Recursos e textos de apoio à Expressão Musical no 1º Ciclo do Ensino Básico

Quadras e brincadeiras cantadas ou recitadas da autoria de António José Ferreira

CAI A CHUVA

Cai a chuva lá de cima
E o tempo está frio.
A chover assim uns dias
Há-de transbordar o rio.

MUSICATIVIDADES
1. O professor diz a quadra com expressividade e as crianças imitam.
2. Quem já sabe de cor, sem se enganar?
3. Se alguém tem dificuldade, escolhe um colega para ajudar e dizer juntamente.
4. As crianças recebem do professor uma tampa de plástico (de baldes de azeitona, por exemplo).
5. As que primeiro aprendem a rima recebem primeiro o “chapéu de chuva” e começam a mover-se pela sala.
6. Com a tampa sustentada pelo polegar (ou na cabeça) movem-se na sala no andamento que o professor imprimir, sem deixar cair e sem chocar com os colegas.

CANTO À BEIRA-MAR

Canto à beira-mar
junto ao pinhal.
Que bom respirar
ar com cheiro a sal!

Se aperta o calor
quando é Verão,
sombra e frescura
ótimas serão.

Numa bela mata
se o fogo lavrar,
sombra e frescura
irão acabar.

Matas e florestas
vamos proteger
para haver saúde,
riqueza e prazer.

MUSICATIVIDADES
1. O professor diz dois versos e as crianças repetem.
2. Diz uma quadra e as crianças repetem.
3. Enquanto as crianças recitam, marcam a pulsação com pequenas pedras do mar ou pinhocras (pinhas abertas que friccionam).

CHOVE AGORA, CHOVE LOGO

Chove agora, chove logo,
está o vento a soprar!
Olho p’la minha janela,
quero ver o sol brilhar!

É inverno, está frio,
está quase a nevar.
Aproveito ainda um pouco
p’ra no pátio brincar.

Tem cuidado com a água,
não podes brincar assim!
Não és pato. Se te molhas
logo à noite é “atchim!”

MUSICATIVIDADES
1. O professor lê dois versos e as crianças repetem.
2. Lê uma quadra e a turma repete.
3. Lê o texto todo e as crianças fazem gestos.
4. As crianças estão numa roda. Uma criança tem um pau de chuva que toca durante uma quadra, passando então ao colega do lado (da esquerda ou da direita, conforme o professor estabelecer.

QUANDO AS NUVENS SÃO ESCURAS

Quando as nuvens são escuras
Um sinal me estão a dar:
Minha capa e guarda-chuva
Eu preciso de levar.

Olho as nuvens carregadas
E percebo o seu aviso:
– Leva capa e carapuço!
Não te molhes, tem juízo!

[ António José Ferreira ]

MUSICATIVIDADES
1. As crianças estão em círculo, ou à volta de uma mesa, ou sentadas no chão se o conforto do espaço o permitir.
2. O professor diz lentamente um verso e todos repetem. Depois outro, e assim sucessivamente.
3. O professor tem uma vara (de vassoura, reutilizada, por exemplo) e entrega-a a uma criança.
4. De forma mecânica, sem perder a pulsação, a criança que tem a vara, passa-a ao colega, no sentido dos ponteiros do relógio, ou em sentido contrário.
5. Se necessário, voltam a fazer-se exercícios prévios e dá-se mais atenção a quem tem dificuldades.

Chuva

Chuva

Canções de higiene e cidadania

A assimilação de regras de higiene e cidadania através de brincadeiras cantadas e tocadas na infância é uma das formas mais eficazes de internalizar comportamentos sociais e de saúde.

Higiene:

Cantar sobre lavar as mãos, escovar os dentes ou tomar banho transforma tarefas repetitivas em rotinas divertidas e memoráveis. A música serve como mnemónica, ensinando a sequência correta e o tempo necessário para a ação (ex: cantar a canção inteira enquanto esfrega as mãos). Quando a canção é acompanhada de instrumentos (percussão ou palmas), o ritmo reforça o tempo da tarefa, tornando o processo de higiene um ritual positivo.

Cidadania:

As brincadeiras cantadas fornecem o contexto emocional e o vocabulário para os conceitos. Ao dramatizar as ações através de canções e jogos de movimento, as crianças praticam a cidadania. O aspeto lúdico reduz a resistência à autoridade e promove o sentido de comunidade, essencial para a formação de indivíduos responsáveis e empáticos. O movimento e a música garantem que as regras se tornem hábitos internalizados e automáticos, e não apenas ordens a serem seguidas.

Um copo com água

[ Autor desconhecido ]

Um copo com água,
uma escova e pasta
p’ra lavar os dentes
é o que me basta.

