Tag Archive for: canções infantis

DJ, foto Spuckpop

Canções de profissões

Carolina cozinheira

[ António José Ferreira, sobre Zabelinha Tecedeira, trad. Madeira ]

Carolina cozinheira
é artista a cozinhar.
Na saúde dos clientes
ela es sempre a pensar.

É tão boa a sua sopa,
o arroz e o salmão.
Carolina cozinheira
cuida da alimentação.

JOGO DE COPOS

As crianças estão em volta de uma mesa, cada uma com um copo reutilizado à sua frente (uma tampa de amaciador da roupa, por exemplo). Nas sílabas sublinhadas, agarram o copo com a direita e passam ao colega da direita.

Corta a relva, varre as folhas

Sónia Araújo e as Profissões

1. Corta a relva, varre as folhas,
cuida bem do meu jardim.
Poda as árvores, rega as plantas,
guarda uma flor para mim.

2. Põe sementes no quintal
onde frutos vão nascer.
Mexe a terra, rega-a bem.
Há legumes p’ra comer.

3. De janeiro a dezembro
há um jardim p’ra cuidar.
O jardineiro sabe truques
para o poder perfumar.

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

Saiba mais na Reciclanda e contacte-nos:

António José Ferreira:
962 942 759

Hey! DJ!

Sónia e as profissões

Hey! DJ! Põe a música a tocar!
Hey! DJ! Nós só queremos dançar!
Hey! DJ! Põe os teus braços no ar!
Hey! DJ! Bate palmas sem parar!

RAP

1. A música tem ritmo
que nos põe a mexer.
É só bater o pé
e deixar acontecer.

2. Sentir o balanço
é fundamental.
Ouçam a batida,
não ‘stá nada mal.

Ó colegas, venham ver

Música de Senhora Dona Anica, texto de António José Ferreira

Ó colegas, venham ver,
vamos todos escutar. (bis)
Oiçam bem os pianistas.
Que som espetacular! (bis)

Flautistas

Bateristas

Oboístas

Harpistas

Violinistas

DJ, foto Spuckpop

DJ, foto Spuckpop

Se um dia for doutor

[ António José Ferreira ]

1. Se um dia for doutor,
vou tratar-te, sim senhor.

2. Se eu for oftalmologista,
vou cuidar da tua vista.

3. Se eu for cirurgião
vou tratar-te o coração.

MUSICATIVIDADE

As crianças estão numa roda e, enquanto dizem a quadra, passam um coração de cartão ou de peluche.

Recursos musicais Meloteca para a infância

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Canções de roda

A viuvinha está triste

[ Jogo da Viuvinha ]

A viuvinha está triste
Que lhe morreu seu marido
Não tem quem lhe aqueça a cama
Anda com o sono perdido.

A Senhora Viuvinha
Com quem é que quer casar
É com o Senhor da Alemanha
Ou com o Senhor General.

Eu não quero esses homens
Que eles não são para mim
Eu sou uma pobre viúva
Ninguém tem dó de mim

Tradicional da Madeira ]

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

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António José Ferreira:
962 942 759

Ai, eu entrei na roda

Ai, eu entrei na roda.
Ai, eu não sei como se dança.
Ai, eu entrei na “rodadança”.
Ai, eu não sei dançar.

Sete e sete são quatorze,
com mais sete, vinte e um.
Tenho sete namorados
só posso casar com um.

Namorei um rapazinho
do colégio militar.
O diabo do garoto,
só queria me beijar.

Todo mundo se admira
de a macaca fazer renda.
Eu já vi uma perua
ser caixeira de uma venda.

Lá vai uma, lá vão duas,
lá vão três pela terceira.
Lá se vai o meu benzinho,
de avião para a Madeira.

Essa noite tive um sonho
que chupava picolé
Acordei de madrugada,
chupando dedo do pé.

Tradicional do Brasil ]

Cai, cai, balão

Cai, cai, balão, cai, cai, balão
Aqui na minha mão.
Não cai, não, não cai, não, não cai, não,
Cai na rua do Sabão.

Tradicional do Brasil ]

Ciranda

Ciranda, cirandinha,
Vamos todos cirandar.
Vamos dar a meia-volta,
Volta e meia vamos dar.

O anel que tu me deste
Era de vidro e quebrou.
O amor que tu me tinhas
Era pouco e acabou.

Por isso, colega Ana,
Entre dentro desta roda.
Diga um verso bem bonito,
Diga adeus e vá-se embora.

Escravos de Jó

Escravos de Jó
Jogavam caxangá.
Tira, bota, deixa ficar.
Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá.
Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá.

Tradicional do Brasil ]

Ó condessa

[ Condessinha de Aragão ]

Ó condessa, ó condessinha,
Ó condessa de Aragão,
Venho pedir-te uma filha
Destas três que aqui estão.

Minhas filhas não as dou,
Nem por ouro nem por prata,
Nem por sangue de zaragata
Que me custou a criar
Com a ponta da minha agulha
E com o rabo do meu dedal.

Ai que contente que eu vinha,
Que triste me vou achar!
Pedi a filha à condessa,
Condessa não ma quis dar.

Volta atrás ó cavaleiro
Se fores homem de bem
Entra aqui no meu chiqueiro
E escolhe a que for capaz.

Esta quero, esta levo
Por seres a minha condessa
Que me come o pão da cesta
E o vinho da Calheta.

Tradicional da Madeira ]

Olha a Rosa

Olha a Rosa amarela, Rosa
Tão Formosa, tão bela, Rosa
Olha a Rosa amarela, Rosa
Tão Formosa, tão bela, Rosa

Iá-iá meu lenço, ô Iá-iá
Para me enxugar, ô Iá-iá
Esta despedida, ô Iá-iá
Já me fez chorar, ô Iá-iá

Vai correndo o lindo anel

Vai correndo o lindo anel,
corre, voa, sem parar.
Onde está, onde se encontra?
Quem o pode adivinhar?!

Quem o pode adivinhar,
se é que não adivinhou?
Onde pára o lindo anel
que da minha mão voou?!

T. Nogueira ]

Vai de galho em galho

Vai de galho em galho
Vai de flor em flor
Vai de braço dado
Vai de braço dado mais o seu amor.

Muito chorei eu num Domingo à tarde
Aqui este meu lenço
Aqui está o meu lenço que fala a verdade.

Ah, seu ladrão, seu ladrão manjerico
Não queiras ficar
Não queiras ficar na praia sozito.

Na praia sozito não hei-de eu ficar
Eu hei-de ir à roda
Eu hei-de ir à roda escolher meu par.

Tradicional da Madeira ]

Canções de roda

Canções de roda

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Crianças tocando

A bandinha vai tocar

A bandinha vai tocar,
muito depressa, sem parar.
Prestem muita atenção
pois os triângulos vão tocar:

Tarata tchim, tarata tchim,
Tarata tchim, tchim, tchim, tchim, tchim
.

A bandinha vai a tocar,
vai lentamente, sem parar.
Prestem muita atenção
pois os tambores vão a rufar.

Burumbumbum, burumbumbum,
burumbumbum bum bum bum bum.

A barata

A barata diz que tem
uma cama de marfim. (bis)
É mentira da barata,
ela dorme no jardim.
Ah ah ah, eh eh eh,
ela dorme no jardim. (bis)

A barata diz que tem
sapatinhos de fivela. (bis)
É mentira da barata,
os sapatos não são dela.
Ah ah ah, eh eh eh,
os sapatos não são dela. (bis)

A chuva

A chuva cai, cai,
a chuva cai, cai.
A chuva cai na cabeça.

A mover-se

A andar, a andar,
os patinhos vão nadar.

A correr, a correr,
os gatinhos vão comer.

A voar, a voar,
as pombinhas vão no ar.

A nadar, a nadar,
os peixinhos vão no mar.

A trotar, a trotar,
os cavalos vão ganhar.

A saltar, a saltar,
os esquilos vão brincar.

As pombinhas

As pombinhas da Cat’rina
andaram de mão em mão.
Foram ter à Quinta Nova,
ao pombal de São João.

Ao pombal de São João,
à quinta da Rosalina. (bis)
Minha mãe mandou-me à fonte
e eu parti na cantarinha. (bis)

Ao passar o ribeirinho

Ao passar o ribeirinho,
água sobe, água desce, (bis)
dei a mão ao meu amor,
não quiz que ninguém soubesse. (bis)

Se tu és o meu amor,
dá-me cá os braços teus. (bis)
Se não és o meu amor,
vai-te embora, adeus, adeus. (bis)

Cai neve

Cai neve, cai neve,
cai neve no jardim.
Branquinha cobre o chão
e então tudo é branquinho assim.

Cai chuva, cai chuva,
cai chuva no jardim! (bis)
A água cobre o chão
e então, parece um lago assim! (bis)

– Coelhinho da Páscoa
que trazes p’ra mim?
Um ovo, dois ovos,
três ovos assim. (2 v.)

– Coelhinho da Páscoa
com quem vais dançar?
Com uma menina
que saiba cantar. (2 v.)
Com uma menina

– Coelhinho da Páscoa
que lhe vais of’recer?
Um saco de amêndoas
p’ra ela comer. (2 v.)

Canta bem cedo

Canta bem cedo com sua voz potente,
ouve-se longe o galo da avó.
Canta cedinho, acorda toda a gente.
Canta o galo: có-cró-có.

Cocrocó!
O sol se levanta:
logo o galo canta!

Cá-c’rá-cá!
Diz a mãe ga-linha:
saltem da caminha!

Cô-cô-cô!
Diz ela de novo
quando põe o ovo.

