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A maneira de búzio

REP – Ritmo e Poesia

Rimas com ritmo da autoria de António José Ferreira

Ajudei a minha avó

[ António José Ferreira ]

Ajudei a minha avó
a fazer o pão de ló.

Ajudei o meu avô
a desmontar o robô.

Ajudei a minha mãe,
a levar pastéis de Belém.

Ajudei o meu pai,
a pesquisar sobre o Havai.

Ajudei a minha tia
a cortar a melancia.

Ajudei o meu tio
a levar peixe do rio.

Ajudei a minha irmã
a descascar a maçã.

Ajudei o meu irmão
a dar banho ao seu cão.

Ajudei a minha prima
a fazer a sua rima.

Ajudei o meu primo
a subir até ao cimo.

Ritmo para acompanhamento: mãos alternadas na beira da mesa + mãos alternadas nas pernas. Indicado para o Dia Internacional da Família.

Com boa azeitona

Transformação

[ António José Ferreira ]

Com boa azeitona da oliveira,
meu pai fez azeite de primeira.

A preparar polpa de tomate,
à minha mãezinha ninguém bate.

Com o grão de trigo da seara,
fez o meu avô farinha clara.

Com morangos frescos do pomar,
a avó fez compota p’ra lanchar.

Com cachos de uvas Moscatel,
farei vinho doce como o mel.

Indicado para o conhecimento de algumas profissões e o dia 1 de maio (Dia do Trabalhador) e o conhecimento da transformação na indústria e na agricultura.

De vermelho foi a rosa

[ António José Ferreira ]

De vermelho foi a rosa,
perfumada e vaidosa.
Quis vestir-se o céu de azul
e levou calor para o sul.

Foi castanho o ouriço
para ser o mais castiço.
Vestiu a neve de branco
e pintou jardim e banco.

[ Estações do ano ]

Quis ser muito verde o prado
e ficou almofadado.
Disse o pinto amarelo:
– Digam lá se não sou belo?

Nas sílabas sublinhadas na primeira estrofe (e nas outras quadras, do mesmo modo): mão esquerda na beira da mesa; palma direita nas costas da esquerda; mão esquerda na beira da mesa; mão direita na perna direita.

Encontrei um lindo búzio

[ António José Ferreira ]

Encontrei um lindo búzio
Que uso para ouvir o mar.
Quando o colo ao ouvido,
sou marujo no alto mar.

Com um búzio verdadeiro ou reciclado as crianças ficam em silêncio para ouvir ondas. Depois dizem o poema, alternado declamação e silêncio.

Gosto de ouvir

Sons

[ António José Ferreira ]

Gosto de ouvir
o galo a cantar,
som tão poderoso
para me acordar.

Gosto de ouvir
o cuco a cantar,
som tão musical
para passear.

Gosto de ouvir
as ondas do mar,
som tão agradável
para relaxar.

Não gosto de ouvir
carros a apitar,
som desagradável
a evitar.

Enquanto um grupo recita, outro cria uma sonoplastia para o texto (com onomatopeias ou recorrendo a objetos).

Mãe é fofa, sabe acarinhar

[ António José Ferreira ]

Mãe é fofa, sabe acarinhar;
mãe é atenta, sabe escutar;
mãe é esperta, sabe ensinar;
mãe é mãe; tem sempre algo p’ra dar!

Verso a verso, de dois em dois, a estrofe completa, a turma memoriza o texto. Voluntários dizedores sobem ao estrado da sala para declamar, com expressividade.

No Dias das Bruxas

[ António José Ferreira ]

No Dias das Bruxas
bater o dente;
no Magusto,
castanha quente;
no Natal,
dar um presente;
no fim de ano,
ser diferente.
no São João,
dançar a gente.
no aniversário
‘star contente.
(Esqueci o Carnaval?
Ele nunca leva a mal.)

As crianças estão sentadas à mesa. Nas sílabas que rimam em “en”, as mãos abertas batem na beira da mesa e em seguida, fechadas, batem nas pernas.

Ordenou o deus Saturno

[ António José Ferreira ]

Ordenou o deus Saturno
Que tu toques um noturno.

Ordenou o deus Plutão
Que tu faças percussão.

Ordenou o deus Neptuno
Que tu sejas bom aluno.

Ordenou o deus Vulcano
Que tu vás tocar piano.

Mandou a deusa Lucina
Que tu toques concertina.

Ordenou a deusa Minerva
Que te deites sobre a erva.

Ordenou a deusa Ceres
Que imites as mulheres.

Ordenou a deusa Vesta
Que tu durmas uma sesta.

Ordenou o deus Baco
Que tu faças um buraco.

Ordenou o deus Cupido
Que tomes um comprimido.

Ordenou a deusa Terra
Que caminhes pela serra.

Ordenou a Proserpina
Que pratiques ocarina.

Ordenou o deus Marte
Que apresentes o estandarte.

Ordenou a deusa Diana
Que toques flauta de cana.

O professor seleciona as rimas adequadas para determinada aula. Depois de dizer tudo, diz o primeiro verso e a turma, um grupo ou uma criança, responde com o segundo. Em seguida, diz, expressivamente, seguindo a declamação de quatro ou oito compassos de percussão improvisada enquanto as crianças, em pé, representam a ação referida pelo professor.

Ouve o som da savana

[ António José Ferreira ]

Ouve o som da savana,
O grito da selva,
O canto do mar!
Cuida bem do planeta,
É teu, é nosso,
Há que o salvar!

Vê o encanto da fonte,
O curso do rio
Da serra ao mar.
Olha as cores da serra,
As aves em festa,
O sol a brilhar.

Segue o voo do cuco,
O tigre correndo,
O peixe a nadar.
Olha para os filhotes
E isso já basta
P’ra te encantar.

Tantas são as espécies
Que estão em risco
De se extinguir.
Temos de fazer algo
Para salvá-las
Há que intervir!

Indicado para o Dia Internacional do Ambiente (5 de junho), o Dia do Animal (4 de outubro) e educação para a cidadania.

Pai é forte: sabe apoiar

[ António José Ferreira ]

Pai é forte: sabe apoiar;
pai é meigo: sabe abraçar;
pai é rico: sabe o que dar:
pai é pai, quem o pode igualar?
O meu pai é meu amigo.
Ele joga e brinca comigo.

Indicado para o Dia do Pai (19 de março). Depois de memorizarem o texto, dizedores voluntários vão à frente da sala declamar o poema.

Passa, passa

[ António José Ferreira ]

Passa, passa, caracol,
Passa, passa, carapaça!
Tem cuidado com o sol
Para não haver desgraça.

As crianças aprendem a quadra tornando-se ótimos dizedores, com expressividade, em andamento moderado. Como o caracol anda lentamente, o exercício será as crianças dizerem a quadra num andamento uniformemente lento, sem parar.

