada chorou Às quatro da madrugada Um passarinho cantou Alentejo, terra rasa Toda coberta de pão As suas espigas doiradas Lembram mãos em oração
Eu ouvi um passarinho Às quatro da madrugada Cantando lindas cantigas À porta da sua amada
Por ouvir cantar tão bem A sua amada chorou Às quatro da madrugada Um passarinho cantou
Alentejo quando canta Peito dado à solidão Traz a alma na garganta E o sonho no coração
Eu ouvi um passarinho Às quatro da madrugada Cantando lindas cantigas À porta da sua amada
Por ouvir cantar tão bem A sua amada chorou Às quatro da madrugada Um passarinho cantou Alentejo, terra rasa Toda coberta de pão As suas espigas doiradas Lembram mãos em oração
Eu ouvi um passarinho Às quatro da madrugada Cantando lindas cantigas À porta da sua amada
Por ouvir cantar tão bem A sua amada chorou Às quatro da madrugada Um passarinho cantou
Letra e música: Popular (Alentejo) Intérprete: Grupo Coral de Cantares Regionais de Portel (in EP “Cantes de Portel”, Orfeu/Rádio Triunfo, 1984; CD “Cantares Regionais de Portel”, Lusosom, 1993; CD “25 Anos a Cantar Portel”, Ovação, 2004; CD “O Melhor de Grupo Coral de Cantares Regionais de Portel”, Ovação, 2010)
Alto, alto! A Vaca dá um salto
Alto, alto, a vaca dá um salto! Alto, alto, o burro dá um salto! Alto, alto, o coelho dá um salto! Alto, alto, o animal selvagem dá um salto! Alto, alto, o animal doméstico dá um salto!
As ovelhas
[ Ovelhudas ]
As ovelhas, lá no prado, Terão todas seu pastar, Terão todas seu pastar No que o prado tem p’ra dar; O pasto será de todas, Mas de cada o paladar, Mas de cada o paladar No que o prado tem p’ra dar.
Ovelhudas e lanudas Que o prado transformam em lã: Lã fofa da cor da neve Cardada à luz da manhã.
Bom ou mau ou muito ou pouco, Nada escapa ao seu olhar, Nada escapa ao seu olhar; Param, andam a pastar… E se o prado está pior O seu melhor vão buscar, O seu melhor vão buscar; Param, andam a pastar…
Ovelhudas e lanudas Que o prado transformam em lã: Lã fofa da cor da neve Cardada à luz da manhã.
Lá vai uma, lá vão duas, Todas num só carreirinho, Todas num só carreirinho; Lá vêm, lá vão mansinho… Olham as ervas do chão, Ruminam devagarinho, Ruminam devagarinho; Lá vêm, lá vão mansinho…
Ovelhudas e lanudas Que o prado transformam em lã: Lã fofa da cor da neve Cardada à luz da manhã.
Letra e música: Amélia Muge Intérprete: Segue-me à Capela (in Livro/CD “San’Joanices, Paganices e Outras Coisas de Mulher”, Segue-me à Capela/Fundação GDA/Tradisom, 2015)
Chegaram andorinhas
Chegaram andorinhas e não vão parar. Vão fazer o ninho para aos filhos dar.
António José Ferreira ]
Coelhinho da Páscoa
[ Canção para crianças ]
Coelhinho da Páscoa, que tens para me dar. Tenho muita alegria e ternura p’ra dar.
António José Ferreira ]
Coelhinho fofo
Coelhinho fofo, se és meu amigo, traz o teu filhote p’ra brincar comigo.
A Páscoa é uma festa de alegria e cor, com muitas amêndoas e com muito amor.
António José Ferreira ]
Cuco, cuco, oiço a cantar
Cuco, cuco, oiço a cantar. A Primavera está a chegar. Vamos todos saltar, dançar.
Ru ru, ru ru, oiço a cantar. A Primavera está a chegar. Vamos todos saltar, dançar!
António José Ferreira ]
O pulo do Lobo
Dias a fio andou Por andar chegou Em chegando viu E então sorriu A sorrir pensou Por pensar agiu Ao agir falou
“Diz-me andorinha, Deste voo teu, Se é dança ou feitiço, Se me emprestas a vertigem Dessa queda livre Do teu voo raso Desse Baile alado, Sim?”
E saltou, Ao saltar tremeu A tremer subiu Por subir desceu E então caiu, A cair bateu Ao bater sentiu, Ao sentir pensou
“Diz-me andorinha, Sentes como eu? O poder da terra Na torrente, rodopio Estilhaço o corpo Num grito calado Sob um manto de água, Não?”
E voou
Eu vou dançar à tua porta Vou acordar o teu sorriso Quando soprar o vento frio Eu vou deixar-te sem aviso
Vou partir
Eu hei-de ir por entre as nuvens Bebendo a chuva, cortando o ar P’ra descer num voo louco Rasando as fragas Cheirando a terra Beijando o mar
E voou, Por andar chegou Ao saltar tremeu Em chegando viu E então caiu Ao sorrir pensou Ao bater sentiu Ao agir falou
“Diz-me andorinha, Deste voo teu, Se é dança ou feitiço, Se me emprestas a vertigem Dessa queda livre Do teu voo raso Desse Baile alado, Sim?”
