Tag Archive for: Cadernos Meloteca

Crianças na escola, foto Freepik

Canções sobre afetos, da autoria de António José Ferreira

Meu pai foi à loja

[ António José Ferreira ]

Meu pai foi à loja
Que vende animais.
Havia coelhos
E outros que tais.

Meu pai quis comprar-me
Um lindo coelho.
O pelo é branco,
O olho vermelho.

Levou-o p’ra casa,
deixou na gaiola.
– Eu quero mostrá-lo
Aos colegas da escola.

Eu faço-lhe festas
E dou-lhe ração.
Que fofo e querido
O coelho anão!

O que importa é o que sinto

[ António José Ferreira ]

O que importa é o que sinto,
o que importa é o que sou.
Pormenor é a cor da pele
ou o carro em que vou.

O que importa é o que amo
e a forma como dou.
Não te foques no que visto
nem no peso em que estou.

O que importa é o que tento
P’ra mudar o que falhou.
Se és rápido, é bom;
devagar também lá vou.

O que importa é o teu abraço,
o que importa é o sorriso,
é estares mesmo ao lado
com o afeto que eu preciso.

Crianças na escola, foto Freepik

Crianças na escola, foto Freepik

Olha aquele cachorrinho

[ António José Ferreira ]

Olha aquele cachorrinho
Tão bonito e brincalhão.
Vamos ver quem ele quer
Que o leve p’ra adoção.

Cachorrinho!

As crianças estão numa roda. O professor escolhe um entre voluntários com dedo levantado. O escolhido irá para o meio, e será um cachorrinho a fazer cenas de cão juvenil. Quando as crianças chamam: “Cachorrinho”, ela olha todas as crianças e aponta uma. Essa criança deve dizer uma pequena frase sobre cachorrinhos. Se a frase lhe agradar, encontrou nova casa. O jogo prossegue com menos duas crianças em jogo, com novo animal de estimação, que pode ser previamente destinado pela direita.

Os valores importantes

[ António José Ferreira ]

Os valores importantes
são a ajuda ao amigo,
escutar com atenção
quem está a falar comigo.

Os valores importantes
não são roupa ou dinheiro,
mas cumprir bem as tarefas,
ser honesto e verdadeiro.

Os valores importantes
são respeitar os seus pais
e tratar bem os amigos
incluindo os animais.

Saiba mais AQUI!

Recursos musicais Meloteca para a infância

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Brincadeira musical na EB1 de Igreja 1, Sandim

Brincadeiras musicais da autoria de António José Ferreira

Ora te abro e te folheio

Ora te abro e te folheio,
Ora um conto logo leio.

Ora te abro e te leio,
Ora estudo o nosso Meio.

Ora te abro e te fecho,
Depois de ter lido um trecho.

Ora leio e memorizo,
Ora paro se é preciso.

MUSICATIVIDADES
As crianças fazem um círculo. Enquanto cantam ou recitam, passam um pequeno livro resistente de histórias ou contos. Quando um jogador fora da roda percute um padrão previamente combinado, a criança que tem na mão o livro conta o início de um conto ou de uma história que pode ser inventada na hora, com ou sem rima:

Era um vez um rei,
e mais não sei.

Era uma vez uma rainha,
uma coroa tinha.

Era uma vez uma macaco
que se escondeu num saco.

pedras

pedras, duras,
Servem para tocar.
Bate uma na outra,
Põe-te a escutar.

MUSICATIVIDADES
1. O professor diz dois versos de cada vez, em andamento moderado, e as crianças repetem.
2. Diz uma quadra toda e a turma repete.
3. Cada criança diz a quadra na sua vez, com acompanhamento rítmico pelo professor; quem não conseguir, nomeia um colega para o acompanhar.
4. O professor seleciona pedras resistentes, recolhidas na praia, ou basalto preto, por exemplo.
5. Há grupos etnográficos, em Portugal e outros países, que usam as pedras para acompanhar as suas danças e cantares.

Puxa para o teu lado

Puxa para o teu lado
que eu puxo para o meu.
Quem tem força, vence;
quem ceder perdeu!