Roda, roda, rodopia

[ António José Ferreira ]

Roda, roda, rodopia,
Roda, roda meu pião.
Roda, roda, rodopia,
Mostra que és um campeão.

Cada criança tem uma tampa de azeitonas que no centro seja um pouco mais baixa que nas bordas. Com as duas mãos, as crianças fazem o “pião” rodopiar, com um só impulso. O pião que se aguentar mais tempo é o vencedor.

Se eu fosse uma fruteira

Nomes coletivos

[ António José Ferreira ]

Se eu fosse uma fruteira,
queria-te no meu pomar.

Se eu fosse uma oliveira,
queria-te no meu olival.

Se eu fosse um castanheiro,
queria-te no meu souto.

Se eu fosse um sobreiro,
queria-te no meu montado.

Se eu fosse um camelo,
queria-te na minha cáfila.

Se eu fosse um bisonte,
queria-te na minha manada.

Se eu fosse um porco,
queria-te na minha vara.

Se eu fosse uma ovelha,
queria-te no meu rebanho.

Se eu fosse um cão,
queria-te na minha matilha.

Se eu fosse peixe,
queria-te no meu cardume.

Se eu fosse um pintainho,
queria-te na minha ninhada.

Se eu fosse uma formiga,
queria-te no meu formigueiro.

Se eu fosse cabra,
Queria-te na minha cabrada.

Se eu fosse uma pomba
queria-te no meu bando.

Se eu fosse um livro,
queria-te na minha biblioteca.

Se eu fosse uma carta,
queria-te no meu baralho.

Se eu fosse abelha,
queria-te no meu enxame.

Se eu fosse uma estrela,
queria-te na minha constelação.

Se eu fosse uma casa,
queria-te no meu casario.

Se eu fosse um foguete,
queria-te na minha girândola.

Como sou aluno,
adoro ter-te na turma.

Depois de dizer todos os duetos, o professor joga com as crianças dizendo o primeiro verso, devendo as crianças responder com o segundo.

Serra, serra, carpinteiro

António José Ferreira

Serra, serra, carpinteiro
P’ra fazeres uma porta.
Tem cuidado e vê bem
Para que não fique torta.

1. O professor diz dois versos de cada vez, em andamento moderado, e as crianças repetem.
2. Diz uma quadra toda e a turma repete.
3. Cada criança diz a quadra na sua vez, com acompanhamento rítmico pelo professor; quem não conseguir, nomeia um colega para o acompanhar.
4. Com reco-recos, todos representam o movimento da serra e escutam o som.

Sou pirata aventureiro

[ António José Ferreira ]

Sou pirata aventureiro
e adoro o cheiro a mar.
Sei usar a minha espada,
defender e atacar.

Tem o céu muitas estrelas,
outras tantas tem o mar.
São espécies coloridas
que ultrapassam o milhar.

Depois de aprenderem as quadras, o professor dá duas espadas de material reutilizado que não tenha riscos para a segurança das crianças. As duas primeiras a memorizarem e dizerem, vão lutar cuidadosamente com espadas.

Um bom livro

[ António José Ferreira ]

Um bom livro é um amigo
Que está sempre ao meu lado.
Aconselha-me e indica
O que é apropriado.

Um bom livro é um presente
Que está sempre comigo.
Com os seus ensinamentos
Eu estudo e consigo.

Texto indicado para o Dia do Livro Português (26 de março), ou Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor (23 de abril).

Veio o setembro

[ António José Ferreira ]

Veio o setembro
como pintor;
pinta as folhas
com muita cor.

Veio o setembro
com muita uva.
Para os campos
manda a chuva.

Veio o setembro
cheio de vento:
movem-se as nuvens
no céu cinzento.

Veio o setembro
com muito sono.
Foi-se o verão,
viva o outono!

Texto criado para o tempo de regresso às aulas e o início do outono.

Veste roupa adequada

[ António José Ferreira ]

Veste roupa adequada,
não te faça mal o sol.
Se há neve ou geada
usa sempre cachecol.

Não te faça mal o frio,
não te faça mal o vento.
Se a casa está gelada,
liga o aquecimento.

Não te faça mal a água
quando molhas os teus pés.
Usas botas ou galochas?
Que prudente que tu és!

Texto indicado para o inverno. Uma sugestão de acompanhamento rítmico é marcar a pulsação com pés alternados no chão, o que também ajuda a aquecer os pés.

Verão quente

[ António José Ferreira ]

Verão quente,
muita gente
ou na praia ou a nadar.

Muito sol,
caracol
no meu prato é um manjar.

Canta o gaio,
o papagaio,
o meu, voa se ventar.

Grandes dias,
alegrias
e histórias p’ra contar!

Alternadamente, dedos da mão esquerda na mesa; punho direito na beira da mesa, alternadamente, nas sílbas sublinhadas da primeira estrofe e, nas outras, de forma semelhante. Indicado para o mês de junho.

A maneira de búzio

A maneira de búzio

Abóbora, foto Pingo Doce

Canções e jogos sobre alimentos, alimentação e tradições, da autoria de António José Ferreira

A aveleira deu um fruto

A aveleira deu um fruto
Que eu apanhei do chão.
‘Stá na esquerda ou na direita?
Adivinha qual a mão!

[ António José Ferreira ]

MUSICATIVIDADES

1. Esta dinâmica é especialmente indicada para o mês de dezembro, mas pode ser realizada em qualquer mês.

2. O professor diz um verso e as crianças repetem.

3. Diz dois versos e a turma repete.

4. Diz a quadra e as crianças repetem. 5. As crianças organizam-se em pares.

6. Uma criança tem uma avelã, e coloca as mãos atrás das costas. Depois do 4º verso, a criança que tem a avelã numa das mãos apresenta as mãos ao par. Se este descobrir, passa a ter ele a avelã; caso contrário, a avelã continua com o mesmo jogador.

7. Em vez da dinâmica anterior, pode-se fazer-se a passagem da avelã. As crianças organizam-se em círculo, com a palma esquerda para cima e uma avelã. Cada criança, agarra a sua avelã com a mão direita e passa ao colega da sua direita. Ao invés, pode-se ter a avelã na direita e passar com a esquerda ao colega da esquerda.

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

Saiba mais na Reciclanda e contacte-nos:

António José Ferreira:
962 942 759

A Vera comera

A Vera comera uma tarte de pera.
A Inês já fez um pudim francês.
Romeu já comeu toucinho do céu.
A Bia comia do bolo da tia.
A Sara provara da carne mais cara.

A São come pão com moderação.

[ António José Ferreira ]

MUSICATIVIDADES

1. O professor diz uma frase e as crianças repetem.

2. Diz duas frases e as crianças repetem.

3. As crianças estão sentadas no chão em roda, se as condições o permitirem, ou à volta de uma mesa.

4. Cada criança tem à sua frente uma taça de musse reutilizada. Com a pulsação, agarram e passam ao colega da direita.

5. Dizem duas ou quatro das frases acima enquanto passam pela direita (ou pela esquerda, se assim for decidido).

Bebe muita água

Bebe muita água,
come hortaliça,
mas não exageres
a comer chouriça.