E caiu
Eu vou dançar à tua porta Vou acordar o teu sorriso Quando soprar o vento frio Eu vou deixar-te sem aviso
Vou partir
Eu hei-de ir por entre as nuvens Bebendo a chuva, cortando o ar P’ra descer num voo louco Rasando as fragas Cheirando a terra Beijando o mar
Vou por entre as nuvens Bebendo a chuva, cortando o ar P’ra descer num voo louco Rasando as fragas Cheirando a terra Beijando o mar
Disse o galo p’rà galinha
Disse o galo p’rà galinha: casemos, ó priminha. Sim, casaremos, mas falta a madrinha. Respondeu a cobra lá da ribeirinha que ela estava pronta para ser madrinha.
– A madrinha já nós temos e mui certa a temos. Agora o padrinho, onde nós iremos?
Respondeu o rato do seu buraquinho que ele estava pronto para ser padrinho.
– O padrinho já nós temos e mui certo o temos; agora o carneiro, onde nós iremos?
Respondeu o lobo lá do seu lobal que ele estava pronto p’rò carneiro dar.
– O carneiro já nós temos e mui certo o temos; agora, ó carneiro, onde nós iremos?
Responde a formiga do seu formigal que ela estava pronta para o trigo dar.
– O pão trigo já nós temos e mui certo o temos; mas a cozinheira, onde nós iremos?
Responde a raposa por ser mais lampeira que ela estava pronta p’ra ser cozinheira.
– Cozinheira já nós temos e mui certa a temos. Não nos falta nada, sim, sim, casaremos!
Tradicional ]
Diz o galo à galinha
Diz o galo à galinha: Casaremos a nossa filhinha.
Casaremos ou não casaremos, mas o noivo, onde o encontraremos? Diz o gato que estava no lar: Eu estou pronto para me casar.
Um bom noivo já nós temos cá. A madrinha donde nos virá? Diz a cabra da sua casinha: Eu estou pronta para ser a madrinha.
A madrinha já nós temos cá. O enxoval, donde nos virá? Diz a aranha do seu aranhal: Eu estou pronta p’ra dar o enxoval.
Enxoval já nós temos cá. Bailarina donde nos virá? Diz a mosca que andava no ar: Eu estou pronta p’ra vir dançar.
Bailarina já nós temos cá. O gaiteiro donde nos virá. Diz o burro do seu palheiro: Eu estou pronto para ser o gaiteiro.
Tradicional ]
Fui aranha coxa
[ Mãos de Aranha Coxa ]
Letra: Daniel Catarino Música: Bicho do Mato Intérprete: Bicho do Mato com Ana Miró (in CD “A Vingança do Bicho do Mato”, Bicho do Mato/Alain Vachier Music Editions, 2016)
Fui aranha coxa na chuva de Verão De pata ao peito, grades no coração Se é que o tenho, sei que a teia é só um lençol Ou talvez enleio tosco de um aranhol Ou teia que virou colcha P’ra mim, aranha coxa
Fui aranha coxa numa teia qualquer Espectadora no processo de envelhecer Velha para a vida, nova para morrer À espera que a sorte mude o que acontecer Cabe a vida numa trouxa Pobre aranha coxa!
Com mãos de aranha Com mãos de aranha coxa Eu vou tecendo Vou tecendo
Velha para a vida, nova para morrer À espera que a sorte mude o que acontecer Ou que alguém varra atrás da porta E eu vire aranha morta
Com mãos de aranha Com mãos de aranha coxa Eu vou tecendo Vou tecendo Vou tecendo Vou tecendo Vou tecendo Vou tecendo…
Gri gri gri, estou cansado de estar aqui
Gri gri gri, ‘stou cansado de estar aqui.
Gri gri gri, vou agora cantar ali.
António José Ferreira ]
No campo vi um grilo
No campo vi um grilo, tiriti grilo, tiriti grilo. Cantava ao desafio, tiriti fio, tiriti fá.
No campo vi um grilo que cantava ao desafio. Cantava ao desafio e fazia gri gri gri.
O bicho da seda, sempre a trabalhar, tece o seu casulo para lá morar.
Que grande surpresa vai acontecer: linda borboleta de lá vai nascer!
O meu pato mandarim
O meu pato mandarim inda ontem me fugiu. Diga lá, amigo Delfim. Você sabe? Você viu?
O meu ganso africano há dois dias me fugiu. Diga lá, amigo Adriano. Você sabe? Você viu?
O meu pombo juvenil há três dias me fugiu. Diga lá, amigo Gil. Você sabe? Você viu?
O meu gato de olho azul há uma semana me fugiu. Diga lá, amigo Raul. Você sabe? Você viu.