Duas crianças agarram a extremidade de uma corda, enquanto os outros cantam ou recitam. Por cada quadra que aguentem os jogadores ganham 100 pontos, mas o vencedor ganha mais 100. Por exemplo, só aguentam uma quadra e na segunda, um jogador cede. Este ganha 100 pontos e o vencedor 200.

Brincadeira musical na EB1 de Igreja 1, Sandim

Brincadeira musical na EB1 de Igreja 1, Sandim

Tenho um pião

Tenho um pião.
Gosto de o lançar.
Quanto tempo passa
A rodopiar?

Gira, rodopia,
Gira, meu pião.
Gira, muito tempo:
És um campeão.

MUSICATIVIDADES
1. O professor diz dois versos de cada vez, em andamento moderado, e as crianças repetem.
2. Diz uma quadra toda e a turma repete.
3. Cada criança diz a quadra na sua vez, com acompanhamento rítmico pelo professor; quem não conseguir, nomeia um colega para o acompanhar.
4. O professor apresenta um objeto que rodopie, à maneira de pião (há umas tampas de baldes de azeitonas circulares que o fazem bem). Cada criança terá a oportunidade de tentar, depois de o professor mostrar como se faz.

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Canções sobre os sentidos

A sentir

[ António José Ferreira ]

A sentir,
a cheirar,
que tens bom olfato
vais mostrar.

A tocar,
a apalpar,
que és bom no tacto
vais mostrar.

A comer,
a mascar,
mostra que lá que tens
bom paladar.

A olhar,
a piscar,
mostra a visão
para o teu par.

A ouvir, a escutar,
Que és bom de ouvido
vais mostrar.

MUSICATIVIDADES
1. O professor diz uma frase e todos repetem.
2. As crianças fazem gestos relacionados com o sentido respetivo enquanto o professor marca o ritmo (titi tá titi tá tiritiri titi titi tá, ou equivalente).

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Na escola dizia

[ António José Ferreira ]

Na escola dizia
um dia
o Edgar:
o sentido da visão
está no meu olhar.

Na escola dizia
um dia
a Beatriz:
o sentido do olfato
está no meu nariz.

Na escola dizia
um dia
o João:
o sentido do tato
está na minha mão.

Na escola dizia
um dia
o Rodrigo:
o sentido da audição
está no meu ouvido.

Na escola dizia
um dia
a Gracinda:
o sentido do paladar
está na minha língua.

Sinto com a minha pele

Sinto com a minha pele,
se me fazes um miminho.
Há quem diga que é o tato,
mas eu sei que é carinho.

Sinto com a minha língua
se um chupa me quer’s dar:
faz bem à nossa amizade
e é doce ao paladar.

Sinto com o meu nariz
quando sou o cozinheiro.
Há quem diga que é olfato
e quem diga apenas cheiro.

Sinto com os meus ouvidos
quando é linda a canção:
inda antes de eu nascer
já tivera uma audição.

Sinto também com olhos
que até chegam a brilhar.
Há quem diga que é visão,
mas eu sei que é gostar.

Tenho olhos

[ António José Ferreira ]

Tenho olhos pequeninos,
mas sou muito bom a ver;
tenho boca pequenina
mas sou ótimo a comer.

Tenho dedos pequeninos,
mas sou bom a escrever;
tenho pernas pequeninas
mas sou rápido a correr.

Tenho nariz pequenino
mas sou ótimo a cheirar;
tenho dedos pequeninos
mas sou ótimo a pintar.

Tenho braços pequeninos
mas sou ótimo a abraçar;
tenho dois pés pequeninos
mas sou bom a caminhar.

Tenho lábios pequeninos
mas sou muito bom a rir;
tenho pernas pequeninas
mas sou rápido a fugir.

Tenho língua pequenina
mas sou ótimo a falar;
tenho duas mãos pequenas
mas sou ótimo a tocar.

Depois de apresentado o texto, o professor diz o primeiro verso de cada dueto e a turma, ou uma criança só, responde com o segundo. Poderão dizer uma ação diferentes da que o professor propôs, desde que faça sentido.