C’rrô-c’rrô-c’rrô!
Fala com voz rouca
a galinha choca.

Qui-qu’ri-qui!
Sai o pintainho,
sai do seu ovinho.

Pi-pi-pi!
Traz a cozinheira
milho à capoeira.

Coelhinho novo

Coelhinho novo,
eu sou teu amigo!
Como eu gostava
de brincar contigo!

Quadra de António José Ferreira

Dlim dlão! Vai casar o João Ratão

Dlim dlão, dlim dlim dlão!
Vai casar o João Ratão.
Os dois sinos tocarão.

Dlim dlão! Dlim dlim dlão!
Toca, toca, sacristão.
Toca, toca o carrilhão.

Dlim dlão, dlim dlim dlão!
Vai casar o João Ratão
no dia de São João.

Eu fui ao jardim celeste

Eu fui ao jardim celeste.
O que foste lá fazer…
Fui lá buscar uma rosa…
Para quem é essa rosa…
É para a menina…

Eu tenho um martelo

Eu tenho um martelo
para martelar. (bis)
Trás trás trás, trás trás trás,
eu já sei pregar. (bis)

Eu tenho uma serra
para trabalhar: (bis)
rr rr rr, rr rr rr,
eu já sei serrar. (bis)

Ignez Mazoni ]

Faz como eu

Faz assim como eu,
assim assim. (bis)

Bate o pé como eu,
assim assim. (bis)

Bate palmas como eu,
assim assim. (bis)

Dá estalinhos como eu,
assim assim. (bis)

Mexe os ombros como eu,
assim assim. (bis)

Ergue os braços como eu,
assim, assim. (bis)

Toca assim como eu,
assim, assim. (bis)

Dança assim como eu,
assim, assim. (bis)

Marcha assim como eu,
assim, assim. (bis)

Faz assim, como o Paulo…

Gira a roda

Gira a roda, gira, gira,
gira a roda e vai girar.
Gira a roda, gira, gira,
gira a roda até parar.

Há uma borboleta

Há uma borboleta assim,
no jardim
do Martim.
Há uma borboleta assim
no jardim.

Há uma cobra a rastejar
no pomar
do Gaspar.
Há uma cobra a rastejar
no pomar.

António José Ferreira ]

Havia um lindo balão

Havia um lindo balão
que sempre queria voar.
Descia e subia, descia e subia
e ao céu já queria chegar.

António José Ferreira ]

Lagarto pintado

Lagarto pintado,
quem te pintou?
Foi uma velha
que aqui passou.

No tempo da eira,
fazia poeira.

Puxa, lagarto,
por aquela orelha.

ALTERNATIVA

– No campo da aldeia,
ó que poeira!
Puxa, lagarto,
por esta orelha!

Marcha soldado

Marcha soldado,
cabeça de melão.
Se não marchar’s direito,
sairás do batalhão.

Meu lindo balão

Meu lindo balão, ão, ão,
pelo ar subiu, iu, iu,
mas caiu no chão, ão, ão,
nunca mais se viu, iu, iu.

Numa roda dança

Numa roda dança, dança dança.
Numa roda dança dando as mãos.

Numa roda dança, dança, dança,
numa roda dança dando os braços.

Numa roda dança, dança, dança,
numa roda dança dando os ombros.

Numa roda dança, dança, dança.
Numa roda dança dando a cabeça.

Numa roda dança, dança, dança.
Numa roda dança, dando o joelho.

Numa roda dança, dança, dança.
Numa roda dança, dando a perna.

Numa roda dança, dança, dança.
Numa roda dança, dando o pé.

O carro da Rita

O carro da Rita
rr rr rr rr rr rr rr rr rr.
O carro da Rita rr rr rr
corre pela rua.

A abelha bonita, bz bz bz,
bz bz bz, bz bz bz.
A abelha bonita, bz bz bz,
faz uma algazarra.

O Manel tinha uma bola

O Manel tinha uma bola,
mas, por falta de atenção,
lá deixou ele ir a bola
Presa aos dentes de um cão.

O Manel tinha uma bola,
mas agora não tem, não.
E a gente, a ver se o consola,
vai cantar-lhe esta canção.

O mar

O mar tem peixes grandes:
como é grande o mar! (2x)

O mar dá-nos beijinhos:
como é bom o mar. (2x)

O mar tem estrelinhas:
como é lindo o mar. (2x)

António José Ferreira ]

Olha a laranjinha

Olha a laranjinha,
foi do chão ao ar.
O meu amorzinho
não veio ao jantar.

Não veio ao jantar,
não veio ao almoço.
Olha a laranjinha,
foi do chão ao poço.

Olha a laranjinha,
foi do chão à terra.
O meu amorzinho
é de lá da serra.

É de lá da serra,
é de lá do monte.
Olha a laranjinha,
foi do chão à fonte.

Os olhos da Joaninha,
tenho-os, eu, aqui na mão. (bis)

Os olhos da Susaninha
são negros, cor do carvão. (bis)

Passos

Passos à direita,
sempre sem parar. (bis)
Passos à esquerda
para variar. (bis)

Passos para a frente,
vamos avançar. (bis)
Passos para trás,
e vamos recuar. (bis)

António José Ferreira ]

Que gira a nossa roda

Que gira a nossa roda!
Rodopia p’ra direita.
Que gira a nossa roda!
Rodopia e bate palmas.

Que gira a nossa roda!
Roda e bate palmas.
Que gira a nossa roda!
Roda e bate palmas!

Que gira a nossa roda!
Roda para a esquerda!
Que gira a nossa roda!
Roda para a esquerda!

Que gira a nossa roda!
Roda e bate palmas.
Que gira a nossa roda!
Roda e bate palmas.

António José Ferreira ]

Que tens, canguru

Que tens canguru
nessa linda bolsinha.
Eu levo o meu filho
à sua escolinha.

– Diz lá, cangurú:
vais de carro ou a pé?
Eu vou aos saltinhos
com o meu bebé.

Quem é que ali vem

Quem é que ali vem,
tão devagar,
com grandes orelhas
sempre a abanar.

É o elefante
que eu vou imitar.

Se queres ser meu amigo

Se queres ser meu amigo,
diz-me o nome.

… dá-me a mão…

… diz olá…

… diz por favor…

… diz desculpa…

… com licença…

… até logo…

Tenho lá em casa um gato

Tenho lá em casa um gato fabuloso.
É muito inteligente e muito atencioso.
Já fala Inglês e já conta até doze.
Tenho lá em casa um gato espantoso.

Quando bebe o leite antes de deitar,
é com uma palhinha p’ra não entornar.
Fala com bons modos, nunca lambe o prato,
limpa os bigodes com o guardanapo.

O cão da vizinha ladra a bom ladrar
quando vai à rua e o vê passar.
Indi’rente, o gato nem olha p’rò lado,
‘stica o pescoço e vira-lhe o rabo.

Desconhecido ]

Tenho na quinta um peru

Tenho na quinta um perú,
glu glu glu, glu glu glu.
Tenho na quinta um perú
e diz glu glu glu glu.

Tenho na quinta um garnizé,
qué-qué-ré, qué-qué-ré.
Tenho na quinta um garnizé
e diz qué-qué-ré-qué.

Tenho um cãozinho

Tenho um cãozinho
chamado Loló.
Faz a sua cama,
limpa sempre o pó.

Tenho uma vaca
chamada corneta.
Fez há pouco um ano,
já não quer chupeta.

Tenho um macaco
que coça a barriga.
Não sei que lhe faça,
não sei que lhe diga.

Tenho um pomar

Tenho um pomar, tiroliro liro liro.
Tenho um pomar, tiroliro liro ló.

Que tem o pomar, tiroliro liro liro.
Que tem o pomar, tiroliro liro ló.

Tem uma pereira…

Que tem a pereira…

Tem um belo ninho…

Que tem esse ninho…

Tem um lindo ovo…

Que tem esse ovo…

Tem um passarinho

Tem um passarinho

Todos os patinhos

Todos os patinhos
sabem bem nadar,
cabeça para baixo,
rabino para o ar.

Quando estão cansados,
da água vão sair.
Depois em grande fila
p’ra o ninho querem ir.

Traz traz

Traz-traz, p’ra aquecer,
bate palminhas, bate palminhas!
Traz-traz, que bem que faz.
Bate palminhas, traz-traz-traz.

Texto de M.C. Diogo

Truz-truz, p’ra aquecer
bate na mesa, bate na mesa!
Truz-truz, que bem faz.
Bate na mesa, truz-truz-truz!

Um copo com água

Um copo com água,
uma escova e pasta
p’ra lavar os dentes
é o que me basta.

‘Sfrego, ‘sfrego, ‘sfrego,
muito esfregadinho:
Com os dentes lavados,
que rico cheirinho!

Luiza da Gama Santos ]

Um dedo assim

Um dedo assim tiquitim, tiquitim,
eu mexo já já tacatá tacatá.
Um dedo assim tiquitim, tiquitim,
eu mexo já já tacatá tacatá.

Uma mão…

Um braço…

Um pé…

Uma perna…

O corpo assim….

Um gatinho

Um gatinho peludinho
que miava lá em casa,
miau miau miau miau.
Tinha os olhos sempre em brasa,
tinha os olhos sempre em brasa.

O gatinho todo preto
que miava no quintal,
miau miau miau miau,
era um gato especial,
era um gato especial.

Um elefante se balanceava

Um elefante se balanceava
sobre a teia de uma aranha.
Como ele sabia que não cairia,
foi chamar outro elefante.