António José Ferreira ]
O pato pateta
O pato pateta não sabe cantar. Tem pelo amarelo, não sabe voar.
O pato peludo de pelo doirado tem bico redondo e peito pelado.
O pato patudo de rabo no ar tem penas pequenas e sabe nadar.
Tradicional ]
O rouxinol nasceu na floresta
O rouxinol nasceu na floresta, adora ser livre, adora voar, adora ser livre, adora voar.
O rouxinol nasceu na floresta, adora ser livre, adora cantar, adora ser livre, adora cantar.
António José Ferreira ]
Os alegres passarinhos
Os alegres passarinhos quando cantam na floresta ‘stão c’o bico tico tico quero esta, quero esta.
Os alegres passarinhos quando cantam pelo tojo, estão c’o bico, tico, tico, e as asinhas vão de rojo.
Trad. do Alentejo ]
Palram pega e papagaio
Palram pega e papagaio e cacareja a galinha. Os ternos pombos arrulham, geme a rola inocentinha.
Muge a vaca, berra o touro, grasna a rã, ruge o leão. O gato mia, uiva o lobo, também uiva e ladra o cão.
Relincha o nobre cavalo, os elefantes dão urros. A tímida ovelha bala; Zurrar é próprio dos burros.
Regouga a sagaz raposa, brutinho muito matreiro; Nos ramos cantam as aves mas pia o mocho agoureiro.
Sabem as aves ligeiras o canto seu variar: fazem gorjeios às vezes, às vezes põem-se a chilrar.
O pardal, daninho aos campos, não aprendeu a cantar; como os ratos e as doninhas, apenas sabe chiar.
O negro corvo crocita, zune o mosquito enfadonho. A serpente no deserto solta assobio medonho.
Chia a lebre, grasna o pato, ouvem-se os porcos grunhir. Libando o suco das flores, costuma a abelha zumbir.
Bramam os tigres, as onças; pia, pia o pintainho. Cucurica e canta o galo; late e gane o cachorrinho.
A vitelinha dá berros, o cordeirinho balidos. O macaquinho dá guinchos, a criancinha vagidos.
A fala foi dada ao homem, rei dos outros animais: Nos versos lidos acima se encontram em pobre rima as vozes dos principais.
Pedro Diniz ]
Quando a porta encosta
[ A Pena de um Elefante ]
Quando a porta encosta e se fecha, o teu nome não vai Quero um rosto quente e vago, mas o pecado não sai Espero na noite fria, agora, uns braços sem dono Fico pela casa toda à espera do teu retorno
Abre o guarda-fato e leva aquelas tuas promessas Porque pesam sobre o chão dúvidas descobertas Enchem todo o espaço, sobranceiro e errante Dormem sobre a cama, como a pena de um elefante
E só espero que me acorde Num espirro quase ofegante Como um elefante enorme
Num sonho mirabolante La la la la la la La la la la la la
Como um elefante enorme Num sonho mirabolante
La la la la la la La la la la la la
Como um elefante enorme Num sonho mirabolante
Numa só pegada marcas o teu território E num céu de lágrimas faço o meu dormitório Sem pousar a alma na minha almofada Sinto a lança em África de maneira errada
E só espero que me acorde Num espirro quase ofegante Como um elefante enorme Num sonho mirabolante
La la la la la la La la la la la la
Como um elefante enorme Num sonho mirabolante
La la la la la la La la la la la la
Como um elefante enorme Num sonho mirabolante
La la la la la la La la la la la la
Como um elefante enorme Num sonho mirabolante
La la la la la la La la la la la la
Letra e música: Jorge Roque Intérprete: Jorge Roque (in CD “Às Vezes”, Vidisco, 2013)
Quero um cavalo
Quero um cavalo de várias cores, Quero-o depressa que vou partir. Esperam-me prados com tantas flores, Que só cavalos de várias cores Podem servir.
Quero uma sela feita de restos Dalguma nuvem que ande no céu. Quero-a evasiva – nimbos e cerros – Sobre os valados, sobre os aterros, Que o mundo é meu.
Quero que as rédeas façam prodígios: Voa, cavalo, galopa mais, Trepa às camadas do céu sem fundo, Rumo àquele ponto, exterior ao mundo, Para onde tendem as catedrais.
Deixem que eu parta, agora, já, Antes que murchem todas as flores. Tenho a loucura, sei o caminho, Mas como posso partir sozinho Sem um cavalo de várias cores?
Poema de Reinaldo Ferreira (in “Poemas”, 1960) Recitado por Afonso Dias Também cantado por António Pedro Braga (Orfeu, 1972)
Salto eu
Salto eu, saltas tu, para vermos quem mais salta. Não sou eu, não és tu, quem mais salta é o canguru.
Sou agora uma preguiça
Sou agora uma preguiça que se move devagar. Tenho garras preparadas para às árvores trepar.
Sou cavalo lusitano na lezíria a galopar. Sou feliz porque sou livre, minha voz é relinchar.