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Tocando guizeira

Canções sobre o corpo humano

Cabeça, tronco e membros

[ António José Ferreira ]

Cabeça, tronco e membros,
com música é que é!
Abana todo o corpo,
o braço, a mão, o pé!

Cabeça, tronco e membros,
ai que bom que será:
abana todo o corpo,
mexe-te todo já.

Cabeça, tronco e membros,
que gira esta cantiga:
uma mão na testa,
a outra na barriga.

Cabeça, tronco e membros,
o ritmo está perfeito:
ponho uma mão nas costas,
a outra está ao peito.

É um esqueleto

[ António José Ferreira ]

É um esqueleto
um esqueleto de brincar.
Como ele gosta
de mexer e de dançar.
Vai um dia ao Baile,
baila, baila com o par.
Deixa lá o fémur:
– Como é que vai andar?

É um esqueleto
um esqueleto de brincar.
Como ele gosta
de sonhar e de pensar.
Vai um dia à China
de avião com o seu par.
Deixa lá o crânio:
– Como é que vai pensar?

É um esqueleto
um esqueleto de brincar.
Como ele gosta
de correr e de saltar.
Vai à maratona
com desejo de ganhar.
Deixa lá a rótula:
– Como vai continuar?

É um esqueleto
um esqueleto de brincar.
Como ele gosta
de comer um bom jantar.
Vai a um restaurante
muito fino à beira-mar.
Deixa lá a mandíbula:
– Como é que vai mastigar?

1. O professor recita de dois em dois versos e as crianças repetem; diz uma quadra e as crianças repetem.
3. Diz depois as quadras seguidas e as crianças movem-se pela sala realçando o osso referido.

Eu fui ao senhor doutor

Eu fui ao senhor doutor,
eu fui ao senhor doutor,
que me disse que eu tenho um tique,
que me disse que eu tenho um tique,
eu tenho um tique,
eu tenho um tique,
tique tique,
tique tique.
[ Dando estalos com ambas as mãos, ou piscar o olho. ]

Eu fui ao Senhor doutor (2 v.)
que mandou mexer as pernas… (2 v.)
Eu tenho um tique (2v.)
tique tique. (2v.)
… mexer a anca… … mexa os braços… … mexa os ombros… … mexer a cabeça…

Acumulam-se os gestos.

MUSICATIVIDADES
O professor recita de forma expressiva e as crianças repetem e fazem gestos cumulativos.

Músculos! Músculos! [ Atividade ]

[ António José Ferreira ]

Músculos! Músculos!
São mais de seiscentos:
É o que diz a anatomia!

Músculos! Músculos!
Se não os tivesse,
Nem os membros eu mexia.

Músculos! Músculos!
Se não os tivesse,
Nem sequer me sentaria.

Músculos! Músculos!
Se não os tivesse,
Como é que eu me ria?

Músculos! Músculos!
Se não os tivesse,
Como é que me aquecia?

Músculos! Músculos!
Se não os tivesse,
Nem falava nem comia!

Músculos! Músculos!
Se não os tivesse,
Em pé não aguentaria.

Músculos! Músculos!
Se não os tivesse,
O esqueleto cairia!

Músculos! Músculos!
Se não os tivesse,
Como é que eu pintaria?

Músculos! Músculos!
Se não os tivesse,
Como é que eu escreveria?

Músculos [ Bola ]

[ António José Ferreira ]

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Como é que eu jogaria?

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Como é que eu fintaria?

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Como é que eu chutaria?

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Como é que eu passaria?

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Como é que eu defendia?

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Nem a bola lançaria.

Tocando guizeira

Tocando guizeira

Músculos [ Desporto ]

[ António José Ferreira ]

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Como é que eu marcharia?

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Como é que eu correria?

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Que troféus levantaria?

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Que flexões é que eu faria?

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Que combates venceria?

Músculos! Músculos!
Se eu não os tivesse,
Nem a taça ergueria!

Saiba mais AQUI!