‘Sfrego, ‘sfrego, ‘sfrego,
muito esfregadinho:
Com os dentes lavados,
que rico cheirinho!

As crianças estão à volta de uma mesa. Cada uma tem o seu copo reutilizado, como uma tampa de amaciador da roupa. Na primeira sílaba sublinhada de cada verso da primeira quadra agarram o copo e passam ao colega da direita. Na segunda estrofe esfregam o copo na mesa mantendo a pulsação.

Lava as mãos antes do almoço

1. Junte quatro tampas de balde de azeitona ou tremoço, por exemplo, que pedirá numa frutaria grande. Vão dar-lhe jeito para fazer vários jogos, incluindo para lançar o disco. As tampas representam, neste caso, a pulsação (de som ou de silêncio). Em casa, se não tiver estas tampas, use pratos normais, ou taças. Recicle também oito ou mais frascos de iogurte que não rolem, para representarem o ritmo. Se não tiver frascos de iogurte, pode usar rolhas, tangerinas, castanhas.

2. Sobre uma mesa, alinhe as quatro tampas. Coloque um frasco de iogurte na primeira tampa e outro na terceira. Na tampa/pulsação com frasco, bate-se uma palma; na pulsação/tampa sem frasco, leva-se o indicador aos lábios, ou faz-se de conta que se bate palmas. O primeiro ritmo para acompanhar a canção poema seguinte é: tá sh tá sh.

3. A criança diz uma quadra, uma, duas, três vezes, com ajuda do adulto.

Lava as mãos antes do almoço, lava-as bem, tem juízo; e no fim escova os dentes, ‘sfrega e lava, que é preciso.

Lava as folhas da alface e as uvas, tem juízo; mas o queijo e a banana, não laves, não é preciso.

Lava a pera, a maçã e as cerejas, tem juízo; mas a noz e a romã, não laves, não é preciso.

Lava as uvas e ameixas bem lavadas, tem juízo; melancia e melão, não laves, não é preciso.

[ Indicado para o Dia Mundial da Alimentação, a 16 de outubro; Dia Mundial da Higiene das Mãos ]

Concebidos para a família com os seus recursos, “Jogos musicais em casa” podem ser realizados também na escola por técnicos e professores de “Música Adaptada” e “Oficina dos Sons Adaptada”.

António José Ferreira

Representação de ritmo

Representação de ritmo com tampas e frascos

Lava as mãos e desinfeta

A turma está na disposição habitual. Um voluntário tapa os olhos com as mãos. A criança que o professor apontar, diz a frase: “Lava as mãos e desinfeta e o vírus não te afeta!” Aquele que tem os olhos vendados deve dizer quem falou. Se acertar, nomeia o novo jogador jogador; se não descobrir, é o professor que o nomeia.

Lavar as mãos

Lavar as mãos

Gonçalo, toma banho!

– Gonçalo, toma banho!
– Ó Mãe, eu já tomei!
– Quando tomaste banho?
– Ó Mãe, eu tomei ontem!

– Tomaste, tomas e tomarás!
Tomaste, tomas e tomarás!

– Gonçalo, lava a as mãos!
– Ó Mãe, eu já lavei!
– Quando lavaste as mãos?
– Ó Mãe, eu lavei ontem!

– Lavaste, lavas e lavarás!
Lavaste, lavas e lavarás!

– Gonçalo, lava os dentes!
– Ó Mãe, eu já lavei!
– Quando lavaste os dentes?
– Ó Mãe, eu lavei ontem!

– Lavaste, lavas e lavarás!
Lavaste, lavas e lavarás!

[ António José Ferreira ]

MUSICATIVIDADE

As meninas fazem o papel de mãe e os meninos o de “Gonçalo”.

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

Saiba mais na Reciclanda e contacte-nos:

António José Ferreira:
962 942 759

Canções para a saúde

Práticas saudáveis e educação para a cidadania

Ritmo e poesia e canções infantis sobre práticas saudáveis são um dos métodos mais eficazes e afetivos em Educação para a Saúde na infância. A natureza lúdica e rítmica da música facilita a memorização e a assimilação de bons hábitos, destacando o papel de rotinas como lavar as mãos, escovar os dentes ou comer frutas e vegetais.

O ritmo e as rimas atuam diretamente no desenvolvimento cognitivo e linguístico, enquanto a repetição fortalece a consciência corporal. Mais importante, a música cria uma associação positiva com o bem-estar. Canções sobre alimentação saudável ou higiene pessoal ajudam as crianças a fazerem escolhas conscientes e a compreenderem o impacto destas práticas na sua saúde e energia, contribuindo para a prevenção de doenças e para a formação de um adulto mais autónomo e responsável pelo seu corpo.