Tenho um guizo, tenho um guizo, tenho um guizo a chocalhar. Sou agora a cascavel na floresta a rastejar.
Sou um gato grande e gordo a miar e a bufar. São retráteis minhas garras, uso-as para atacar.
António José Ferreira ]
Tenho alguns amigos
Tenho alguns amigos, deles vou falar. Uns andam depressa outros devagar.
Tartaruga, vai devagar. Tens o tempo todo p’ra chegar. Assim tu não vais transpirar. Tartaruga vai devagar.
Corre lebre, corre lebre, não podes parar. Se não corres para a meta não irás ganhar.
António José Ferreira ]
Tenho um gatinho
Tenho um gatinho que sabe miar. Quando dorme a sesta, põe-se a ronronar.
Tenho um cãozinho que sabe ladrar. Quando vê um gato corre para atacar.
Sou um gato
Sou um gato grande e gordo a miar e a bufar. São retráteis minhas garras, uso-as para atacar.
Sou cavalo lusitano na lezíria a galopar. Sou feliz porque sou livre, minha voz é relinchar.
António José Ferreira ]
Tenho uma galinha pintada
Tenho uma galinha pintada que a minha mãe comprou. É bonita e põe ovos, bom dinheiro ela custou.
Tlim, tlim, tlim, tlão, tenho um realejo que me ganha o queijo, tenho um violão que me ganha o pão.
Já me deram pelo bico uma casa em Machico; com isso não me contento, chut galinha, lá p’ra dentro.
Já me deram pelas patas uma saca de batatas; com isso não me contento, chut galinha, lá p’ra dentro.
Já me deram pelos ossos uma saca de tremoços; com isso não me contento, chut galinha, lá p’ra dentro.
Já me deram pelos pés uma saca de cafés; com isso não me contento, chut galinha, lá p’ra dentro.
Um dia, foi à pesca
Um dia, foi à pesca, (3v), foi fraca a pescaria. (bis)
Pescou um só peixinho, (3v) levou-o à Maria. (bis)
Quando chegou a casa, (3v) ouviu o que não queria. (bis).
– Se fosse um peixe grande, (3v) que almoço não daria. (bis)
– O peixe é pequenino (3 v) e muito cresceria. (bis)
José pegou o balde (3 v), deitou o peixe à ria. (bis)
António José Ferreira ]
Um macaquinho
Um macaquinho gosta de dançar, outro põe-se a imitar. Dancem, macaquinhos, vão ‘scolher um par. Assim é melhor dançar.
Um pinguim convencido
Um pinguim convencido desceu lá do Pólo Norte. Veio de trouxa às costas p’ra tentar a sua sorte. (3 v.)
Ficou todo aborrecido pois começou a suar. Não vinha prevenido para calor suportar. (3 v.)
E trouxe gelo de reserva mas o gelo derreteu. Trouxe peixe de conserva mas o peixe já comeu. (3 v.)
Resolveu p’ra trás voltar pois a lição aprendeu. Cada um deve gostar do cantinho que é seu. (3 v.)
Isabel Sousa ]
Uma raposa estava cansada
Uma raposa estava cansada, tinha a barriga muito vazia. Viu cachos de uvas numa videira, deu logo um salto de tanta alegria.
Bem tentou ela atingir o cacho, mas o cansaço não lho deixava. Indo-se embora, ouviu um barulho, e o cacho de uvas lá continuava.
São uvas verdes – disse a raposa, cheia de fome e desiludida. Foi pelos montes, foi pelos campos, ia sonhando em ter outra vida.
António José Ferreira ]
Vem aí o gato
Vem aí o gato! Deixa lá o queijo! Se não te pões a mexer, o Bigodes te vai ver… Foge lá, ó rato, esquece o teu desejo.
Vi pousado num raminho
[ O Tentilhão ]
Vi pousado num raminho Numa árvore toda em flor Um pequeno passarinho Cantando com muito amor
Era suave e meiguinha A sua linda canção A pequena avezinha Era o lindo tentilhão
E veio-me logo ao sentido Se as penas do tentilhão Teriam elas caído Do meu pobre coração
Julguei mal a ave querida Através do meu pensar Pensei que a sua vida Fosse comer e cantar
Eu não tinha reparado Ali num outro raminho Estava mesmo a seu lado A companheira no ninho
A cuidar dos seus filhinhos Grande espanto foi o meu Quando lhe vi dar beijinhos Como a minha mãe me deu
Tanto trabalho e canseira Teve aquele passarinho Com a sua companheira P’ra fazer ali seu ninho
Vamos todos trabalhar Povo da minha nação Para podermos cantar Como aquele tentilhão
(Constantino José Abreu, “o Caipira”)
Voa
Voa, pica-pau, ter preguiça é mau. Leva-me a conhecer o Norte, pica-pau!
Voa, pega-azul, voa para Sul. Leva-me às férias dos meus sonhos, pega-azul.
Voa, codorniz, vai e sê feliz! Leva-me contigo para Este, codorniz.