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Grupo Folclórico de Faro, foto DiariOnline

Baile mandado para crianças

[ Adapt. António José Ferreira ]

Siga a roda, siga o Baile.
Quem é bom encontra par.
Vamos lá mexer os pés,
Vamos todos a bailar.

Instrumental

Já ‘stava parada a roda,
Mas falou o mandador.
Dá estalos com os dedos,
Mostra lá o teu valor.

Instrumental

À direita tu andaste,
À direita ela andou.
Vamos lá pela esquerda
E ninguém se enganou.

Instrumental

Dá um passo para a frente
outro passo para trás.
Baila com muita elegância,
Mostra lá do que és capaz!

Instrumental

Vamos levantar as mãos,
Bater palmas sem parar.
É tão bela a nossa dança
Mas está quase a acabar.

A atividade é inspirada nos bailes mandados tradicionais de Portugal, em que a dança é mandada por um mandador. Pelo meio são introduzidas quadras humorísticas que nem sempre têm a ver com a dança. Entre cada estrofe o professor improvisa em instrumento (quanto mais não seja, um tambor).

Podem-se criar outras quadras para crianças que estejam na sala de aula com a sua disposição habitual.

Grupo Folclórico de Faro, foto DiariOnline

Grupo Folclórico de Faro, foto DiariOnline

Expressão e documento da vida, sentimentos, aspirações e afectos do nosso povo, a canção portuguesa faz parte do património espiritual da nação portuguesa. Mais do que qualquer outra manifestação do nosso temperamento, da nossa cultura, ou das nossas capacidades criadoras, ela nos define e integra na nossa realidade psicológica e social.

[ Fernando Lopes-Graça ]

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Tesouras, foto Freepik

Canções promotoras de segurança na escola e em casa, da autoria de António José Ferreira

Cuidado com a tesoura

Cuidado com a tesoura
para ninguém se cortar.
Também na sala de aula
devemos saber estar.

Cuidado com os agrafos
para ninguém se picar.
Também na sala de aula
devemos saber estar.

[ António José Ferreira ]

Tem cuidado

Tem cuidado, ó colega,
sê uma pessoa prudente:
nunca brinques na estrada,
p’ra não teres um acidente.

Caminhar é pelo passeio
e passar na passadeira.
Nos sinais, passa no verde,
na estrada, vai pela beira.

Tem cuidado, ó colega,
quando em casa tu estás,
com facas e detergentes,
com o fogo e com o gás.

Tem cuidado, ó colega
e não mexas nas tomadas,
nem sequer nos aparelhos
quando as mãos estão molhadas.

[ António José Ferreira ]

MUSICATIVIDADES
1. O professor diz uma quadra e incentiva as crianças a memorizarem.
2. Todos dizem cada quadra, repetindo, se o professor considerar necessário, enquanto percutem um ostinato (titi tá, mão direita na perna direita, mão esquerda na perna esquerda, mão direita no tórax do lado esquerdo).

Tesouras, foto Freepik

Tesouras, foto Freepik

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Alunos que sabem a resposta, foto Freepik

Canções promotoras de atitudes adequadas em sala de aula e na escola em geral da autoria de António José Ferreira

Chegar a horas à Escola

Chegar a horas à Escola,
saber estar e ouvir,
manter a sala arrumada,
ser prestável e sorrir…

Cuidar bem dos instrumentos
p’ra não caírem ao chão
tocá-los com cuidadinho,
sem perder a pulsação.

[ António José Ferreira ]

Falar sempre é que não

Falar sempre é que não
pois não se aprende a lição.
Levantar o dedo, sim!
É bom p’ra ti, é bom p’ra mim.

Ter a mesa suja não
que é uma grande confusão.
Manter limpa a sala, sim!
É bom p’ra ti, é bom p’ra mim.

Brigar c’os amigos, não,
que até perdes a razão.
Ser prestável, isso sim!
É bom p’ra ti, é bom p’ra mim!

Chamar nomes é que não…
Achas que é educação?
Delicado, isso sim,
é bom p’ra ti, é bom p’ra mim.

Fazer troça é que não,
que o colega é como irmão.
Ajudá-lo, isso sim,
é bom p’ra ti, é bom p’ra mim.