Come laticínios,
cereais e fruta.
Ter moderação
é a melhor conduta.

Carne, peixe, ovos,
óleos e gordura…
Abusar de doces
é uma tortura.

Comida saudável
é muito importante.
Deixa a gulodice
e o refrigerante.

[ António José Ferreira ]

Cuido da alimentação

Cuido da alimentação.
Doces, com moderação.
Aos salgados digo não:
Fazem mal ao coração.

Como sopa de feijão,
De espinafre e agrião.
Como coco e mão,
Melancia e melão.

[ António José Ferreira ]

MUSICATIVIDADES

1. As crianças observam a figuração seguinte e tentam fazer o ritmo representado (titi titi titi tá):

2. O professor diz dois versos de cada vez, em andamento moderado, e as crianças repetem. 3. Diz uma quadra toda e a turma repete.

4. Cada criança diz a quadra na sua vez, com acompanhamento rítmico pelo professor.

5. Acompanham com uma sequência de sete sons corporais: mão direita na mesa, esquerda na mesa; direita no peito, esquerda no peito; direita na perna direita, esquerda na perna esquerda; pé no chão.

De abóbora faz sopa

De abóbora faz sopa, De espinafre sopa faz. Come sopa, tu bem sabes, mais saudável ficarás!

Se a galinha for caseira,
Boa canja tu farás.
Pede ajuda à avó
E a fazer aprenderás.

[ António José Ferreira ]

MUSICATIVIDADES

1. O professor diz um verso e as crianças repetem, depois procede do mesmo modo com dois versos, com uma e as duas quadras.

2. A turma diz as duas quadras seguidas.

3. Cada criança diz a primeira quadra sozinha, acompanhando o texto com gestos.

4. Se alguma criança não conseguir, nomeia um colega para ajudar.

5. As crianças sugerem uma forma de percussão corporal acessível.

6. O grupo acompanha a quadra com ostinato rítmico corporal escolhido de entre as propostas das crianças.

7. As crianças organizam-se em círculo e passam uma abóbora miniatura ou de pelúcia.

Abóbora, foto Pingo Doce

Abóbora, foto Pingo Doce

Do alto do pinheiro manso

Do alto pinheiro manso
Uma pinha cai ao chão.
Escondida entre o mato,
Quem encontra o pinhão?

[ António José Ferreira ]

MUSICATIVIDADES

1. Esta dinâmica é especialmente indicada para o mês de dezembro, mas pode ser realizada em qualquer mês.

2. O professor diz um verso e as crianças repetem.

3. Diz dois versos e a turma repete.

4. Diz a quadra e as crianças repetem.

5. As crianças organizam-se em pares.

6. Uma criança tem um pinhão, e coloca as mãos atrás das costas. Depois do 4º verso, a criança que tem o pinhão numa das mãos apresenta as mãos ao par. Se este descobrir, passa a ter ele o pinhão; caso contrário, o pinhão continua com o mesmo jogador.

7. Em vez da dinâmica anterior, pode-se fazer-se a passagem do pinhão. As crianças organizam-se em círculo, com a palma esquerda para cima e um pinhão. Cada criança, agarra o seu pinhão com a mão direita e passa ao colega da sua direita. Ao invés, pode-se ter o pinhão na direita e passar com a esquerda ao colega da esquerda.

Empurrou-a o vento

Empurrou-a o vento forte
E a noz caiu ao chão.
Está na berma na estrada:
Quem irá deitar-lhe a mão?

Ela evita a diabetes
E faz bem ao coração.
Não te esqueças de incluí-la
Na tua alimentação.

[ António José Ferreira ]

MUSICATIVIDADES

1. Esta dinâmica é especialmente indicada para o outono.

2. As crianças estão em círculo, ou à volta de uma mesa, ou sentadas no chão se o conforto do espaço o permitir.

3. O professor diz um verso e todos repetem; procede-se do mesmo modo com dois e quatro versos.

4. Na palma esquerda, aberta, voltada para cima, cada criança tem uma noz.

5. De forma mecânica, sem perder a pulsação, a mão direita agarra a noz e coloca-a na mão do colega da direita (ou com a mão esquerda na palma do colega da esquerda).

6. Quando souberem de cor, todos dizem a quadra com passagem da noz.

Era uma vez um bolo rei

Era uma vez um bolo rei:
Aqui está tudo o que eu sei.

Era uma vez uma rabanada:
Sei que lhe dava uma dentada.

Era uma vez um pão de ló:
Tudo o que eu sei é isto só.

Era uma vez uma tigelada:
Sei que a comeram e deixaram nada.

Era uma vez um pastel de Belém:
Tudo o que eu sei é que sabia bem.

Era uma vez uma arrufada:
Sei que ela era muito apreciada.

Era uma vez um guardanapo:
Sei que gostava de o ter no papo.

Era uma vez uma queijada:
Sei que em Évora era adorada.

[ António José Ferreira ]

Faço sopa

Faço sopa, como sopa Sopa boa de agrião Com batata bem ralada E um pouco de feijão.

Não abuso de doçuras
E salgados também não.
Como peixe, carne e fruta,
Cuido da alimentação.

Bebo sumo, bebo água,
Mas refrigerantes não.
Faço muito exercício,
Fortaleço o coração.

MUSATIVIDADE

O professor professor entrega a cada criança uma tampa circular reutilizada, de balde de azeitonas (ou outro). As crianças vão dar-lhe uso criativo adequado de acordo com o tema. Neste caso, a tampa circular pode representar a panela e o prato. As crianças, no momento próprio fazem de conta que mexem a panela, comem do prato ou lançam um disco.

[ António José Ferreira ]

Fui ao saco das amêndoas

– Fui ao saco das amêndoas
Que a minha avó me deu.
Eu tirei uma dezena,
minha mãe apareceu!

Tirei uma, tirei duas… tirei dez. – Que gulosa (o) que tu és, filha(o)!!!

MUSICATIVIDADES

1. O professor diz dois versos de cada vez, em andamento moderado, e as crianças repetem.

2. Diz uma quadra toda e a turma repete.

3. Cada criança diz a quadra na sua vez, com acompanhamento rítmico pelo professor; quem não conseguir, nomeia um colega para o acompanhar.

4. Dizem passando uma saqueta. Quando esta para, na mão de uma criança, as outras dizem: – Que guloso que tu és! (ou “Que gulosa”, conforme o caso!)

Para seres mais saudável

Para seres mais saudável,
Cuida da alimentação.
Come carne, arroz e peixe,
sem esquecer a sopa com feijão.

Come fruta e legumes,
dança e canta uma canção.
O desporto com os amigos
faz muito bem ao teu coração.

Bebe água, bebe sumo,
mas refrigerantes não.
Faz corridas, dá caminhadas,
não fiques só a ver televisão

Trouxas de ovos

Trouxas de ovos para os novos
e filhós para os avós.