Voa, galeirão, vá, não digas não! Leva-me contigo para Oeste, galeirão.
Voa, albatroz, leva-me aos avós. Leva-me p’ra um lado e para o outro, albatroz.
António José Ferreira ]
Voltou a Primavera
Voltou a Primavera com prendas p’ra me dar: um campo de papoilas e um cuco a chamar.
Cucu, cucu, adoro escutar o cuco entre os ramos no monte a cantar.
António José Ferreira ]
Cabras, créditos Mervin Coleman
https://www.lenga.pt/wp-content/uploads/2020/04/cabras-creditos-mervin-coleman.jpg400400António Ferreirahttp://lenga.pt/wp-content/uploads/2022/05/lenga-80x80.jpgAntónio Ferreira2020-04-15 22:32:072022-06-25 12:11:19Canções de animais
Dá-me lá o teu abraço Que me aperte como um laço. Deixa esse embaraço que eu não vou roubar-te espaço. És o meu amigalhaço Que me apoia no cansaço, Resistente como aço, Vais comigo passo a passo.
António José Ferreira ]
Catrapás, sim à paz
Catrapás, catrapás. Não à guerra, sim à paz!
Catrapés, catrapés. Mostra-me o bom que tu és!
Catrapis, catrapis. Sou feliz se és feliz!
Catrapós, catrapós. Ama e cuida dos avós!
Catrapus, catrapus. Para mim és uma luz.
Com as mãos
Com as mãos Se guia e conduz. Com as mãos Se amassa o pão. Com as mãos Se acende uma luz. Com as mãos Se ajuda o irmão.
Com as mãos Se dá um aperto. Com as mãos Se faz poesia. Com as mãos se faz um enxerto. Com as mãos Se acena e guia.
António José Ferreira, baseado no poema “As mãos” de Manuel Alegre ]
Comboio da delicadeza
Vem comigo no comboio que se chama Alegria. Quando chegas à escola, de manhã, dizes “Bom dia!”
Vem comigo no comboio Que se chama Educação. Diz palavras delicadas E evita o calão.
Vem comigo no comboio onde vai o Professor. Quando queres uma coisa deves pedir “Por favor!”
Vem comigo no comboio do menino educado. Fará toda a diferença tu dizeres “Obrigado!”
Vem comigo no comboio Para o Desenvolvimento. É melhor seres delicado Do que seres violento.
Vem comigo no comboio Da Sustentabilidade. Equilíbrio no consumo Dá-te mais felicidade.
António José Ferreira ]
Dentro de nós
Dentro de mim, dentro de ti, dentro de nós existe Alguém. Eu sou assim, tu és assim, diferentes, e ainda bem.
Todos dif’rentes, todos iguais, diferentes e iguais.
A escola é minha, a escola é tua, a escola é de todos nós. A trabalhar, a estudar, toda a gente fica a ganhar.
Isabel Carneiro ]
Lojas
Fazes-me um favor? Vai à peixaria. E eu comprei sardinhas como a mãe queria.
Fazes-me um favor? Vai à frutaria. E eu comprei laranjas como a mãe queria.
Fazes-me um favor? Vai à padaria. E eu comprei regueifa como a mãe queria.
Fazes-me um favor? Vai à confeitaria. E eu comprei bolinhos como a mãe queria.
Fazes-me um favor? Vai à pizzaria. E eu comprei a pizza como a mãe queria.
Fazes-me um favor? Vai à charcutaria. E eu comprei fiambre como a mãe queria.
Fazes-me um favor? Vai à retrosaria. E eu comprei as linhas como a mãe queria.
António José Ferreira ]
Mãos
Uso as mãos para tocar, nunca para magoar. Uso as mãos para acenar nunca para arranhar.
Uso os pés p’ra caminhar, Nunca p’ra pontapear. Uso os pés p’ra ir e vir, Nunca para agredir.
Uso as pernas para jogar, Nunca para rasteirar. Uso a boca p’ra falar, Nunca para ameaçar.
António José Ferreira ]
Mulher
Hoje é dia da grande mulher que ensina, que escreve ou canta, e que esteja ela onde estiver nos apoia, acarinha e levanta.
Hoje é dia da mãe e da mana, da madrinha, da avó e da tia, da Matilde, da Bruna e da Ana, da Filipa, da Inês, da Sofia.
Hoje é dia da minha professora, da doutora e da cabeleireira, da flautista e da compositora, da autarca e da cozinheira.
António José Ferreira ]
Músculos
Músculos! Músculos! Se eu não os tivesse, Nem sequer eu te sorria.
Músculos! Músculos! Se eu não os tivesse, Nem sequer saudaria.
Músculos! Músculos! Se eu não os tivesse, Nem sequer acenaria.
Músculos! Músculos! Se eu não os tivesse, Que abraços eu daria?
Músculos! Músculos! Se eu não os tivesse, Como é que te ajudaria?
Músculos! Músculos! Se eu não os tivesse, Gargalhadas não daria!