[ António José Ferreira ]

Uso as mãos para tocar

Uso as mãos para tocar,
nunca para magoar.
Uso-as para acenar
nunca para arranhar.

Uso os pés p’ra caminhar,
Nunca para estragar.
Uso-os para ir e vir,
Nunca para agredir.

Uso as pernas para jogar,
Nunca para rasteirar.
Uso a boca p’ra falar,
Nunca para ameaçar.

Alunos que sabem a resposta, foto Freepik

Alunos que sabem a resposta, foto Freepik

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Comboio, CP

Poemas/canções de transportes

[ António José Ferreira ]

Se vais sair de carro

Se vais sair de carro,
conduz com atenção.
Não queiras pagar multas
ou ir para a prisão.

Vai sempre com cuidado,
e sê muito prudente.
Velocidade a mais
é causa de acidente.

De mota ou automóvel,
conduz pela direita
e para no vermelho,
o p’rigo está à espreita.

Cuidado co’a bebida
se fores conduzir.
As regras e os sinais,
são mesmo p’ra cumprir.

Vou de bicicleta

Vou de bicicleta
se tenho vagar.

Vou de autocarro
se quero poupar.

Vou de comboio
para relaxar.

Vou de metro
na cidade andar.

Vou de automóvel
c’o pai a guiar.

Vou de navio
em pleno alto mar.

Vou de veleiro
se souber nadar.

Vou de mota de água
para praticar.

A nado não vou eu,
posso não me aguentar.

Vou de avião
p’ra longe chegar.

Vou de helicóptero
se não enjoar.

Vou de foguetão
para alunar.

De foguetão
volto para aterrar.

Comboio, CP

Comboio, CP

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Reco-reco didático, Lenga 2022

Poemas/canções sobre instrumentos

[ António José Ferreira ]

Meu pai acabou o curso

Meu pai acabou o curso
No ano dois mil e um.
Pianista, toca a solo,
Como el’ não há nenhum.

Encontrou uma cantora
No ano dois mil e dois.
Duo de canto e piano
Quiseram formar depois.

Juntou-se um oboísta
No ano dois mil e três.
Meu pai também toca agora
em trio com um francês.

Conheceu uma flautista
No ano dois mil e quatro.
Tem agora o seu quarteto
E até toca no Teatro.

Um trompista entrou no grupo
No ano dois mil e cinco.
São agora um quinteto
E tocam com muito afinco.

Juntou-se um contrabaixista
No ano dois mil e seis.
O sexteto é tão famoso
que até toca para reis.

Entrou uma trompetista
No ano dois mil e sete.
O septeto é conhecido
Mais por causa da trompete.

Juntou-se um baterista
No ano dois mil e oito.
O octeto é famoso,
E o baterista afoito.

Juntou-se uma trombonista
No ano dois mil e nove.
O noneto até tem
crítica que o aprove.

Juntou-se um saxofonista
No ano dois mil e dez.
Decateto, toca em clubes,
Em igrejas e em sés.

MUSICATIVIDADE

Conforme a indicação oral do professor, as crianças organizam-se como intérpretes solistas (solo) ou em duo, trio, quarteto, quinteto, sexteto, septeto, octeto, noneto, decateto. O professor vai improvisando em instrumento de percussão (ou outro). Crianças vai entrando para o agrupamento do professor por ordem alfabética e conforme a quadra fale de intérprete no masculino ou no feminino, e fazem de conta que tocam um instrumento.

No grupo da percussão

No grupo da percussão,
há um reque a raspar
e um bombo divertido
passa o tempo a rufar.

No grupo da percussão
maracas a abanar
e um triângulo de ferro
que gosta de tilintar.

No grupo da percussão
há pratos a entrechocar.
Quando martelar o gongo,
toda a gente vai notar.

No grupo da percussão
clavas estão a tocar
e um lindo pau-de-chuva
o Inverno quer imitar.

MUSICATIVIDADES
Se possível, usam-se os instrumentos referidos, convencionais ou reciclados.