Dois elefantes… Três elefantes… (…)

Dez elefantes se balanceavam
sobre a teia de uma aranha.
Como eles sabiam que já cairiam
não chamaram mais nenhum.

Na última estrofe, as notas finais são dó – dó.

Texto português de Un elefante se balanceava por António José Ferreira ]

Vamos dançar

Vamos dançar:
Começa devagar;
Depois de começar,
Não podes mais parar.

Falado:

Um dedo

Outro dedo

Uma mão

Outra mão

Um cotovelo

Outro cotovelo

Um ombro

Outro ombro

Um pé

Outro pé

Uma perna

Outra perna

A cabeça

O corpo inteiro

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Crianças tocando

Crianças tocando

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Criança a tocar pandeireta

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A bola bate

A bola bate, bate,
ao ritmo da canção.
Vai agarrar a bola
quem está com atenção.

A bola passa, passa,
ao ritmo da canção.
Não deixes que a bola
escape da tua mão.

António José Ferreira ]

A cabrinha saltou

A cabrinha saltou
p’ra cima do rochedo.
A cabrinha saltou
e nunca teve medo.
A cabrinha desceu,
não tremeram os seus pés.
Cabrinha,
que brava que tu és.

O cabrito saltou
p’ra cima do rochedo.
O cabrito saltou
e nunca teve medo.
O cabrito desceu,
não tremeram os seus pés.
Cabrito,
que bravo que tu és.

O rebanho saltou
p’ra cima do rochedo.
O rebanho saltou
e nunca teve medo.
O rebanho desceu,
não tremeram os seus pés.
Rebanho,
que bravo que tu és.

António José Ferreira ]

A escola

A escola é tua casa
e casa dos teus pais,
lugar para aprenderes
e seres muito mais.

A escola é para amar,
é quase tua mãe.
Aplica o que ela ensina
e vais sentir-te bem.

António José Ferreira ]

Bati à porta do número um

Bati à porta do número um,
vi uma foca a beijar um atum.

Refrão:
Isto é uma loucura!
Isto é uma loucura!

Bati à porta do número dois,
vi a jogar uma junta de bois.

Bati à porta do número três,
vi um burrinho a falar japonês.

Bati à porta do número quatro,
vi uma ovelha a comer do prato.

Bati à porta do número cinco,
vi a dançar um ornitorrinco.

Bati à porta do número seis,
vi um leão a ditar as leis.

Bati à porta do número sete,
vi um besouro a tocar trompete.

Bati à porta do número oito,
vi um texugo a correr afoito.

Bati à porta do número nove,
um fantasma que não se move.

Bati à porta do número dez,
vi um palhaço a tirar cafés.

Dizem as galinhas

Dizem as galinhas:
cacaracacá!
Dizem as peruas:
glu glu glu glu glu!

Dizem os cachorros:
ão ão ão ão ão!
Dizem os gatinhos:
miau miau miau miau miau!

Dizem as ovelhas:
mé mé mé mé mé!
Dizem as vaquinhas:
mu mu mu mu mu!

António José Ferreira ]

Domina

Domina!
Se tu visses o que há,
Domina,
em casa da Salomé,
Domine,
uma tarte de kiwi,
Domini,
e um belo pão-de-ló,
Domino;
mas dele não comes tu,
Dominu.

Domina!
Se tu visses o que há,
Domine,
em casa da Salomé,
Domini,
uma tarte de kiwi,
Domino,
e um belo pão-de-ló,
Dominu;
mas dele não comes tu,
Dominu!

António José Ferreira ]

É o cavalo a relinchar

É o cavalo a relinchar
e a vaca a mugir.
É o gato a miar
e o cachorro a latir.

É o burro a zurrar,
e a cigarra a fretenir.
É o touro a berrar
e a abelha a zumbir.

É a pega a palrar,
e a ovelha a balir.
É o pombo a arrulhar
e o porco a grunhir.

É o lobo a uivar
e o tigre a rugir.
É o mocho a piar
e o mosquito a zunir.

António José Ferreira ]

Já fui à China

Já fui à China uma vez!
Um, dois, três!
Nunca eu vi tanto chinês!
Um, dois, três!

De olhos em bico está a Inês!
Um, dois, três!
Nunca ela viu tanto chinês!
Um, dois, três!

Fica espantado um chinês!
Um, dois, três!
Como é difícil o Inglês!
Um, dois, três!

António José Ferreira ]

Quem soube escutar

Quem soube escutar, tocou,
quem soube escutar tocou.
Escolho para tocar,
aquele que sabe escutar,
Quem sabe ouvir e calar,
este tambor vai tocar.

António José Ferreira ]

Lecanué tchinbindibau

Lecanué tchinbindibau.
Eh tatá tchinbindibau.
Eh mamá tchinbindibau.
Eh kaká tchinbindibau.
Eh tatá eh mamá eh kaká
Eh! Tchinbindibau.

Tradicional ]

Listen to my big drum

Listen to my big drum:
bang, bang, bang.
Listen to my triangle:
tang, tang tang.
Listen to my trumpet:
too too too.
Listen to my tambourine:
shoo shoo shoo.

Bate as mãos nas pernas

Bate as mãos nas pernas,
bate os pés no chão.
Bate as mãos nos ombros,
dá-me a tua mão.

Nesta casa antiga
mora um grande gato.
Quem disser o “1”
vai tornar-se um rato!

António José Ferreira ]

O rapaz se apaixonou

O rapaz se_apaixonou
por uma menina que com ele_estudou.

Foram juntos ao cinema.
Viram uma animação! [ Panda kungfu, ou outro ]
Foram juntos ao cinema.
Viram filme de ficção! [ Robô ]
Foram juntos ao cinema.
Viram um bonito drama! [ Choro ]
Foram juntos ao cinema.
Viram filme de terror! [ Dizem aú ]
Foram juntos ao cinema.
Viram filme de cowboys! [ atirar um laço com corda ]
Foram juntos ao cinema.
Viram ótima comédia. [ Gargalhada ]
Foram juntos ao cinema.
Viram um filme de amor. [ Beijinho ]

O Vasco foi a Angola

O Vasco foi a Angola
p’ra ver como era Angola.
Que linda que era Angola.
América!
Angola!

Saber estar

Saber estar,
saber ‘scutar,
saber calar,
saber jogar.

Saber falar,
saber cantar,
saber tocar,
saber dançar.

António José Ferreira ]

Salsa, salseirinha

Salsa, salseirinha,
ó-i-o-i-ó-ai,
assim faz o baterista,
assim, assim, assim. (bis)

Salsa, salseirinha,
ó-i-ó-i-ó-ai,
assim faz o pianista,
assim, assim, assim. (bis)

Salsa, salseirinha,
ó-i-ó-i-ó-ai,
assim faz o trompetista,
assim, assim, assim. (bis)

Salsa, salseirinha,
ó-i-ó-i-ó-ai,
assim faz a maestrina,
assim, assim, assim. (bis)

Salsa, salseirinha,
ó-i-ó-i-ó-ai,
assim faz o organista,
assim, assim, assim. (bis)

António José Ferreira, adapt. ]

Segunda-feira . Dias da Semana

Segunda-feira,
que canseira!
Terça-feira,
que canseira!
Quarta-feira,
que canseira!
Quinta-feira,
que canseira!
Sexta-feira,
que canseira!

Após os cinco dias úteis, declamado:

Sábado não tem feira,
nem canseira.
Domingo não tem feira
nem canseira.
Posso descansar
na espreguiçadeira,
e ficar mais tempo
à tua beira.

António José Ferreira ]

Solifá

Solifá,
toma leite de manhã.
Solirré,
come peixe com puré.
Solimi,
come pera e kiwi.
Solidó,
não abuses da filhó.
Solitu,
come carne de peru.

Solifá,
minha mãe gosta de chá.
Solirré,
e o meu pai toma café.
Solimi,
minha avó come kiwi.
Solidó,
eu gosto de pão-de-ló.
Solitu,
diz-me o que comes tu?

António José Ferreira ]

Ti ti ti, ‘stou aqui

Ti ti ti,
‘stou aqui mas não ‘stou feliz.

Ti ti ti,
vou viver para outro país.

António José Ferreira ]

Tiyaya

Tiyaya, tiyaya oh! (3 v.)
Tiyaya, tiyaya oh!
Ai! Oh! Ai! Oh!
Tiyaya tiyaya oh!

Tradicional

Toca o sino da igreja

Toca o sino da igreja,
o sino da igreja.
Toca o sino da igreja,
o sino da igreja.
Dam dom dam!
Dam dom dam!
Dam dom dam!
Dam dom dam!

Oiço ao longe um chocalho,
ao longe um chocalho.
Oiço ao longe um chocalho,
ao longe um chocalho.
Dam dom dam!
Dam dom dam!
Dam dom dam!
Dam dom dam!

António José Ferreira ]

Trus trus trus! O Senhor pintor

Trus trus trus! Quem é que quer entrar?
É o senhor pintor que a sua casa vem pintar.

Pegue nos pincéis e comece a trabalhar.
Pinte nos lugares que lhe vou já indicar.

Na cozinha, quero uma bananeira,
para alegrar o coração da cozinheira.

Na salinha quero um rosinha
para a aquecer o coração da mamãzinha.

No portão, quero um cachorrão
para dar um susto à cara feia do ladrão.

Vou pintar aquilo que me diz.
Espero que goste e que seja mais feliz.

Já acabei! Adeus, minha senhora,
até outro dia, que já me vou embora.