António José Ferreira ]
No teu lugar
Imagino o que sentes, ponho-me no teu lugar p’ra saber o melhor modo de te poder ajudar.
Imagino como estás Mesmo que tu não mo digas E escolho entre as palavras As que são tuas amigas.
‘Stavas presa no teu corpo, libertou-te o teu sorriso. Com a tua mão na minha aprendi o que é preciso.
António José Ferreira ]
Nomes coletivos
Se eu fosse um músico, queria-te na minha orquestra. Se eu fosse um cantor, queria-te no meu coro.
Se eu fosse um sino, queria-te no meu carrilhão. Se eu fosse uma tecla, queria-te no meu teclado.
Se eu fosse um disco, queria-te na minha discoteca. Se eu fosse uma corda Queria-te no meu encordoamento.
Se eu fosse um soldado, queria-te no meu batalhão. Se eu fosse pescador, Queria-te na minha companha.
Se eu fosse um navio, queria-te na minha armada. Se eu fosse um avião, queria-te na minha esquadrilha.
Se eu fosse um ator, queria-te no meu elenco. Se eu fosse um poeta, queria-te na minha plêiade.
Se eu fosse uma ilha, queria-te no meu arquipélago. Se eu fosse uma serra, queria-te na minha cordilheira.
António José Ferreira ]
Os valores importantes
Os valores importantes são a ajuda ao amigo, escutar com atenção quem está a falar comigo.
Os valores importantes não são roupa nem dinheiro, mas cumprir bem as tarefas, ser honesto e verdadeiro.
Os valores importantes são respeitar os seus pais e tratar bem os amigos, incluindo os animais.
António José Ferreira ]
Palavras mágicas
Mágicas palavras para te saudar: digo “Olá! Bom dia!” depois de acordar.
Mágicas palavras, boas de dizer: “muito obrigado” para agradecer.
Mágicas palavras, boas de dizer: digo “com licença”, se um arroto der.
Mágicas palavras, boas de dizer: digo “por favor”, se algo quero ter.
Mágicas palavras, boas de dizer: “olá!”, “boa tarde” a quem estiver.
Mágicas palavras, boas de dizer: “perdão”, ou “desculpe”, se asneira fizer.
Mágicas palavras, que deves lembrar: digo “Boa noite!” antes de deitar.
António José Ferreira ]
Peixe-palhaço
Peixe-palhaço, ‘stás a nadar. Quem é que escolhes p’ta te adotar.
É quem tiver Tempo p’ra de mim cuidar E precisa de dinheiro Para me alimentar.
António José Ferreira ]
Rimar não custa
Não custa nada fazer uma rima: joga com a prima.
Não custa nada rimar com geleia. É uma boa ideia.
Não custa nada rimar com cantiga: canta se és amiga.
Não custa nada rimar com cadela: é brincar com ela.
Não custa nada rimar com o cão: é dar-lhe ração.
Não custa nada rimar com o gato: é encher-lhe o prato.
Não custa nada rimar com cavalo: é saber montá-lo.
Não custa nada rimar com o burro: basta ser casmurro.
Não custa nada rimar com o galo: basta depená-lo.
Não custa nada rimar com galinha: é fazer canjinha.
António José Ferreira ]
Saber estar na escola
Distraído é que não, pois não se aprende a lição. Ser atento, isso sim, é bom p’ra ti, é bom p’ra mim.
Falar sempre é que não pois não se aprende a lição. Levantar o dedo, sim! É bom p’ra ti, é bom p’ra mim.
Ter a mesa suja não que isso faz-me confusão. Manter limpa a sala, sim! É bom p’ra ti, é bom p’ra mim.
Brigar c’os amigos, não, que até perdes a razão. Ser prestável, isso sim! É bom p’ra ti, é bom p’ra mim!
Chamar nomes é que não, ou serás tu malcriadão? Educado, isso sim, é bom p’ra ti, é bom p’ra mim.
Fazer troça é que não, que o colega é como irmão. Ajudá-lo, isso sim, é bom p’ra ti, é bom p’ra mim.
António José Ferreira ]
Singular e plural
Singular é apenas um, é ser tão especial como o Dia da Criança, a Páscoa, o Carnaval.
Singular é ser o amigo, dizer palavra certa, o beijo de boa noite, o rádio que te desperta.
Singular é coisa rara, singular é ser um só como o sorriso da mãe ou o bolo da avó.
Singular é não ter “s” colado ao nosso artigo, ser colega de escola, ser a amiga, ser o amigo.
Um presente é singular, mais do que um já é plural: prendas, bolas e brinquedos, e enfeites de Natal.
Um disfarce é singular, singular é o Carnaval; mascarados e caretos, serpentinas é plural.
Este dia é o nosso dia. Vem, ó pai, ficar comigo. Quero dar-te aquele abraço que se dá ao grande amigo.
Mostra-me como se joga, vê aquilo que já faço, que eu vou dar-te um poema com a forma do abraço.