Azevias para as tias
e formigos p’ra os amigos.

Bolo rei p’ra quem eu sei,
‘special por ser Natal.

[ António José Ferreira ]

Em casa, mesmo sem instrumentos convencionais, é possível fazer jogos pedagógicos e experiências recorrendo a objetos que não são normalmente associados à música. Este jogo rítmico de representação e leitura de sons desenvolve conteúdos de Música, Matemática e Português. Esta atividade tem potencial de inclusão, podendo desenvolver competências em crianças com NEE sem deixar de ser interessante para as outras.

EM CASA

Instruções

Nível 1, sem professor

1. Com a assistência de um adulto (pai, mãe, avô, avó, irmão mais velho), a criança colocará sobre a mesa 4 taças, lado a lado: 2+2, tendo o cuidado de separar visualmente os grupos de taças. Dentro de cada taça, a criança coloca um feijão.

2. A criança vai imaginar que cada taça representa uma pulsação, ou tempo. Representa as pulsações com palmas dizendo: “Sim, não, sim, não!”.

3. A criança põe dois feijões em cada taça. Divide-se a pulsação, pelo que cada feijão vai representar sons mais curtos (metade do tempo ou pulsação). Diz “Come carne, come peixe!” e marca o ritmo com palmas.

4. Deixa só um feijão na quarta taça. Conta 1,2; 3,4; 5,6; 7. Depois, diz: Cuida da alimentação, come sopa com feijão!”

Nível 2, com professor

Na escola, no 1º Ciclo do Ensino Básico, o professor aplica as noções de compasso, compasso binário, compasso simples, pulsação, pausa, tempo forte, tempo fraco, melodia, ritmo, padrão, ostinato, altura, nota, andamento, intensidade.

Concebidos para a família com os seus recursos, “Jogos musicais em casa” podem ser realizados também na escola por técnicos e professores de “Música Adaptada” e “Oficina dos Sons Adaptada”.

António José Ferreira

Feijões e representação de ritmo

Feijões e representação de ritmo

Amigos celebrando, foto Freepik

Quadras e brincadeiras cantadas ou recitadas sobre a amizade

Bem me quer

Bem me quer,
ou não quer,
a saltar
eu vou saber!

Um adulto ou criança competente prende uma corda grande a uma grade ou poste, e dá à corda. A criança que vai saltar pensa num amigo ou amiga, e diz a rima. Depois começa a saltar contando. Se o número que conseguir for par, o seu amor é correspondido; se for ímpar, ainda não é certeza. O número de saltos dá o número de filhos que o saltador vai ter: basta dividir por dez o número de saltos conseguidos… Esta brincadeira cantada revisita brincadeiras infantis e desenvolve em simultâneo os domínios psicomotor, cognitivo e afetivo.

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

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O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

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Dá-me lá o teu abraço

António José Ferreira

Dá-me lá o teu abraço
Que me aperte como um laço.

Deixa o teu embaraço
que eu não vou roubar-te espaço.

És o meu amigalhaço
Que me apoia no cansaço.

Resistente como aço,
Vais comigo passo a passo.

[ Em Dia do Amigo, ou do Abraço, as crianças copiam o poema num papel A5 dobrado, e fazem um desenho alusivo, incluindo notas musicais. Depois de todos recitarem, o professor declama ou improvisa cantando enquanto as crianças se movimentam na sala. Quando para de cantar e toca quatro ou oito compassos, cada um abraça o colega que está mais próximo. ]

É tão forte o teu abraço

António José Ferreira

É tão forte o teu abraço
E tão bom o teu sorriso!
E eu fico ao teu lado
A apoiar se for preciso.

Imagino o que sentes,
Quero por-me em teu lugar
E saber de que maneira
Eu te posso ajudar.

Imagino como estás
Mesmo que tu não mo digas
E escolho entre as palavras
As que são tuas amigas.

Os amigos alimentam

António José Ferreira

Os amigos alimentam,
Cada um como que tem:
ora flores, ora frutos,
ora só com querer bem.

Das palavras fiz poema,
Do poema fiz canção,
Para te dar o abraço
Que me sai do coração.

Turma unida, EB1 Igreja 2, Sandim

Turma unida, EB1 Igreja 2, Sandim

Os amigos nos apoiam

António José Ferreira

Os amigos nos apoiam
Cada um com o que tem,
Ora com a sua ajuda,
Ora só com querer bem.

Os amigos nos ajudam
Com a sua alegria.
Basta uma brincadeira,
É melhor o nosso dia.

Vou mandar uma mensagem
A um amigo especial.
Ele alegra-me e apoia
Quando eu me sinto mal.

Em roda, um envelope passa de mão em mão e quando um elemento exterior à roda toca um padrão rítmico determinado, quem tiver o envelope diz umas palavras amigáveis a um colega da roda.

Amigos celebrando, foto Freepik

Amigos celebrando, foto Freepik

Crianças, foto Freepik

Quadras e brincadeiras cantadas ou recitadas da autoria de António José Ferreira

Domingo passeei

Domingo passeei
e cheguei cansado.

Segunda, estudei
e fiquei fatigado.

Terça, corri
e fiquei exausto.

Quarta nadei
e fiquei enfraquecido.

Quinta pintei
e fiquei afadigado.

Sexta, escrevi
e fiquei extenuado.

Sábado, dormi
e fiquei descansado.

Do meu cansaço
fiquei recuperado.

MUSICATIVIDADES
1. As crianças estão sentadas à mesa com a cadeira à distância que lhes permita percutir na mesa.
2. No primeiro dia da semana marcam a pulsação com um dedo, segunda com dois e assim sucessivamente.

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

Saiba mais na Reciclanda e contacte-nos:

António José Ferreira:
962 942 759

No domingo fui ao coreto

No domingo, fui ao coreto
para ouvir um quarteto.

Na segunda, fui à quinta
apanhar uva tinta.

Na terça, fui ao quintal
semear o nabal.

Na quarta, fui ao mercado,
comprar queijo ralado.

Na quinta, fui à drogaria
comprar quinquilharia.

Na sexta, fui ao patrão
resolver uma questão.

No sábado, fui à esquina
p’ra tocar concertina.

[ António José Ferreira ]

No domingo vou a Seia

No domingo
Vou a Seia
Comer um gelado
De aveia.

Na segunda
Vou a Viseu
Comer um gelado
De Oreo.

Na terça
Vou a Mação
Comer um gelado
De mamão. (ou de limão)

Na quarta
Vou a Almoçageme
Comer um gelado.
De leite creme.

Na quinta
vou a Penela (ou Tondela, Vouzela, Palmela)
Comer um gelado
De Nutella.

Na sexta
Vou a Camarate
Comer um gelado
De chocolate.

No sábado
Vou a Condeixa
Comer um gelado
De ameixa.