Criança a tocar pandeireta

Criança a tocar pandeireta

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Cabras, créditos Mervin Coleman

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Salte como um canguru,
salte lá sem se apoiar.
Só um dos marsupiais
é que poderá ganhar!

Depois de aprenderem o canto, as crianças deverão vivenciar com a mão os saltos melódicos, grandes nas sílabas sublinhadas dos versos 1, 2 e 4, e pequeno, no verso 3. Depois, um grupo de crianças canta enquanto outro, com as mãos à canguru, faz os saltos, grandes e pequeno.

ÍNDICE DE “BICHINHO DA MÚSICA”

A minha gatinha parda
A pega palrava
Alto, alto, a vaca
Berra a ovelha
Chegaram andorinhas
Coelhinho da Páscoa
Coelhinho novo
Cuco
Disse o galo
Diz um dia o galo
Havia um pescador
No campo havia um grilo
O bicho da seda
O meu pato mandarim
O pato pateta
O rouxinol
Os alegres passarinhos
Palram pega e papagaio
Piu piu, diz o pinto
Salte como um canguru
Sou agora uma preguiça
Sou um gato grande e gordo
Tenho alguns amigos
Tenho um gatinho
Tenho uma galinha pintada
Um macaquinho
Um pinguim
Uma raposa
Vamos, vamos ao zoo
Vem aí o gato
Voa a abelha
Voa, pica-pau
Voltou a primavera

MAIS CANÇÕES SOBRE ANIMAIS

A cabrinha subiu

A cabrinha subiu
p’ra cima do rochedo.
A cabrinha subiu
e superou o medo.

A cabrinha desceu.
Não tremeram os seus pés.
– Cabrinha,
que brava que tu és!

António José Ferreira ]

A Micas ao cão

[ A Micas do Trapo ]

A Micas ao cão
tem-lhe uma afeição
como ele fosse gente:
quando vai ao lixo,
leva sempre o bicho
que rosna p’rá gente.

Se vai pedir esmola
leva na sacola
o comer à certa:
quando a fome aperta,
come ela primeiro,
depois o rafeiro.

Oh! Micas do trapo
também és farrapo,
farrapo da vida
perseguindo em vão
sonhos que lá vão
na noite perdida!

Esse lixo agora
também foi outrora
desvelo e carinho,
foi rei ao seu jeito,
latejou no peito
como jorra o vinho.

E nas tuas mãos,
dedos bons irmãos
procuram, sem fim,
coisas de criança
onde ainda a esperança
não chegou ao fim.

A Micas ao cão
tem-lhe uma afeição
como ele fosse gente:
quando vai ao lixo,
leva sempre o bicho
que rosna p’rá gente.

Se vai pedir esmola
leva na sacola
o comer à certa:
quando a fome aperta,
come ela primeiro,
depois o rafeiro.

quando a fome aperta,
come ela primeiro,
depois o rafeiro.

Letra e música: Armando Estrela
Intérprete: Tereza Tarouca (in EP “A Micas do Trapo”, RCA Victor, 1971; 2LP “Álbum de Recordações”: LP 1, Polydor/PolyGram, 1985; CD “Temas de Ouro da Música Portuguesa”, Polydor/PolyGram, 1992)

A minha gatinha parda

[ Canção para crianças ]

A minha gatinha parda
inda ontem me fugiu.
Quem achou a minha gata?
Você sabe? Você viu?

O meu gato amarelo
inda ontem me fugiu.
Nunca vi gato mais belo.
Você sabe? Você viu?

Tradicional de Portugal ]

A pega palrava

A pega palrava,
a rola gemia,
o touro berrava,
a ovelha balia.

Belo concerto
com os animais!

O pombo arrulhava,
a vaca mugia,
o burro zurrava,
a abelha zumbia.

O tigre bramava,
o cachorro latia,
o pato grasnava,
o porco grunhia.

O rato chiava,
o mosquito zunia,
o mocho piava,
a onça rugia.

António José Ferreira ]

Agarrei o passarinho

[ O Passarinho ]

Agarrei o passarinho!
Agarrei o passarinho
antre a treia do centeio.
Ó ladrão que te regalas!
Ó ladrão que te regalas
com o passarinho alheio.

Sou ferreiro, faço ferro,
também faço vergas d’ aço!
Faço orelhas a meninos
sem medida nem compasso!

Sou poeta, planto versos,
também cavo muitas letras!
Faço línguas para os bichos
pr’a que digam muitas tretas!

Apanhei a joaninha!
Apanhei a joaninha
antre as folhas de um faval.
Ó ladrão que te regalas!
Ó ladrão que te regalas
c’a carocha no natal.

Acacei a formiguinha!
Acacei a formiguinha
antre as pedras do terreiro.
Ó ladrão que te regalas!
Ó ladrão que te regalas
c’o a trabalhinho alheio.

Sou ferreiro, faço ferro,
também faço vergas d’aço!
Faço orelhas a meninos
sem medida nem compasso!
Sou poeta, planto versos,
também cavo muitas letras!
Faço línguas para os bichos
pr’a que digam muitas tretas!

Intérprete: Chulada da Ponte Velha

Alentejo quando canta

[ Eu Ouvi o Passarinho ]

Alentejo quando canta
Peito dado à solidão
Traz a alma na garganta
E o sonho no coração

Eu ouvi um passarinho
Às quatro da madrugada
Cantando lindas cantigas
À porta da sua amada

Por ouvir cantar tão bem
A sua amada chorou
Às quatro da madrugada
Um passarinho cantou
Alentejo, terra rasa
Toda coberta de pão
As suas espigas doiradas
Lembram mãos em oração

Eu ouvi um passarinho
Às quatro da madrugada
Cantando lindas cantigas
À porta da sua amada

Por ouvir cantar tão bem
A sua amada chorou
Às quatro da madrugada
Um passarinho cantou

Alentejo quando canta
Peito dado à solidão
Traz a alma na garganta
E o sonho no coração

Eu ouvi um passarinho
Às quatro da madrugada
Cantando lindas cantigas
À porta da sua amada

Por ouvir cantar tão bem
A sua amada chorou
Às quatro da madrugada
Um passarinho cantou
Alentejo, terra rasa
Toda coberta de pão
As suas espigas doiradas
Lembram mãos em oração

Eu ouvi um passarinho
Às quatro da madrugada
Cantando lindas cantigas
À porta da sua amada

Por ouvir cantar tão bem
A sua amada chorou
Às quatro da madrugada
Um passarinho cantou

Letra e música: Popular (Alentejo)
Intérprete: Grupo Coral de Cantares Regionais de Portel (in EP “Cantes de Portel”, Orfeu/Rádio Triunfo, 1984; CD “Cantares Regionais de Portel”, Lusosom, 1993; CD “25 Anos a Cantar Portel”, Ovação, 2004; CD “O Melhor de Grupo Coral de Cantares Regionais de Portel”, Ovação, 2010)

Alto, alto! A Vaca dá um salto

Alto, alto,
a vaca dá um salto!
Alto, alto,
o burro dá um salto!
Alto, alto,
o coelho dá um salto!
Alto, alto,
o animal selvagem dá um salto!
Alto, alto,
o animal doméstico dá um salto!

As ovelhas

[ Ovelhudas ]

As ovelhas, lá no prado,
Terão todas seu pastar,
Terão todas seu pastar
No que o prado tem p’ra dar;
O pasto será de todas,
Mas de cada o paladar,
Mas de cada o paladar
No que o prado tem p’ra dar.

Ovelhudas e lanudas
Que o prado transformam em lã:
Lã fofa da cor da neve
Cardada à luz da manhã.

Bom ou mau ou muito ou pouco,
Nada escapa ao seu olhar,
Nada escapa ao seu olhar;
Param, andam a pastar…
E se o prado está pior
O seu melhor vão buscar,
O seu melhor vão buscar;
Param, andam a pastar…

Ovelhudas e lanudas
Que o prado transformam em lã:
Lã fofa da cor da neve
Cardada à luz da manhã.

Lá vai uma, lá vão duas,
Todas num só carreirinho,
Todas num só carreirinho;
Lá vêm, lá vão mansinho…
Olham as ervas do chão,
Ruminam devagarinho,
Ruminam devagarinho;
Lá vêm, lá vão mansinho…

Ovelhudas e lanudas
Que o prado transformam em lã:
Lã fofa da cor da neve
Cardada à luz da manhã.

Letra e música: Amélia Muge
Intérprete: Segue-me à Capela (in Livro/CD “San’Joanices, Paganices e Outras Coisas de Mulher”, Segue-me à Capela/Fundação GDA/Tradisom, 2015)

Chegaram andorinhas

Chegaram andorinhas
e não vão parar.
Vão fazer o ninho
para aos filhos dar.

António José Ferreira ]

Coelhinho da Páscoa

[ Canção para crianças ]

Coelhinho da Páscoa,
que tens para me dar.
Tenho muita alegria
e ternura p’ra dar.

António José Ferreira ]

Coelhinho fofo

Coelhinho fofo,
se és meu amigo,
traz o teu filhote
p’ra brincar comigo.

A Páscoa é uma festa
de alegria e cor,
com muitas amêndoas
e com muito amor.

António José Ferreira ]

Cuco, cuco, oiço a cantar

Cuco, cuco,
oiço a cantar.
A Primavera
está a chegar.
Vamos todos
saltar, dançar.

Ru ru, ru ru,
oiço a cantar.
A Primavera
está a chegar.
Vamos todos
saltar, dançar!