António José Ferreira ]
Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor
O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.
Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.
Filha, Quero cantar-te como um poeta Falar-te de alegria, dos dias em festa
Mostrar como se faz com lápis de cor Mostrar-te que és um fruto do Amor
Nas risadas quero que fiques sempre assim Livre de alma solta até ao fim
E a magia que nos dá a tua mãe No teu coração quero que a sintas também E o carinho que ela transporta O que ela por ti faz como ninguém Que um dia digas p’ra ti: “Nada me importa Se não um amor como o da minha mãe”
Filho, Com tua irmã iremos voar Poisar nos telhados que te façam sonhar Pintar o teu caminho com lápis de cor Mostrar-te que és um fruto do Amor
Nas mãos que te guiam p’ra sempre vieste Para semear o que já nos deste E a magia que nos dá a tua mãe No teu coração quero que a sintas também
E o carinho que ela transporta O que ela por ti faz como ninguém Que um dia digas p’ra ti: “Nada me importa Se não um amor como o da minha mãe”
E o carinho que ela transporta O que ela por ti faz como ninguém Que um dia digas p’ra ti: “Nada me importa Se não um amor como o da minha mãe”
Letra e música: Luís Galrito Intérprete: Luís Galrito (in CD “Menino do Sonho Pintado”, Kimahera, 2018)
Foi na carreira das duas
[ Carreira das Duas ]
“Foi na carreira das duas, já lá vai” Disse-me a mãe com os olhos rasos de água A ver da vida que só tem quem daqui sai Os que aqui ficam têm solidão e mágoa
Fiquei parado à espera do poente Enquanto a noite me trazia o escurecer Em frente ao lume com o sono à minha frente A imaginar o que me iria acontecer
Já lá vão anos e dela nem sinais Só os caminhos palmilhados p’la tristeza Só as saudades é que são cada vez mais E o tempo passa no correr da incerteza
Ainda me lembro do dia dos amores Ainda me lembro das cantigas da ribeira Quanto maior é a paixão mais são as dores Dores que o tempo vai regando a vida inteira
Mal ela sabe Quanto a queria Fico acordado a ver passar horas e luas Talvez um dia, quem sabe?, Talvez um dia eu… vá atrás dela E vá na carreira das duas
Letra e música: Sebastião Antunes Arranjo: Gonçalo Pratas Intérprete: Sebastião Antunes (in CD “Singular”, Sebastião Antunes & Quadrilha/Alain Vachier Music Editions, 2017)
Forte é o teu abraço
Forte é o teu abraço, meigo é o teu sorriso, ter-te ao meu lado, ó pai, é tudo o que eu preciso.
Forte é o teu abraço, meigo é o teu sorriso. Ter-te ao meu lado, ó mãe, é tudo o que eu preciso.
Forte é o teu abraço, meigo é o teu sorriso. Ter-te ao meu lado, avô, é tudo o que eu preciso.
Forte é o teu abraço, meigo é o teu sorriso. Ter-te ao meu lado, avó, é tudo o que eu preciso.
António José Ferreira ]
Há uma voz que te ensina a cantar
Há uma voz que te ensina a cantar, como em bebé te cantou p’ra embalar, voz que ainda hoje te pode acalmar.
Há uma mão sempre pronta a ajudar, mão que tem força p’ra te levantar, mão que bem sabe o que te há-de dar.
É a Mãe!
António José Ferreira ]
Mãe, tu fazes-me feliz
Um abraço faz-me feliz, um beijinho faz-me feliz. Um sorriso faz-me feliz: mãe tu fazes-me feliz!
Tu me ajudas e eu já consigo. Gosto tanto de estar contigo!
António José Ferreira ]
Já lá vai o sol
[ Canto de Amor e Trabalho ]
(Ei, eh, ôh, arre, burra!)
Já lá vai o sol Já lá vai o dia
(Anda, bonita!)
Já me cheira a noite Já se vê a aldeia
(Eh bonita, toma lá mais rédea! Ah! que nos dói o corpo…)
A merenda é pouca E o trabalho… e o trabalho é duro A mulher à espera Já se fez noitinha E a menina é já dormindo Ai, a nina está dormindo
O teu pai vem do trabalho Meu amor vem da campina Ao chegar um ventinho ao borralho Ai, não vá… ai, não vá acordar a menina
O teu pai vem do trabalho Meu amor vem da campina Ao chegar um ventinho ao borralho Ai, não vá acordar a menina
(Eh! arre, burra! Eh bonita, vá embora!)
Ai, o frio já aperta Vai-se o Verão Vem o Inverno
(Ah! arreda! arreda, que vai doido!)