No mês de janeiro

No mês de janeiro
Quero ir a Vizela
E comer gelado
De canela.

No mês de fevereiro
quero ir a Sendim
E comer gelado
De amendoim.

No mês de março
Quero ir ao Minho
E comer gelado
De rosmaninho.

No mês de abril
quero ir a Ançã
E comer gelado
De hortelã.

No mês de maio,
Quero ir à ilha
E comer gelado
De baunilha.

No mês de junho
Quero ir à praia
E comer gelado
De papaia.

No mês de julho
Quero ir a Angeja
E comer gelado
De cereja.

No mês de agosto
Quero ir a ria
E comer um gelado
De melancia.

No mês de setembro
Quero ir ao Dão
E comer gelado
De limão.

No mês de outubro
quero ir a Monsaraz
E comer gelado
De ananás.

No mês de novembro
Quero ir a Loulé
E comer um gelado
De café.

No mês de dezembro
Quero ir à Lousã
E comer gelado
De avelã.

[ António José Ferreira ]

O mês de Janeiro é 1

O mês de Janeiro é 1;
como o primeiro não há nenhum.

O mês de fevereiro é 2;
tremem de frio vacas e bois.

O mês de março é 3;
lá vem a Páscoa outra vez.

O mês de abril é 4;
usa galocha, bota ou sapato.

O mês de maio é 5;
cresce a ovelha e cresce o pinto.

O mês de junho é 6;
ao fazer praia, não leves anéis.

O mês de julho é 7;
sê moderado com o esparguete.

O mês de agosto é 8;
nunca abuses do biscoito.

O mês de setembro é 9;
dias de praia, nos outros chove.

O mês de outubro é 10;
cuida de não molhar os pés.

O mês de novembro é 11;
foi-se o sol que me deu o bronze.

O mês de dezembro é 12;
couve da horta ao lume se coze.

António José Ferreira

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Menina na praia

Menina na praia

O relógio

O relógio, meu amigo,
diz-me sempre que horas são,
se devo sair da cama
ou vestir o meu roupão,
se devo ir para a Escola,
ou comer a refeição,
se é tempo de atividades
ou de brincar com o cão,
se devo ir à ginástica
ou vejo televisão,
se vou da escola p’ra casa,
ou merendo meu o pão.

[ António José Ferreira ]

Crianças, foto Freepik

Crianças, foto Freepik

Chuva

Quadras e brincadeiras cantadas ou recitadas da autoria de António José Ferreira

CAI A CHUVA

Cai a chuva lá de cima
E o tempo está frio.
A chover assim uns dias
Há-de transbordar o rio.

MUSICATIVIDADES
1. O professor diz a quadra com expressividade e as crianças imitam.
2. Quem já sabe de cor, sem se enganar?
3. Se alguém tem dificuldade, escolhe um colega para ajudar e dizer juntamente.
4. As crianças recebem do professor uma tampa de plástico (de baldes de azeitona, por exemplo).
5. As que primeiro aprendem a rima recebem primeiro o “chapéu de chuva” e começam a mover-se pela sala.
6. Com a tampa sustentada pelo polegar (ou na cabeça) movem-se na sala no andamento que o professor imprimir, sem deixar cair e sem chocar com os colegas.

CANTO À BEIRA-MAR

Canto à beira-mar
junto ao pinhal.
Que bom respirar
ar com cheiro a sal!

Se aperta o calor
quando é Verão,
sombra e frescura
ótimas serão.

Numa bela mata
se o fogo lavrar,
sombra e frescura
irão acabar.

Matas e florestas
vamos proteger
para haver saúde,
riqueza e prazer.

MUSICATIVIDADES
1. O professor diz dois versos e as crianças repetem.
2. Diz uma quadra e as crianças repetem.
3. Enquanto as crianças recitam, marcam a pulsação com pequenas pedras do mar ou pinhocras (pinhas abertas que friccionam).

CHOVE AGORA, CHOVE LOGO

Chove agora, chove logo,
está o vento a soprar!
Olho p’la minha janela,
quero ver o sol brilhar!

É inverno, está frio,
está quase a nevar.
Aproveito ainda um pouco
p’ra no pátio brincar.

Tem cuidado com a água,
não podes brincar assim!
Não és pato. Se te molhas
logo à noite é “atchim!”

MUSICATIVIDADES
1. O professor lê dois versos e as crianças repetem.
2. Lê uma quadra e a turma repete.
3. Lê o texto todo e as crianças fazem gestos.
4. As crianças estão numa roda. Uma criança tem um pau de chuva que toca durante uma quadra, passando então ao colega do lado (da esquerda ou da direita, conforme o professor estabelecer.

QUANDO AS NUVENS SÃO ESCURAS

Quando as nuvens são escuras
Um sinal me estão a dar:
Minha capa e guarda-chuva
Eu preciso de levar.

Olho as nuvens carregadas
E percebo o seu aviso:
– Leva capa e carapuço!
Não te molhes, tem juízo!

[ António José Ferreira ]

MUSICATIVIDADES
1. As crianças estão em círculo, ou à volta de uma mesa, ou sentadas no chão se o conforto do espaço o permitir.
2. O professor diz lentamente um verso e todos repetem. Depois outro, e assim sucessivamente.
3. O professor tem uma vara (de vassoura, reutilizada, por exemplo) e entrega-a a uma criança.
4. De forma mecânica, sem perder a pulsação, a criança que tem a vara, passa-a ao colega, no sentido dos ponteiros do relógio, ou em sentido contrário.
5. Se necessário, voltam a fazer-se exercícios prévios e dá-se mais atenção a quem tem dificuldades.

Chuva

Chuva

A lavar as mãos

Canções sobre práticas saudáveis

Andar co’ a mochila

Andar co’ a mochila
abaixo da cintura?
Não, não, obrigado!
Não é boa postura!

Mochila num só ombro
Ou levada p’la mão?
Não, não, obrigado!
É fraca solução.

Manter a coluna
Curvada ao andar?
Não, não, obrigado!
Não é p’ra imitar!

Ainda está vazia
E já está pesada?
Não, não obrigado!
Mochila inadequada!

[ António José Ferreira ]

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

Saiba mais na Reciclanda e contacte-nos:

António José Ferreira:
962 942 759

Lava as folhas da alface

Lava as folhas da alface
e as uvas, tem juízo;
mas o queijo e a banana,
não laves, não é preciso.

Lava a pera, a maçã
e as cerejas, tem juízo;
mas a noz e a romã,
não laves, não é preciso.

Lava as uvas e ameixas
bem lavadas, tem juízo;
melancia e melão,
não laves, não é preciso.

Lava as mãos antes do almoço,
lava-as bem, tem juízo;
e no fim escova os dentes,
‘sfrega e lava, que é preciso.

O pai manda sair da cama.

O pai manda sair da cama.
Fai quello che dice papà.

A mãe manda lavar a cara.
Fai quello che dice mamma.