Em forma de jogo, o professor determina 3 locais com a respetiva categoria de instrumentos, eventualmente com arcos de cores diferentes.

Sopro

Corda

Percussão

Tecla

Pele

No exterior ou em sala ampla, as crianças estão dispersas à distância adequada. Recitam ou cantam uma ou mais estrofes. Quando o professor diz “Percussão!”, ou “Sopro”, todos procuram entrar (ou pelo menos colocar um pé) no arco respetivo. E assim sucessivamente. O último a chegar (ou os que não conseguirem) perdem uma de sete vidas previamente dadas a todas as crianças.

O professor pode também dizer verbos como “soprar”, “percutir”, “bater”, “raspar”, dedilhar”, as crianças deslocam-se para o arco respetivo. Ou dizer instrumentos da respetiva categoria (bombo em peles; flauta em sopro; piano em tecla; reco-reco em percussão.

Reco-reco didático, Lenga 2022

reco-reco didático, Lenga 2022

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Ricardo Silva e Vânia Moreira, 2013

Poemas/canções sobre Música

[ António José Ferreira ]

Era um baterista

Era um baterista,
Punha-se a tocar:
Taca taca tum
Taca taca tchã!

MUSICATIVIDADES
1. O professor diz dois versos de cada vez, em andamento moderado, e as crianças repetem.
2. Diz uma quadra toda e a turma repete.
3. Cada criança diz a quadra na sua vez, com acompanhamento rítmico pelo professor; quem não conseguir, nomeia um colega para o acompanhar.
4. As crianças atentam na figuração seguinte:
5. Uma linha longa representa uma pulsação, som longo, se assim quiseres chamar-lhe; no tempo de uma pulsação cabem duas linhas curtas (divisão da pulsação).

Fazer música contigo

Fazer música contigo
dá-me grandes alegrias.
Torna a escola divertida,
faz felizes os meus dias.

Meu amigo toca a solo

Meu amigo toca a solo
E assim gosta de tocar.
Todo o dia ele pratica
P’ra ser espetacular.

Eu queria fazer duo
C’o colega preferido
Para darmos um concerto
E tu ver’s que é divertido!

MUSATIVIDADE
O professor diz os versos, dois a dois, e a turma repete; depois uma quadra e, finalmente as duas quadras.

Quando, no fim das quadras, o professor disser “solo”, “duo”, “trio” ou “quarteto”, as crianças organizam-se como intérpretes a solo (separadas), ou em duo, trio, quarteto. Enquanto o professor não mudar, as crianças fazem de conta que tocam um instrumento no agrupamento respetivo.

Ao formar o grupo, as crianças não correm a abraçar os colegas mas procuram formar o grupo musical tocando como se estivessem em palco. Quando um agrupamento já está completo, não pode receber mais músicos, nem pode haver mudanças. As crianças que ficarem sem agrupamento perdem uma vida.

Ricardo Silva e Vânia Moreira, 2013

Ricardo Silva e Vânia Moreira, 2013

Muito se canta

Adaptações rítmicas e variações sobre a expressão antiga “Muito bem se canta na Sé, uns sentados, outros de pé”

Muito se canta
e toca na sé,
uns sentadinhos
e outros em pé.

Muito se canta
e toca no Porto.
Música triste,
talvez para um morto.

Muito se canta
e toca em Lisboa,
música má
e música boa.

Muito se canta
e toca em Pombal,
uns muito bem
e outros bem mal.

Muito se canta
e toca em Viana,
música sacra
e outra profana.

Muito se canta
e toca em Marvão
velhas cantigas
só para os que estão.

Muito se canta
e toca em Cinfães.
Quem desafina
irrita os cães.

Muito se canta
e toca em Leiria:
ora é tristeza,
ora alegria.

António José Ferreira

Música mexida

Música mexida,
Música maluca,
Música que toco
Com as mãos na darabuca.

Música tocada,
Música vocal,
Música que lembra
Um momento especial.

Música do mundo,
Música amiga,
Música que faço
Quando canto uma cantiga.

Música em concerto,
Música na rua,
Festa na aldeia
Ou serenata à luz da lua.

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