António José Ferreira ]

O pulo do Lobo

Dias a fio andou
Por andar chegou
Em chegando viu
E então sorriu
A sorrir pensou
Por pensar agiu
Ao agir falou

“Diz-me andorinha,
Deste voo teu,
Se é dança ou feitiço,
Se me emprestas a vertigem
Dessa queda livre
Do teu voo raso
Desse Baile alado,
Sim?”

E saltou,
Ao saltar tremeu
A tremer subiu
Por subir desceu
E então caiu,
A cair bateu
Ao bater sentiu,
Ao sentir pensou

“Diz-me andorinha,
Sentes como eu?
O poder da terra
Na torrente, rodopio
Estilhaço o corpo
Num grito calado
Sob um manto de água,
Não?”

E voou

Eu vou dançar à tua porta
Vou acordar o teu sorriso
Quando soprar o vento frio
Eu vou deixar-te sem aviso

Vou partir

Eu hei-de ir por entre as nuvens
Bebendo a chuva, cortando o ar
P’ra descer num voo louco
Rasando as fragas
Cheirando a terra
Beijando o mar

E voou,
Por andar chegou
Ao saltar tremeu
Em chegando viu
E então caiu
Ao sorrir pensou
Ao bater sentiu
Ao agir falou

“Diz-me andorinha,
Deste voo teu,
Se é dança ou feitiço,
Se me emprestas a vertigem
Dessa queda livre
Do teu voo raso
Desse Baile alado,
Sim?”

E caiu

Eu vou dançar à tua porta
Vou acordar o teu sorriso
Quando soprar o vento frio
Eu vou deixar-te sem aviso

Vou partir

Eu hei-de ir por entre as nuvens
Bebendo a chuva, cortando o ar
P’ra descer num voo louco
Rasando as fragas
Cheirando a terra
Beijando o mar

Vou por entre as nuvens
Bebendo a chuva, cortando o ar
P’ra descer num voo louco
Rasando as fragas
Cheirando a terra
Beijando o mar

Disse o galo p’rà galinha

Disse o galo p’rà galinha:
casemos, ó priminha.
Sim, casaremos,
mas falta a madrinha.
Respondeu a cobra
lá da ribeirinha
que ela estava pronta
para ser madrinha.

– A madrinha já nós temos
e mui certa a temos.
Agora o padrinho,
onde nós iremos?

Respondeu o rato
do seu buraquinho
que ele estava pronto
para ser padrinho.

– O padrinho já nós temos
e mui certo o temos;
agora o carneiro,
onde nós iremos?

Respondeu o lobo
lá do seu lobal
que ele estava pronto
p’rò carneiro dar.

– O carneiro já nós temos
e mui certo o temos;
agora, ó carneiro,
onde nós iremos?

Responde a formiga
do seu formigal
que ela estava pronta
para o trigo dar.

– O pão trigo já nós temos
e mui certo o temos;
mas a cozinheira,
onde nós iremos?

Responde a raposa
por ser mais lampeira
que ela estava pronta
p’ra ser cozinheira.

– Cozinheira já nós temos
e mui certa a temos.
Não nos falta nada,
sim, sim, casaremos!

Tradicional ]

Diz o galo à galinha

Diz o galo à galinha:
Casaremos a nossa filhinha.

Casaremos ou não casaremos,
mas o noivo, onde o encontraremos?
Diz o gato que estava no lar:
Eu estou pronto para me casar.

Um bom noivo já nós temos cá.
A madrinha donde nos virá?
Diz a cabra da sua casinha:
Eu estou pronta para ser a madrinha.

A madrinha já nós temos cá.
O enxoval, donde nos virá?
Diz a aranha do seu aranhal:
Eu estou pronta p’ra dar o enxoval.

Enxoval já nós temos cá.
Bailarina donde nos virá?
Diz a mosca que andava no ar:
Eu estou pronta p’ra vir dançar.

Bailarina já nós temos cá.
O gaiteiro donde nos virá.
Diz o burro do seu palheiro:
Eu estou pronto para ser o gaiteiro.

Tradicional ]

Fui aranha coxa

[ Mãos de Aranha Coxa ]

Letra: Daniel Catarino
Música: Bicho do Mato
Intérprete: Bicho do Mato com Ana Miró (in CD “A Vingança do Bicho do Mato”, Bicho do Mato/Alain Vachier Music Editions, 2016)

Fui aranha coxa na chuva de Verão
De pata ao peito, grades no coração
Se é que o tenho, sei que a teia é só um lençol
Ou talvez enleio tosco de um aranhol
Ou teia que virou colcha
P’ra mim, aranha coxa

Fui aranha coxa numa teia qualquer
Espectadora no processo de envelhecer
Velha para a vida, nova para morrer
À espera que a sorte mude o que acontecer
Cabe a vida numa trouxa
Pobre aranha coxa!

Com mãos de aranha
Com mãos de aranha coxa
Eu vou tecendo
Vou tecendo

Velha para a vida, nova para morrer
À espera que a sorte mude o que acontecer
Ou que alguém varra atrás da porta
E eu vire aranha morta

Com mãos de aranha
Com mãos de aranha coxa
Eu vou tecendo
Vou tecendo
Vou tecendo
Vou tecendo
Vou tecendo
Vou tecendo…

Gri gri gri, estou cansado de estar aqui

Gri gri gri,
‘stou cansado de estar aqui.

Gri gri gri,
vou agora cantar ali.

António José Ferreira ]

No campo vi um grilo

No campo vi um grilo,
tiriti grilo, tiriti grilo.
Cantava ao desafio,
tiriti fio, tiriti fá.

No campo vi um grilo
que cantava ao desafio.
Cantava ao desafio
e fazia gri gri gri.

O bicho da seda,
sempre a trabalhar,
tece o seu casulo
para lá morar.

Que grande surpresa
vai acontecer:
linda borboleta
de lá vai nascer!

O meu pato mandarim

O meu pato mandarim
inda ontem me fugiu.
Diga lá, amigo Delfim.
Você sabe? Você viu?

O meu ganso africano
há dois dias me fugiu.
Diga lá, amigo Adriano.
Você sabe? Você viu?

O meu pombo juvenil
há três dias me fugiu.
Diga lá, amigo Gil.
Você sabe? Você viu?

O meu gato de olho azul
há uma semana me fugiu.
Diga lá, amigo Raul.
Você sabe? Você viu.

António José Ferreira ]

O pato pateta

O pato pateta
não sabe cantar.
Tem pelo amarelo,
não sabe voar.

O pato peludo
de pelo doirado
tem bico redondo
e peito pelado.

O pato patudo
de rabo no ar
tem penas pequenas
e sabe nadar.

Tradicional ]

O rouxinol nasceu na floresta

O rouxinol nasceu na floresta,
adora ser livre,
adora voar,
adora ser livre,
adora voar.

O rouxinol nasceu na floresta,
adora ser livre,
adora cantar,
adora ser livre,
adora cantar.

António José Ferreira ]

Os alegres passarinhos

Os alegres passarinhos
quando cantam na floresta
‘stão c’o bico tico tico
quero esta, quero esta.

Os alegres passarinhos
quando cantam pelo tojo,
estão c’o bico, tico, tico,
e as asinhas vão de rojo.

Trad. do Alentejo ]

Palram pega e papagaio

Palram pega e papagaio
e cacareja a galinha.
Os ternos pombos arrulham,
geme a rola inocentinha.

Muge a vaca, berra o touro,
grasna a rã, ruge o leão.
O gato mia, uiva o lobo,
também uiva e ladra o cão.

Relincha o nobre cavalo,
os elefantes dão urros.
A tímida ovelha bala;
Zurrar é próprio dos burros.

Regouga a sagaz raposa,
brutinho muito matreiro;
Nos ramos cantam as aves
mas pia o mocho agoureiro.

Sabem as aves ligeiras
o canto seu variar:
fazem gorjeios às vezes,
às vezes põem-se a chilrar.

O pardal, daninho aos campos,
não aprendeu a cantar;
como os ratos e as doninhas,
apenas sabe chiar.

O negro corvo crocita,
zune o mosquito enfadonho.
A serpente no deserto
solta assobio medonho.

Chia a lebre, grasna o pato,
ouvem-se os porcos grunhir.
Libando o suco das flores,
costuma a abelha zumbir.

Bramam os tigres, as onças;
pia, pia o pintainho.
Cucurica e canta o galo;
late e gane o cachorrinho.

A vitelinha dá berros,
o cordeirinho balidos.
O macaquinho dá guinchos,
a criancinha vagidos.

A fala foi dada ao homem,
rei dos outros animais:
Nos versos lidos acima
se encontram em pobre rima
as vozes dos principais.

Pedro Diniz ]

Quando a porta encosta

[ A Pena de um Elefante ]

Quando a porta encosta e se fecha, o teu nome não vai
Quero um rosto quente e vago, mas o pecado não sai
Espero na noite fria, agora, uns braços sem dono
Fico pela casa toda à espera do teu retorno

Abre o guarda-fato e leva aquelas tuas promessas
Porque pesam sobre o chão dúvidas descobertas
Enchem todo o espaço, sobranceiro e errante
Dormem sobre a cama, como a pena de um elefante

E só espero que me acorde
Num espirro quase ofegante
Como um elefante enorme

Num sonho mirabolante
La la la la la la
La la la la la la

Como um elefante enorme
Num sonho mirabolante

La la la la la la
La la la la la la

Como um elefante enorme
Num sonho mirabolante

Numa só pegada marcas o teu território
E num céu de lágrimas faço o meu dormitório
Sem pousar a alma na minha almofada
Sinto a lança em África de maneira errada

E só espero que me acorde
Num espirro quase ofegante
Como um elefante enorme
Num sonho mirabolante

La la la la la la
La la la la la la

Como um elefante enorme
Num sonho mirabolante

La la la la la la
La la la la la la

Como um elefante enorme
Num sonho mirabolante

La la la la la la
La la la la la la

Como um elefante enorme
Num sonho mirabolante

La la la la la la
La la la la la la

Letra e música: Jorge Roque
Intérprete: Jorge Roque (in CD “Às Vezes”, Vidisco, 2013)

Quero um cavalo

Quero um cavalo de várias cores,
Quero-o depressa que vou partir.
Esperam-me prados com tantas flores,
Que só cavalos de várias cores
Podem servir.