O pai manda vestir a roupa.
Fai quello che dice papà.

A mãe manda tomar o leite.
Fai quello che dice mamma.

O pai manda lavar os dentes.
Fai quello che dice papà.

A mãe manda ver-se ao espelho.
Fai quello che dice mamma.

O pai manda ir para a escola.
Fai quello che dice papà.

A mãe manda estar atento.
Fai quello che dice mamma.

[ António José Ferreira ]

As crianças estão dispersas pela sala, à distância adequada umas das outras. O professor diz um verso sobre uma atividade diária e as crianças fazem o gesto adequado, enquanto o professor diz a frase em italiano. As crianças estão atentas para ouvirem bem e fazerem o gesto seguinte.

Olá, bom dia

Olá, bom dia,
Ó Senhor Doutor.
Veja o meu ouvido
Que tenho uma dor.

As crianças estão sentadas aos pares, sendo uma o médico, outra o paciente. Quando o professor canta, com um ou mais voluntários, as crianças estão atentas. Quando o professor improvisa em percussão – durante 8 compassos – , doente e médico falam baixo, como se estivessem num consultório médico.

Testa . Olhos . Ouvidos . Nariz . Garganta . Dentes . Peito . Costas . Barriga . Perna . Pé

Quem quiser dançar melhor

Quem quiser dançar melhor,
vai a casa do José.
Ele pula, ele roda,
ele mexe bem o pé.

[ Tradicional do Brasil ]

Quem quiser dançar melhor
Vai a casa da Bianca.
Ela pula, ela roda,
Ela mexe bem a anca.

Quem quiser dançar melhor,
vai a casa do João.
Ele pula, ele roda,
ele mexe bem a mão.

[ António José Ferreira ]

MUSICATIVIDADES
1. O professor recita e as crianças repetem.
2. As crianças movem-se ao som da voz e do ritmo do professor.
3. Uma criança dança à frente e os colegas imitam-no.

Saudável, saudável

Saudável, saudável,
é lavar bem as mãozinhas,
comer futas e legumes,
peixes, carnes e sopinhas.

Saudável, saudável
é lavar bem os seus dentes,
e vestir conforme os dias,
roupas frescas ou mais quentes.

Saudável, saudável
é ter postura correta,
caminhar pelo passeio
e andar de bicicleta.

Saudável, saudável
é fazer atividades,
e não abusar dos doces
e não fazer mais maldades.

[ António José Ferreira ]

Visto a camisola

Visto a camisola,
nunca me esqueço.
Cuido que não fique
vestida do avesso.

Olho a minha mãe,
vejo como faz.
Ela nunca veste
a frente para trás.

Visto as minhas calças,
sou experiente.
Cuido que não fique
o rabo para a frente.

Vejo o meu primo
que tem muito jeito.
O sapato esquerdo
não vai p’ra o pé direito.

1. As crianças memorizam as duas primeiras quadras.
2. O professor propõe um jogo: as crianças tiram a camisola e voltam a vesti-la durante o tempo que medeia o início e o fim das quadras.
3. O último a vestir a camisola vestirá outra vez para praticar.

A lavar as mãos

A lavar as mãos

Bianca Ferreira, 2022

Poemas e canções promotores de gentileza

Catrapás

António José Ferreira

Catrapás, catrapás.
– Não à guerra, sim à paz!

Catrapés, catrapés.
– Mostra-me o bom que tu és!

Catrapis, catrapis.
– Sou feliz se és feliz!

Catrapós, catrapós.
– Ama e cuida dos avós!

Catrapus, catrapus.
– Para mim és uma luz.

[ O professor diz ritmicamente um dueto e as crianças descobrem o ritmo escondido (titi tá titi tá, titi titi titi tá). Em seguida o professor, recita um dueto e a turma repete. Finalmente, diz o primeiro verso e as crianças completam a rima. ]

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

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Com as mãos

António José Ferreira

Com as mãos
Se guia e conduz.
Com as mãos
Se amassa o pão.
Com as mãos
Se acende uma luz.
Com as mãos
Se ajuda o irmão.

Com as mãos
Se dá um aperto.
Com as mãos
Se faz poesia.
Com as mãos
se faz um enxerto.
Com as mãos
Se acena e guia.

[ Baseado no poema “As mãos” de Manuel Alegre. As crianças recitam fazendo gestos com as mãos. ]

Fundo do copo

António José Ferreira

Fundo do copo, bate na mesa,
Sempre com jeito, sem confusão.
Fundo do copo, faz com leveza,
Seja na mesa, seja na mão.

[ Com um copo – que pode ser reutilizado, uma tampa de amaciador de roupa – as crianças acompanham com o gesto de agarrar e bater não diretamente na mesa mas sobre um caderno que suavize o impacto. ]

Já o comboio apita

Já o comboio apita
quando chega à cidade.
Vou com os meus colegas
por quem tenho amizade.

Entra no meu comboio
que é o da Cortesia.
Quando é pela manhã,
tu deves dizer “Bom dia!”

Entra no meu comboio,
não ficará lotado.
Faz toda a diferença
dizeres “Muito obrigado!”

Entra no meu comboio
que tem animação.
Se magoaste o amigo,
não custa pedir perdão.

Lojas

António José Ferreira

– Fazes-me um favor?
Vai à peixaria.
– E eu comprei sardinhas
como a mãe queria.

– Fazes-me um favor?
Vai à frutaria.
– E eu comprei laranjas
como a mãe queria.

– Fazes-me um favor?
Vai à padaria.
– E eu comprei regueifa
como a mãe queria.

Fazes-me um favor?
Vai à confeitaria.
– E eu comprei bolinhos
como a mãe queria.

– Fazes-me um favor?
Vai à pizzaria.
– E eu comprei a pizza
como a mãe queria.

– Fazes-me um favor?
Vai à charcutaria.
– E eu comprei fiambre
como a mãe queria.

– Fazes-me um favor?
Vai à retrosaria.
– E eu comprei as linhas
como a mãe queria.

[ Esta brincadeira cantada é indicada para as crianças apropriarem conhecimentos sobre o comércio no âmbito de Estudo do Meio. Pode dramatizar-se com várias crianças a fazerem de comerciantes e outras de clientes. ]

O professor manda

António José Ferreira

Fica atento, muito atento,
Ao que o professor te diz.
Se fizeres o que pede
Também tu és mais feliz!

Pede o professor Moisés
Que tu contes até dez.

Instrumental + toque de alerta à escuta

Pede o professor José
Que vás praticar ballet.

Instrumental + toque de alerta à escuta

Manda o professor Martim
Que tu andes à pinguim!

Instrumental + toque de alerta à escuta

Manda o professor Zé Mário:
Diz lá o abecedário!

Instrumental + toque de alerta à escuta

Manda a professora Ester
Que te ponhas a correr!

Instrumental + toque de alerta à escuta

Manda-te o professor Beto
Que digas o alfabeto!