Terra ladra, terra farta Terra que te quero bem Terra que te quero bem
(Eh bonita, vá mais rédea… Ah! já se vê a casa)
Ai, a ceia no braseiro Já lhe sinto o gosto Já lhe sinto o cheiro A mulher à espera E a nina está dormindo (Oh, filhita!) Ai, a nina está dormindo
O teu pai vem do trabalho Meu amor vem da campina Ao chegar um ventinho ao borralho Ai, não vá acordar a menina
Letra: António Avelar Pinho Música: Nuno Rodrigues Intérprete: Banda do Casaco (in LP “Coisas do Arco da Velha”, Philips/Phonogram Portuguesa, 1976, reed. Philips/Polygram, 1993)
Meu Querido Filho, Tão Tarde Que É
Intérprete: Pedro Abrunhosa
No Mar desta praia
[ A Minha Praia ]
No Mar desta praia, mãe levou-me em sua saia enrolada E pude ver logo ao nascer a minha praia
Os dedos na areia, desde cedo, de tão catraia que aprendi Como andar e como correr na minha praia
Vinda de outra terra, uma outra mulher que não traz saia nem criança E diz, no seu papel, lhe pertencer a minha praia
Depois outros homens cortam o mato e a mãe desmaia, e tem de ir embora Se assim vai ser, como irei ver a minha praia?
Ir p’ra outro lado, pela força antes saia, assim forçada Sem lá correr, esta deixou de ser a minha praia
Letra e música: Luís Pucarinho Intérprete: Luís Pucarinho* (in CD “SaiArodada”, Luís Pucarinho/Alain Vachier Music Editions, 2018)
Quando o nosso filho crescer
Quando o nosso filho crescer Eu vou-lhe dizer Que te conheci num dia de sol Que o teu olhar me prendeu E eu vi o céu E tudo o que estava ao meu redor Que pegaste na minha mão Naquele fim de verão E me levaste a jantar Ficaste com o meu coração E como numa canção Fizeste-me corar
Ali Eu soube que era amor para a vida toda Que era contigo a minha vida toda Que era um amor para a vida toda. (bis)
Quando ele ficar maior E quiser saber melhor Como é que veio ao mundo Eu vou lhe dizer com amor Que sonhei ao pormenor E que era o meu desejo profundo Que tinhas os olhos em água Quando cheguei a casa E te dei a boa nova E que já era bom ganhou asas E eu soube de caras Que era pra vida toda
Ali Dissemos que era amor para a vida toda Que era contigo a minha vida toda Que era um amor para a vida toda. (bis)
Quando ele sair e tiver A sua mulher E quiser dividir um tecto Vamos poder vê-lo crescer Ser o que quiser E tomar conta dos nossos netos Um dia já velhinhos cansados Sempre lado a lado Ele vai poder contar Que os pais tiveram sempre casados Eternos namorados E vieram provar
Que ali Vivemos um amor para a vida toda Que foi contigo a minha vida toda Que foi contigo a minha vida toda
Que ali Vivemos um amor para a vida toda Que foi contigo a minha vida toda Foi um amor para a vida toda Foi um amor para a vida toda
Carolina Deslandes
Carolina Deslandes
Vou fazer uma canção-pitanga
[ Canção-Pitanga ]
Vou fazer uma canção-pitanga Para a minha filha se lembrar de mim Uma canção redonda igual a uma missanga Uma canção que a traga ao meu jardim
Vou fazer uma canção-brinquedo Para a minha filha rebolar a rir Uma canção estranha igual a um bruxedo Uma canção capaz de a trazer aqui
Uma canção-arco-íris Para a minha filha prender na cabeleira Uma canção com asas igual a um íbis Uma canção que a traga à minha beira
Uma canção redonda Uma canção para a trazer aqui Uma canção estranha Uma canção que a traga ao jardim Uma canção com asas Uma canção para a minha beira
Uma canção estranha Uma canção que a traga ao jardim Uma canção com asas Uma canção para minha beira
Vou fazer uma canção-pitanga Para a minha filha se lembrar de mim Uma canção redonda igual a uma missanga Uma canção que a traga ao meu jardim
Uma canção-arco-íris Para a minha filha prender na cabeleira Uma canção com asas igual a um íbis Uma canção que a traga à minha beira
Poema: José Eduardo Agualusa Música: João Afonso Lima Intérprete: João Afonso com António Afonso e Inês Lima (in CD “Sangue Bom: João Afonso canta Agualusa e Mia Couto”, João Afonso/Universal, 2014)
https://www.lenga.pt/wp-content/uploads/2020/04/carolina-deslandes.jpeg400400António Ferreirahttp://lenga.pt/wp-content/uploads/2022/05/lenga-80x80.jpgAntónio Ferreira2020-04-17 11:46:362024-10-26 20:07:59Canções à família
Canções para motivar as crianças para a imitação, jogo simbólico, expressão, criatividade e improvisação
Numa turma, enquanto um grupo canta, o outro representa as ações com gestos.
Todos começam pela imitação
Seja o menino, o macaco ou o cão, todos começamos por fazer imitação.
Seja a raposa, a galinha ou o peru, toda a gente imita, e também imitas tu…
A preguiça imita, e imita o canguru. Vamos ver agora que animal imitas tu!
António José Ferreira ]
Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor
O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.
Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.