Quero uma sela feita de restos
Dalguma nuvem que ande no céu.
Quero-a evasiva – nimbos e cerros –
Sobre os valados, sobre os aterros,
Que o mundo é meu.

Quero que as rédeas façam prodígios:
Voa, cavalo, galopa mais,
Trepa às camadas do céu sem fundo,
Rumo àquele ponto, exterior ao mundo,
Para onde tendem as catedrais.

Deixem que eu parta, agora, já,
Antes que murchem todas as flores.
Tenho a loucura, sei o caminho,
Mas como posso partir sozinho
Sem um cavalo de várias cores?

Poema de Reinaldo Ferreira (in “Poemas”, 1960)
Recitado por Afonso Dias
Também cantado por António Pedro Braga (Orfeu, 1972)

Salto eu

Salto eu,
saltas tu,
para vermos quem mais salta.
Não sou eu,
não és tu,
quem mais salta é o canguru.

Sou agora uma preguiça

Sou agora uma preguiça
que se move devagar.
Tenho garras preparadas
para às árvores trepar.

Sou cavalo lusitano
na lezíria a galopar.
Sou feliz porque sou livre,
minha voz é relinchar.

Tenho um guizo, tenho um guizo,
tenho um guizo a chocalhar.
Sou agora a cascavel
na floresta a rastejar.

Sou um gato grande e gordo
a miar e a bufar.
São retráteis minhas garras,
uso-as para atacar.

António José Ferreira ]

Tenho alguns amigos

Tenho alguns amigos,
deles vou falar.
Uns andam depressa
outros devagar.

Tartaruga, vai devagar.
Tens o tempo todo p’ra chegar.
Assim tu não vais transpirar.
Tartaruga vai devagar.

Corre lebre, corre lebre,
não podes parar.
Se não corres para a meta
não irás ganhar.

António José Ferreira ]

Tenho um gatinho

Tenho um gatinho
que sabe miar.
Quando dorme a sesta,
põe-se a ronronar.

Tenho um cãozinho
que sabe ladrar.
Quando vê um gato
corre para atacar.

Sou um gato

Sou um gato grande e gordo
a miar e a bufar.
São retráteis minhas garras,
uso-as para atacar.

Sou cavalo lusitano
na lezíria a galopar.
Sou feliz porque sou livre,
minha voz é relinchar.

António José Ferreira ]

Tenho uma galinha pintada

Tenho uma galinha pintada
que a minha mãe comprou.
É bonita e põe ovos,
bom dinheiro ela custou.

Tlim, tlim, tlim, tlão,
tenho um realejo
que me ganha o queijo,
tenho um violão
que me ganha o pão.

Já me deram pelo bico
uma casa em Machico;
com isso não me contento,
chut galinha, lá p’ra dentro.

Já me deram pelas patas
uma saca de batatas;
com isso não me contento,
chut galinha, lá p’ra dentro.

Já me deram pelos ossos
uma saca de tremoços;
com isso não me contento,
chut galinha, lá p’ra dentro.

Já me deram pelos pés
uma saca de cafés;
com isso não me contento,
chut galinha, lá p’ra dentro.

Um dia, foi à pesca

Um dia, foi à pesca, (3v),
foi fraca a pescaria. (bis)

Pescou um só peixinho, (3v)
levou-o à Maria. (bis)

Quando chegou a casa, (3v)
ouviu o que não queria. (bis).

– Se fosse um peixe grande, (3v)
que almoço não daria. (bis)

– O peixe é pequenino (3 v)
e muito cresceria. (bis)

José pegou o balde (3 v),
deitou o peixe à ria. (bis)

António José Ferreira ]

Um macaquinho

Um macaquinho
gosta de dançar,
outro põe-se
a imitar.
Dancem, macaquinhos,
vão ‘scolher um par.
Assim é
melhor dançar.

Um pinguim convencido

Um pinguim convencido
desceu lá do Pólo Norte.
Veio de trouxa às costas
p’ra tentar a sua sorte. (3 v.)

Ficou todo aborrecido
pois começou a suar.
Não vinha prevenido
para calor suportar. (3 v.)

E trouxe gelo de reserva
mas o gelo derreteu.
Trouxe peixe de conserva
mas o peixe já comeu. (3 v.)

Resolveu p’ra trás voltar
pois a lição aprendeu.
Cada um deve gostar
do cantinho que é seu. (3 v.)

Isabel Sousa ]

Uma raposa estava cansada

Uma raposa estava cansada,
tinha a barriga muito vazia.
Viu cachos de uvas numa videira,
deu logo um salto de tanta alegria.

Bem tentou ela atingir o cacho,
mas o cansaço não lho deixava.
Indo-se embora, ouviu um barulho,
e o cacho de uvas lá continuava.

São uvas verdes – disse a raposa,
cheia de fome e desiludida.
Foi pelos montes, foi pelos campos,
ia sonhando em ter outra vida.

António José Ferreira ]

Vem aí o gato

Vem aí o gato!
Deixa lá o queijo!
Se não te pões a mexer,
o Bigodes te vai ver…
Foge lá, ó rato,
esquece o teu desejo.

Vi pousado num raminho

[ O Tentilhão ]

Vi pousado num raminho
Numa árvore toda em flor
Um pequeno passarinho
Cantando com muito amor

Era suave e meiguinha
A sua linda canção
A pequena avezinha
Era o lindo tentilhão

E veio-me logo ao sentido
Se as penas do tentilhão
Teriam elas caído
Do meu pobre coração

Julguei mal a ave querida
Através do meu pensar
Pensei que a sua vida
Fosse comer e cantar

Eu não tinha reparado
Ali num outro raminho
Estava mesmo a seu lado
A companheira no ninho

A cuidar dos seus filhinhos
Grande espanto foi o meu
Quando lhe vi dar beijinhos
Como a minha mãe me deu

Tanto trabalho e canseira
Teve aquele passarinho
Com a sua companheira
P’ra fazer ali seu ninho

Vamos todos trabalhar
Povo da minha nação
Para podermos cantar
Como aquele tentilhão

(Constantino José Abreu, “o Caipira”)

Voa

Voa, pica-pau,
ter preguiça é mau.
Leva-me a conhecer o Norte,
pica-pau!

Voa, pega-azul,
voa para Sul.
Leva-me às férias dos meus sonhos,
pega-azul.

Voa, codorniz,
vai e sê feliz!
Leva-me contigo para Este,
codorniz.

Voa, galeirão,
vá, não digas não!
Leva-me contigo para Oeste,
galeirão.

Voa, albatroz,
leva-me aos avós.
Leva-me p’ra um lado e para o outro,
albatroz.

António José Ferreira ]

Voltou a Primavera

Voltou a Primavera
com prendas p’ra me dar:
um campo de papoilas
e um cuco a chamar.

Cucu, cucu,
adoro escutar
o cuco entre os ramos
no monte a cantar.

António José Ferreira ]

Cabras, créditos Mervin Coleman

Cabras, créditos Mervin Coleman

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Gentileza e simpatia

Abraços

Dá-me lá o teu abraço
Que me aperte como um laço.
Deixa esse embaraço
que eu não vou roubar-te espaço.
És o meu amigalhaço
Que me apoia no cansaço,
Resistente como aço,
Vais comigo passo a passo.

António José Ferreira ]

Catrapás, sim à paz

Catrapás, catrapás.
Não à guerra, sim à paz!

Catrapés, catrapés.
Mostra-me o bom que tu és!

Catrapis, catrapis.
Sou feliz se és feliz!

Catrapós, catrapós.
Ama e cuida dos avós!

Catrapus, catrapus.
Para mim és uma luz.

Com as mãos

Com as mãos
Se guia e conduz.
Com as mãos
Se amassa o pão.
Com as mãos
Se acende uma luz.
Com as mãos
Se ajuda o irmão.

Com as mãos
Se dá um aperto.
Com as mãos
Se faz poesia.
Com as mãos
se faz um enxerto.
Com as mãos
Se acena e guia.

António José Ferreira, baseado no poema “As mãos” de Manuel Alegre ]

Comboio da delicadeza

Vem comigo no comboio
que se chama Alegria.
Quando chegas à escola,
de manhã, dizes “Bom dia!”

Vem comigo no comboio
Que se chama Educação.
Diz palavras delicadas
E evita o calão.

Vem comigo no comboio
onde vai o Professor.
Quando queres uma coisa
deves pedir “Por favor!”

Vem comigo no comboio
do menino educado.
Fará toda a diferença
tu dizeres “Obrigado!”

Vem comigo no comboio
Para o Desenvolvimento.
É melhor seres delicado
Do que seres violento.

Vem comigo no comboio
Da Sustentabilidade.
Equilíbrio no consumo
Dá-te mais felicidade.

António José Ferreira ]

Dentro de nós

Dentro de mim,
dentro de ti,
dentro de nós
existe Alguém.
Eu sou assim,
tu és assim,
diferentes,
e ainda bem.