Instrumental + toque de alerta à escuta

O professor diz forte e expressivamente as rimas e durante 4 ou 4 pulsações improvisa em tambor, tempo durante o qual as crianças cumprem a ordem dada. Para parar a ação e alertar para nova ordem, percute um padrão rápido e curto, como “tríolotá”, podendo mesmo trizer em vez de percutir.

Mãos

António José Ferreira

Uso as mãos para tocar,
nunca para magoar.

Uso as mãos para acenar
nunca para arranhar.

Uso os pés p’ra caminhar,
Nunca p’ra pontapear.

Uso os pés p’ra ir e vir,
Nunca para agredir.

Uso as pernas para jogar,
Nunca para rasteirar.

Uso a boca p’ra falar,
Nunca para ameaçar.

[ As crianças acompanham marcando a pulsação com pés alternados, lado a lado, com a mão direita a agarrar o pulso esquerdo, de braços cruzados, de braço dado ou abraçando, à maneira do cante alentejano. ]

Mulher

António José Ferreira

Hoje é dia da grande mulher
que ensina, que escreve ou canta,
e que esteja ela onde estiver
nos apoia, acarinha e levanta.

Hoje é dia da mãe e da mana,
da madrinha, da avó e da tia,
da Matilde, da Bruna e da Ana,
da Filipa, da Inês, da Sofia.

Hoje é dia da minha professora,
da doutora e da cabeleireira,
da flautista e da compositora,
da autarca e da cozinheira. (…)

[ Poema para o Dia da Mulher, a 8 de março ]

Músculos e delicadeza

António José Ferreira

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Nem sequer eu te sorria.

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Nem sequer saudaria.

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Nem sequer acenaria.

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Que abraços eu daria?

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Como é que te ajudaria?

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Gargalhadas não daria!

Em “Músculos! Músculos!”, as crianças realçam o bíceps braquial, esquerdo e direito, fazendo depois os gestos ajustados ao texto.

Jogo de mãos em pares (tá tá tá shiu)
1. mãos no peito em x;
2. costas com costas da mão do par;
3. palmas com as palmas do par.

No teu lugar

António José Ferreira

Imagino o que sentes,
ponho-me no teu lugar
p’ra saber o melhor modo
de te poder ajudar.

Imagino como estás
Mesmo que tu não mo digas
E escolho entre as palavras
As que são tuas amigas.

‘Stavas presa no teu corpo,
libertou-te o teu sorriso.
Com a tua mão na minha
aprendi o que é preciso.

Nomes coletivos

António José Ferreira

Se eu fosse um músico,
queria-te na minha orquestra.

Se eu fosse um cantor,
queria-te no meu coro.

Se eu fosse um sino,
queria-te no meu carrilhão.

Se eu fosse uma tecla,
queria-te no meu teclado.

Se eu fosse um disco,
queria-te na minha discoteca.

Se eu fosse uma corda
Queria-te no meu encordoamento.

Se eu fosse um soldado,
queria-te no meu batalhão.

Se eu fosse pescador,
Queria-te na minha companha.

Se eu fosse um navio,
queria-te na minha armada.

Se eu fosse um avião,
queria-te na minha esquadrilha.

Se eu fosse um ator,
queria-te no meu elenco.

Se eu fosse um poeta,
queria-te na minha plêiade.

Se eu fosse uma ilha,
queria-te no meu arquipélago.

Se eu fosse uma serra,
queria-te na minha cordilheira.

[ Depois de praticar com as crianças, o professor diz o primeiro verso e aponta uma criança que dirá o nome comum coletivo correspondente. A atividade é especialmente indicada para o 3º ano de escolaridade. Depois, podem as crianças que o desejarem levantar o dedo e dizer um dueto. ]

Os valores importantes

António José Ferreira

Os valores importantes
são a ajuda ao amigo,
escutar com atenção
quem está a falar comigo.

Os valores importantes
não são roupa nem dinheiro,
mas cumprir bem as tarefas,
ser honesto e verdadeiro.

Os valores importantes
são respeitar os seus pais
e tratar bem os amigos,
incluindo os animais.

[ Quatro crianças, ou quatro grupos de crianças, dizem cada uma sua quadra, com percussão com dedos da mão direita na palma esquerda, mão direita no peito, mão esquerda no peito, mão direita na perna direita, mão esquerda na perna esquerda, com o ritmo titi tá tá tá. ]

Passo-te a letra

António José Ferreira

Passo-te a letra A
P’ra poderes escrever Ana.
Passo-te a letra E
P’ra poderes escrever Eva.
Passo-te a letra I
P’ra poderes escrever Igor.
Passo-te a letra A
P’ra poderes escrever Olga.
Passo-te a letra A
P’ra poderes escrever Ursula.

[ Sentadas à mesa no seu lugar, as crianças têm um copo que passam de uma mão para a outra, batendo suavemente da mesa (agarra e bate). Para o Dia Mundial da Gentileza, a 13 de novembro, e todos os dias do ano. ]

Rimar não custa

António José Ferreira

Não custa nada
fazer uma rima:
joga com a prima.

Não custa nada
rimar com geleia.
É uma boa ideia.

Não custa nada
rimar com cantiga:
canta se és amiga.

Não custa nada
rimar com cadela:
é brincar com ela.

Não custa nada
rimar com o cão:
é dar-lhe ração.

Não custa nada
rimar com o gato:
é encher-lhe o prato.

Não custa nada
rimar com cavalo:
é saber montá-lo.

Não custa nada
rimar com o burro:
basta ser casmurro.

Não custa nada
rimar com o galo:
basta depená-lo.
Não custa nada
rimar com galinha:
é fazer canjinha.

[ Para o Dia Mundial da Poesia, a 21 de março, e outros dias ao longo do ano ]

São Valentim

São Valentim, São Valentim,
São Valentim, tim tim tim tim.

Neste dia tão bonito
quero dar-te um presente
p’ra saberes quanto gosto
e ficares mais contente.

[ Poema/canção criado com sugestões de texto de melodia da Escola EB1 da Gestosa, Vila Nova de Gaia. ]

Singular

António José Ferreira

Singular é apenas um,
é ser tão especial
como o Dia da Criança,
a Páscoa, o Carnaval.

Singular é ser o amigo,
dizer palavra certa,
o beijo de boa noite,
o rádio que te desperta.

Singular é coisa rara,
singular é ser um só
como o sorriso da mãe
ou o bolo da avó.

Singular é não ter “s”
colado ao nosso artigo,
ser colega de escola,
ser a amiga, ser o amigo.

Um presente é singular,
mais do que um já é plural:
prendas, bolas e brinquedos,
e enfeites de Natal.

Um disfarce é singular,
singular é o Carnaval;
mascarados e caretos,
serpentinas é plural.

Para as crianças apropriarem as noções de singular, e gostarem da poesia e da língua portuguesa
Jogo de mãos em pares (tá tá tá tá)
1. mãos no peito em x;
2. mãos no peito em x;
3. costas com costas da mão do par;
4. palmas com as palmas do par.