Todos dif’rentes, todos iguais,
diferentes e iguais.

A escola é minha,
a escola é tua,
a escola é
de todos nós.
A trabalhar,
a estudar,
toda a gente
fica a ganhar.

Isabel Carneiro ]

Lojas

Fazes-me um favor?
Vai à peixaria.
E eu comprei sardinhas
como a mãe queria.

Fazes-me um favor?
Vai à frutaria.
E eu comprei laranjas
como a mãe queria.

Fazes-me um favor?
Vai à padaria.
E eu comprei regueifa
como a mãe queria.

Fazes-me um favor?
Vai à confeitaria.
E eu comprei bolinhos
como a mãe queria.

Fazes-me um favor?
Vai à pizzaria.
E eu comprei a pizza
como a mãe queria.

Fazes-me um favor?
Vai à charcutaria.
E eu comprei fiambre
como a mãe queria.

Fazes-me um favor?
Vai à retrosaria.
E eu comprei as linhas
como a mãe queria.

António José Ferreira ]

Mãos

Uso as mãos para tocar,
nunca para magoar.
Uso as mãos para acenar
nunca para arranhar.

Uso os pés p’ra caminhar,
Nunca p’ra pontapear.
Uso os pés p’ra ir e vir,
Nunca para agredir.

Uso as pernas para jogar,
Nunca para rasteirar.
Uso a boca p’ra falar,
Nunca para ameaçar.

António José Ferreira ]

Mulher

Hoje é dia da grande mulher
que ensina, que escreve ou canta,
e que esteja ela onde estiver
nos apoia, acarinha e levanta.

Hoje é dia da mãe e da mana,
da madrinha, da avó e da tia,
da Matilde, da Bruna e da Ana,
da Filipa, da Inês, da Sofia.

Hoje é dia da minha professora,
da doutora e da cabeleireira,
da flautista e da compositora,
da autarca e da cozinheira.

António José Ferreira ]

Músculos

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Nem sequer eu te sorria.

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Nem sequer saudaria.

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Nem sequer acenaria.

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Que abraços eu daria?

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Como é que te ajudaria?

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Gargalhadas não daria!

António José Ferreira ]

No teu lugar

Imagino o que sentes,
ponho-me no teu lugar
p’ra saber o melhor modo
de te poder ajudar.

Imagino como estás
Mesmo que tu não mo digas
E escolho entre as palavras
As que são tuas amigas.

‘Stavas presa no teu corpo,
libertou-te o teu sorriso.
Com a tua mão na minha
aprendi o que é preciso.

António José Ferreira ]

Nomes coletivos

Se eu fosse um músico,
queria-te na minha orquestra.
Se eu fosse um cantor,
queria-te no meu coro.

Se eu fosse um sino,
queria-te no meu carrilhão.
Se eu fosse uma tecla,
queria-te no meu teclado.

Se eu fosse um disco,
queria-te na minha discoteca.
Se eu fosse uma corda
Queria-te no meu encordoamento.

Se eu fosse um soldado,
queria-te no meu batalhão.
Se eu fosse pescador,
Queria-te na minha companha.

Se eu fosse um navio,
queria-te na minha armada.
Se eu fosse um avião,
queria-te na minha esquadrilha.

Se eu fosse um ator,
queria-te no meu elenco.
Se eu fosse um poeta,
queria-te na minha plêiade.

Se eu fosse uma ilha,
queria-te no meu arquipélago.
Se eu fosse uma serra,
queria-te na minha cordilheira.

António José Ferreira ]

Os valores importantes

Os valores importantes
são a ajuda ao amigo,
escutar com atenção
quem está a falar comigo.

Os valores importantes
não são roupa nem dinheiro,
mas cumprir bem as tarefas,
ser honesto e verdadeiro.

Os valores importantes
são respeitar os seus pais
e tratar bem os amigos,
incluindo os animais.

António José Ferreira ]

Palavras mágicas

Mágicas palavras
para te saudar:
digo “Olá! Bom dia!”
depois de acordar.

Mágicas palavras,
boas de dizer:
“muito obrigado”
para agradecer.

Mágicas palavras,
boas de dizer:
digo “com licença”,
se um arroto der.

Mágicas palavras,
boas de dizer:
digo “por favor”,
se algo quero ter.

Mágicas palavras,
boas de dizer:
“olá!”, “boa tarde”
a quem estiver.

Mágicas palavras,
boas de dizer:
“perdão”, ou “desculpe”,
se asneira fizer.

Mágicas palavras,
que deves lembrar:
digo “Boa noite!”
antes de deitar.

António José Ferreira ]

Peixe-palhaço

Peixe-palhaço,
‘stás a nadar.
Quem é que escolhes
p’ta te adotar.

É quem tiver
Tempo p’ra de mim cuidar
E precisa de dinheiro
Para me alimentar.

António José Ferreira ]

Rimar não custa

Não custa nada
fazer uma rima:
joga com a prima.

Não custa nada
rimar com geleia.
É uma boa ideia.

Não custa nada
rimar com cantiga:
canta se és amiga.

Não custa nada
rimar com cadela:
é brincar com ela.

Não custa nada
rimar com o cão:
é dar-lhe ração.

Não custa nada
rimar com o gato:
é encher-lhe o prato.

Não custa nada
rimar com cavalo:
é saber montá-lo.

Não custa nada
rimar com o burro:
basta ser casmurro.

Não custa nada
rimar com o galo:
basta depená-lo.

Não custa nada
rimar com galinha:
é fazer canjinha.

António José Ferreira ]

Saber estar na escola

Distraído é que não,
pois não se aprende a lição.
Ser atento, isso sim,
é bom p’ra ti, é bom p’ra mim.

Falar sempre é que não
pois não se aprende a lição.
Levantar o dedo, sim!
É bom p’ra ti, é bom p’ra mim.

Ter a mesa suja não
que isso faz-me confusão.
Manter limpa a sala, sim!
É bom p’ra ti, é bom p’ra mim.

Brigar c’os amigos, não,
que até perdes a razão.
Ser prestável, isso sim!
É bom p’ra ti, é bom p’ra mim!

Chamar nomes é que não,
ou serás tu malcriadão?
Educado, isso sim,
é bom p’ra ti, é bom p’ra mim.

Fazer troça é que não,
que o colega é como irmão.
Ajudá-lo, isso sim,
é bom p’ra ti, é bom p’ra mim.

António José Ferreira ]

Singular e plural

Singular é apenas um,
é ser tão especial
como o Dia da Criança,
a Páscoa, o Carnaval.

Singular é ser o amigo,
dizer palavra certa,
o beijo de boa noite,
o rádio que te desperta.

Singular é coisa rara,
singular é ser um só
como o sorriso da mãe
ou o bolo da avó.

Singular é não ter “s”
colado ao nosso artigo,
ser colega de escola,
ser a amiga, ser o amigo.

Um presente é singular,
mais do que um já é plural:
prendas, bolas e brinquedos,
e enfeites de Natal.

Um disfarce é singular,
singular é o Carnaval;
mascarados e caretos,
serpentinas é plural.

António José Ferreira ]

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Gentileza e simpatia

Gentileza e simpatia

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Carolina Deslandes

Este é o nosso dia

[ Para crianças ]

Este dia é o nosso dia.
Vem, ó pai, ficar comigo.
Quero dar-te aquele abraço
que se dá ao grande amigo.

Mostra-me como se joga,
vê aquilo que já faço,
que eu vou dar-te um poema
com a forma do abraço.

António José Ferreira ]

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

Saiba mais na Reciclanda e contacte-nos:

António José Ferreira:
962 942 759

Filha, quero cantar-te

[ Filhos ]

Filha,
Quero cantar-te como um poeta
Falar-te de alegria, dos dias em festa

Mostrar como se faz com lápis de cor
Mostrar-te que és um fruto do Amor

Nas risadas quero que fiques sempre assim
Livre de alma solta até ao fim

E a magia que nos dá a tua mãe
No teu coração quero que a sintas também
E o carinho que ela transporta
O que ela por ti faz como ninguém
Que um dia digas p’ra ti:
“Nada me importa Se não um amor como o da minha mãe”

Filho,
Com tua irmã iremos voar
Poisar nos telhados que te façam sonhar
Pintar o teu caminho com lápis de cor
Mostrar-te que és um fruto do Amor

Nas mãos que te guiam p’ra sempre vieste
Para semear o que já nos deste
E a magia que nos dá a tua mãe
No teu coração quero que a sintas também

E o carinho que ela transporta
O que ela por ti faz como ninguém
Que um dia digas p’ra ti:
“Nada me importa
Se não um amor como o da minha mãe”

E o carinho que ela transporta
O que ela por ti faz como ninguém
Que um dia digas p’ra ti:
“Nada me importa
Se não um amor como o da minha mãe”

Letra e música: Luís Galrito Intérprete: Luís Galrito (in CD “Menino do Sonho Pintado”, Kimahera, 2018)

Foi na carreira das duas

[ Carreira das Duas ]

“Foi na carreira das duas, já lá vai”
Disse-me a mãe com os olhos rasos de água
A ver da vida que só tem quem daqui sai
Os que aqui ficam têm solidão e mágoa

Fiquei parado à espera do poente
Enquanto a noite me trazia o escurecer
Em frente ao lume com o sono à minha frente
A imaginar o que me iria acontecer

Já lá vão anos e dela nem sinais
Só os caminhos palmilhados p’la tristeza
Só as saudades é que são cada vez mais
E o tempo passa no correr da incerteza

Ainda me lembro do dia dos amores
Ainda me lembro das cantigas da ribeira
Quanto maior é a paixão mais são as dores
Dores que o tempo vai regando a vida inteira

Mal ela sabe Quanto a queria
Fico acordado a ver passar horas e luas
Talvez um dia, quem sabe?,
Talvez um dia eu… vá atrás dela
E vá na carreira das duas

Letra e música: Sebastião Antunes
Arranjo: Gonçalo Pratas Intérprete: Sebastião Antunes (in CD “Singular”, Sebastião Antunes & Quadrilha/Alain Vachier Music Editions, 2017)

Forte é o teu abraço

Forte é o teu abraço,
meigo é o teu sorriso,
ter-te ao meu lado, ó pai,
é tudo o que eu preciso.