Bianca Ferreira, 2022

Bianca Ferreira, 2022

Canta a Brincar

Canta a Brincar

Amostra de dinâmica para crianças do 1º Ciclo e Jardim de Infância

Não sou uma impala,
não sou canguru
mas também eu salto,
também saltas tu.

Lado a lado, as crianças estão numa linha de partida.
Cantada a quadra, saltam em direção a uma linha de meta.
Saltam só nas formas do verbo saltar, e nos saltos mantêm os pés fixos ao chão.

Em alternativa, as crianças estão em pé numa roda.

Fazem a percussão seguinte:

Pé esquerdo no chão,
pé direito no chão,
[ mão esquerda na perna esquerda,
mão direita na perna direita, ]
palma

No compasso 8,
a percussão é nas mãos dos colegas da direita e da esquerda:
mão direita por cima, mão esquerda por baixo.

Se o número de crianças for par, quem se enganar perde um de 5 “rebuçados” virtuais dados previamente a todos; se for ímpar, uma criança que se engana vai para o meio, trocando com o que se enganar a seguir.

ÍNDICE

Ai borda
Ame, ame
Arigato
Caput, caput
Chove agora
Chove no charco
Chumbara
Dona Folha anda a dançar
Ele não larga o boneco
Elisabete, o que tu fazias
És meu amigo
Escravos de Jó
Esta pandeireta
Este bailarico novo
Fiz rima
Funga alafia
Gosto do Carnaval
Horas do relógio da aldeia
Larali larala
Não sou uma impala
Ora bate, bate
Ovivíparo serias
Pela rua abaixo
Quando o sol sorriu
Saberás o que há na caixa
Sopra o vento, cai o ouriço
Subi a um rochedo
Toma lá esta laranja
Vai lavar a cara, ó Zé
Vou puxar o tempo à frente

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Dinâmica do balão, EB1 de Arnelas, Lenga 2022

Canções que fomentam a coordenação e trabalho em equipa da autoria de António José Ferreira

Eu soprei no meu balão

Eu soprei no meu balão
E ele ficou cheio de ar.
Toca leve com a mão
Para ao chão não ir parar.

[ António José Ferreira ]

MUSATIVIDADE
1. O professor diz dois versos de cada vez, em andamento moderado, e as crianças repetem.
2. Diz uma quadra toda e a turma repete.
3. Cada criança diz a quadra na sua vez, com acompanhamento rítmico pelo professor; quem não conseguir, nomeia um colega para o acompanhar.

O professor nomeia três chefes, que vão escolher a sua equipa. Depois de formados os grupos, os elementos de cada equipa devem colocar-se à distância conveniente.
Cada criança deve manter-se em silêncio e os pés colados ao chão. Recitada ou cantada a quadra, por todos, o chefe da equipa lança o balão com leveza e a equipa deve trabalhar de forma adequada para não cair ao chão (podendo usar de cada vez uma só mão). Enquanto isso, o professor improvisa um número certo de compassos.
Os grupos vencedores de acordo com as regras ganham 1 ponto. Começa-se nova jogada.

No ar anda um balão

No ar anda um balão
A teimar em ir para o chão.
Se alguém o deixar ir
Deste jogo vai sair.

[ António José Ferreira ]

MUSICATIVIDADES
1. O professor diz dois versos de cada vez, em andamento moderado, e as crianças repetem.
2. Diz uma quadra toda e a turma repete.
3. Cada criança diz a quadra na sua vez, com acompanhamento rítmico pelo professor; quem não conseguir, nomeia um colega para o acompanhar.
4. O professor nomeia três chefes, que vão escolher a sua equipa.
5. Depois de formados os grupos, cada equipa deve colocar-se à distância conveniente. Cada criança deve manter-se em silêncio e os pés colados ao chão.
6. Recitada ou cantada a quadra, por todos, o chefe da equipa lança o balão com leveza e a equipa deve trabalhar de forma adequada para não cair ao chão (podendo usar de cada vez uma só mão).
7. Enquanto isso, o professor improvisa um número certo de compassos. Os grupos vencedores de acordo com as regras ganham 1 ponto. Começa-se nova jogada.

Dinâmica do balão, EB1 de Arnelas, Lenga 2022

Dinâmica do balão, EB1 de Arnelas, Lenga 2022

Tenho um balão

Tenho um balão.
Deu-mo o meu irmão.
Jogo com a mão,
não deixo cair ao chão.

Tenho um balão
Com a forma de um pão.
Estou com atenção,
não quero perdê-lo, não!

[ António José Ferreira ]

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

Saiba mais na Reciclanda e contacte-nos:

António José Ferreira:
962 942 759

Copo

COPO COPO JERICOPO

Copo, copo, jericopo,
jericopo, copo cá:
quem não lava bem o copo,
do copo não beberá.

É a dificuldade de dizer sem errar que torna os trava-línguas aliciantes, com a sua carga de competição e de vitória. Um andamento lento é importante para as crianças ganharem gosto pelos trava-línguas sem desistirem perante as dificuldades. O grau de dificuldade deve ter em conta a faixa etária e as características dos grupos de crianças.

Há trava-línguas bastante acessíveis, como “A Graça disse à Graça uma graça que não teve graça”. Este, por exemplo, joga com o diferente sentido das palavras, e permite explorar outros aspetos da Língua Portuguesa. Além disso, permite a acumulação progressiva, supressão ou substituição de vocábulos.

Há trava-línguas que são muito difíceis para os próprios adultos, e a sua prática pode ajudá-los também a melhorar a dicção.

A temática, em certos casos, pode ser seleccionada de acordo com a época do ano, como “Descasca a castanha”, para o Outono e o São Martinho, ou “Um ninho de mafagafos” para a Primavera.

Destrava a Língua pretende contribuir para o gosto da Música e da musicalidade, da Língua e da Leitura.

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce. Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos.

Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

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Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

SUGESTÕES PEDAGÓGICAS

O professor diz, calmamente, uma, duas, três vezes. Depois pede um voluntário para dizer o trava-línguas. A criança que conseguir dizê-lo sem tropeços “ganha” o prémio “Copo de Cristal”. O professor dá oportunidade a outras crianças, sem deixar que a atividade se torne cansativa.

Com crianças de 3º e 4º anos de escolaridade, pode fazer um jogo de copos à volta de uma mesa. Começa por praticar com a turma, tendo cada criança o seu copo de plástico. Na pulsação, cada criança agarra o seu copo e passa-o ao colega que está à sua direita. Para ajudar, o professor diz “agarra, passa; agarra, passa”.

Depois, todos dizem, passando o copo:

Copo, copo, jericopo,
jericopo, copo cá:
quem não lava bem o copo,
do copo não beberá.

António José Ferreira

Por 2€ adquira na Loja Meloteca todos os trava-línguas.

Copo

Copo