Forte é o teu abraço,
meigo é o teu sorriso.
Ter-te ao meu lado, ó mãe,
é tudo o que eu preciso.

Forte é o teu abraço,
meigo é o teu sorriso.
Ter-te ao meu lado, avô,
é tudo o que eu preciso.

Forte é o teu abraço,
meigo é o teu sorriso.
Ter-te ao meu lado, avó,
é tudo o que eu preciso.

António José Ferreira ]

Há uma voz que te ensina a cantar

Há uma voz que te ensina a cantar,
como em bebé te cantou p’ra embalar,
voz que ainda hoje te pode acalmar.

Há uma mão sempre pronta a ajudar,
mão que tem força p’ra te levantar,
mão que bem sabe o que te há-de dar.

É a Mãe!

António José Ferreira ]

Mãe, tu fazes-me feliz

Um abraço faz-me feliz,
um beijinho faz-me feliz.
Um sorriso faz-me feliz:
mãe tu fazes-me feliz!

Tu me ajudas e eu já consigo.
Gosto tanto de estar contigo!

António José Ferreira ]

Já lá vai o sol

[ Canto de Amor e Trabalho ]

(Ei, eh, ôh, arre, burra!)

Já lá vai o sol Já lá vai o dia

(Anda, bonita!)

Já me cheira a noite Já se vê a aldeia

(Eh bonita, toma lá mais rédea! Ah! que nos dói o corpo…)

A merenda é pouca
E o trabalho… e o trabalho é duro
A mulher à espera Já se fez noitinha
E a menina é já dormindo
Ai, a nina está dormindo

O teu pai vem do trabalho
Meu amor vem da campina
Ao chegar um ventinho ao borralho
Ai, não vá… ai, não vá acordar a menina

O teu pai vem do trabalho
Meu amor vem da campina
Ao chegar um ventinho ao borralho
Ai, não vá acordar a menina

(Eh! arre, burra! Eh bonita,
vá embora!)

Ai, o frio já aperta
Vai-se o Verão Vem o Inverno

(Ah! arreda! arreda, que vai doido!)

Terra ladra, terra farta
Terra que te quero bem
Terra que te quero bem

(Eh bonita, vá mais rédea… Ah! já se vê a casa)

Ai, a ceia no braseiro
Já lhe sinto o gosto
Já lhe sinto o cheiro
A mulher à espera
E a nina está dormindo (Oh, filhita!)
Ai, a nina está dormindo

O teu pai vem do trabalho
Meu amor vem da campina
Ao chegar um ventinho ao borralho
Ai, não vá acordar a menina

Letra: António Avelar Pinho Música: Nuno Rodrigues Intérprete: Banda do Casaco (in LP “Coisas do Arco da Velha”, Philips/Phonogram Portuguesa, 1976, reed. Philips/Polygram, 1993)

Meu Querido Filho, Tão Tarde Que É

Intérprete: Pedro Abrunhosa 

No Mar desta praia

[ A Minha Praia ]

No Mar desta praia, mãe levou-me em sua saia enrolada
E pude ver logo ao nascer a minha praia

Os dedos na areia, desde cedo, de tão catraia que aprendi
Como andar e como correr na minha praia

Vinda de outra terra, uma outra mulher que não traz saia nem criança
E diz, no seu papel, lhe pertencer a minha praia

Depois outros homens cortam o mato e a mãe desmaia, e tem de ir embora
Se assim vai ser, como irei ver a minha praia?

Ir p’ra outro lado, pela força antes saia, assim forçada
Sem lá correr, esta deixou de ser a minha praia

Letra e música: Luís Pucarinho
Intérprete: Luís Pucarinho* (in CD “SaiArodada”, Luís Pucarinho/Alain Vachier Music Editions, 2018)

Quando o nosso filho crescer

Quando o nosso filho crescer
Eu vou-lhe dizer
Que te conheci num dia de sol
Que o teu olhar me prendeu
E eu vi o céu
E tudo o que estava ao meu redor
Que pegaste na minha mão
Naquele fim de verão
E me levaste a jantar
Ficaste com o meu coração
E como numa canção
Fizeste-me corar

Ali Eu soube que era amor para a vida toda
Que era contigo a minha vida toda
Que era um amor para a vida toda. (bis)

Quando ele ficar maior
E quiser saber melhor
Como é que veio ao mundo
Eu vou lhe dizer com amor
Que sonhei ao pormenor
E que era o meu desejo profundo
Que tinhas os olhos em água
Quando cheguei a casa
E te dei a boa nova
E que já era bom ganhou asas
E eu soube de caras
Que era pra vida toda

Ali Dissemos que era amor para a vida toda
Que era contigo a minha vida toda
Que era um amor para a vida toda. (bis)

Quando ele sair e tiver A sua mulher
E quiser dividir um tecto
Vamos poder vê-lo crescer
Ser o que quiser E tomar conta dos nossos netos
Um dia já velhinhos cansados Sempre lado a lado
Ele vai poder contar
Que os pais tiveram sempre casados
Eternos namorados
E vieram provar

Que ali Vivemos um amor para a vida toda
Que foi contigo a minha vida toda
Que foi contigo a minha vida toda

Que ali Vivemos um amor para a vida toda
Que foi contigo a minha vida toda
Foi um amor para a vida toda
Foi um amor para a vida toda

Carolina Deslandes

Carolina Deslandes

Vou fazer uma canção-pitanga

[ Canção-Pitanga ]

Vou fazer uma canção-pitanga
Para a minha filha se lembrar de mim
Uma canção redonda igual a uma missanga
Uma canção que a traga ao meu jardim

Vou fazer uma canção-brinquedo
Para a minha filha rebolar a rir
Uma canção estranha igual a um bruxedo
Uma canção capaz de a trazer aqui

Uma canção-arco-íris
Para a minha filha prender na cabeleira
Uma canção com asas igual a um íbis
Uma canção que a traga à minha beira

Uma canção redonda
Uma canção para a trazer aqui
Uma canção estranha
Uma canção que a traga ao jardim
Uma canção com asas
Uma canção para a minha beira

Uma canção estranha
Uma canção que a traga ao jardim
Uma canção com asas
Uma canção para minha beira

Vou fazer uma canção-pitanga
Para a minha filha se lembrar de mim
Uma canção redonda igual a uma missanga
Uma canção que a traga ao meu jardim

Uma canção-arco-íris
Para a minha filha prender na cabeleira
Uma canção com asas igual a um íbis
Uma canção que a traga à minha beira

Poema: José Eduardo Agualusa
Música: João Afonso Lima
Intérprete: João Afonso com António Afonso e Inês Lima (in CD “Sangue Bom: João Afonso canta Agualusa e Mia Couto”, João Afonso/Universal, 2014)

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Macaco

Canções para motivar as crianças para a imitação, jogo simbólico, expressão, criatividade e improvisação

Numa turma, enquanto um grupo canta, o outro representa as ações com gestos.

Todos começam pela imitação

Seja o menino,
o macaco ou o cão,
todos começamos
por fazer imitação.

Seja a raposa,
a galinha ou o peru,
toda a gente imita,
e também imitas tu…

A preguiça imita,
e imita o canguru.
Vamos ver agora
que animal imitas tu!

António José Ferreira ]

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

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António José Ferreira:
962 942 759

Eu sou um pirata

Eu sou um pirata aventureiro
e sinto muito gozo em navegar.
Comigo tenho sempre o binóculo
p’ra ver se há inimigos no alto mar.

Eu sou um pirata aventureiro
e gosto de sentir o cheiro a mar.
No barco tenho um canhão potente
e vou agora mesmo disparar.

Fogo!

António José Ferreira ]

Imita animais

Faz como a cigarra
que adora andar na farra.

Faz como a formiga
do trabalho é amiga.

Faz como a serpente
que assusta toda a gente.

Faz como a preguiça:
chega sempre tarde à missa.

Faz como o leão.
É um grande comilão.

Faz como o cavalo:
que difícil é domá-lo.

Faz como a andorinha
faz com barro a casinha.

Faz como a raposa:
ouve tudo e é manhosa.

Faz como a impala:
é difícil apanhá-la!

António José Ferreira, Brincanto ]

Quem quiser ser militar

Quem quiser ser militar,
com aprumo tem de andar.

Quem quiser ser militar,
há-de saber rastejar.

Quem quiser ser militar,
tem de aprender a marchar.

Quem quiser ser militar,
a bandeira há-de hastear.

Quem quiser ser militar,
tem de saber ajudar.

Quem quiser ser militar,
companhia há-de formar.

Quem quiser ser militar,
a bandeira há-de hastear.

Quem quiser ser militar,
pela pátria há-de lutar.

António José Ferreira ]

Conheça na Loja Meloteca recursos originais para a infância.

Macaco

Macaco

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