A música é uma ponte que liga o conhecimento à emoção, garantindo que as práticas saudáveis se tornem parte integrante e duradoura do quotidiano infantil.

Andar co’ a mochila

Andar co’ a mochila
abaixo da cintura?
Não, não, obrigado!
Não é boa postura!

Mochila num só ombro
Ou levada p’la mão?
Não, não, obrigado!
É fraca solução.

Manter a coluna
Curvada ao andar?
Não, não, obrigado!
Não é p’ra imitar!

Ainda está vazia
E já está pesada?
Não, não obrigado!
Mochila inadequada!

[ António José Ferreira ]

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

Saiba mais na Reciclanda e contacte-nos:

António José Ferreira:
962 942 759

Lava as folhas da alface

Lava as folhas da alface
e as uvas, tem juízo;
mas o queijo e a banana,
não laves, não é preciso.

Lava a pera, a maçã
e as cerejas, tem juízo;
mas a noz e a romã,
não laves, não é preciso.

Lava as uvas e ameixas
bem lavadas, tem juízo;
melancia e melão,
não laves, não é preciso.

Lava as mãos antes do almoço,
lava-as bem, tem juízo;
e no fim escova os dentes,
‘sfrega e lava, que é preciso.

O pai manda sair da cama.

O pai manda sair da cama.
Fai quello che dice papà.

A mãe manda lavar a cara.
Fai quello che dice mamma.

O pai manda vestir a roupa.
Fai quello che dice papà.

A mãe manda tomar o leite.
Fai quello che dice mamma.

O pai manda lavar os dentes.
Fai quello che dice papà.

A mãe manda ver-se ao espelho.
Fai quello che dice mamma.

O pai manda ir para a escola.
Fai quello che dice papà.

A mãe manda estar atento.
Fai quello che dice mamma.

[ António José Ferreira ]

As crianças estão dispersas pela sala, à distância adequada umas das outras. O professor diz um verso sobre uma atividade diária e as crianças fazem o gesto adequado, enquanto o professor diz a frase em italiano. As crianças estão atentas para ouvirem bem e fazerem o gesto seguinte.

Olá, bom dia

Olá, bom dia,
Ó Senhor Doutor.
Veja o meu ouvido
Que tenho uma dor.

As crianças estão sentadas aos pares, sendo uma o médico, outra o paciente. Quando o professor canta, com um ou mais voluntários, as crianças estão atentas. Quando o professor improvisa em percussão – durante 8 compassos – , doente e médico falam baixo, como se estivessem num consultório médico.

Testa . Olhos . Ouvidos . Nariz . Garganta . Dentes . Peito . Costas . Barriga . Perna . Pé

Quem quiser dançar melhor

Quem quiser dançar melhor,
vai a casa do José.
Ele pula, ele roda,
ele mexe bem o pé.

[ Tradicional do Brasil ]

Quem quiser dançar melhor
Vai a casa da Bianca.
Ela pula, ela roda,
Ela mexe bem a anca.

Quem quiser dançar melhor,
vai a casa do João.
Ele pula, ele roda,
ele mexe bem a mão.

[ António José Ferreira ]

MUSICATIVIDADES
1. O professor recita e as crianças repetem.
2. As crianças movem-se ao som da voz e do ritmo do professor.
3. Uma criança dança à frente e os colegas imitam-no.

Saudável, saudável

Saudável, saudável,
é lavar bem as mãozinhas,
comer futas e legumes,
peixes, carnes e sopinhas.

Saudável, saudável
é lavar bem os seus dentes,
e vestir conforme os dias,
roupas frescas ou mais quentes.

Saudável, saudável
é ter postura correta,
caminhar pelo passeio
e andar de bicicleta.

Saudável, saudável
é fazer atividades,
e não abusar dos doces
e não fazer mais maldades.

[ António José Ferreira ]

Visto a camisola

Visto a camisola,
nunca me esqueço.
Cuido que não fique
vestida do avesso.

Olho a minha mãe,
vejo como faz.
Ela nunca veste
a frente para trás.

Visto as minhas calças,
sou experiente.
Cuido que não fique
o rabo para a frente.

Vejo o meu primo
que tem muito jeito.
O sapato esquerdo
não vai p’ra o pé direito.

1. As crianças memorizam as duas primeiras quadras.
2. O professor propõe um jogo: as crianças tiram a camisola e voltam a vesti-la durante o tempo que medeia o início e o fim das quadras.
3. O último a vestir a camisola vestirá outra vez para praticar.

A lavar as mãos

A lavar as mãos

Os três porquinhos

“Os Três Porquinhos” é um conto popular com características de fábula, pois utiliza animais com comportamento humano para transmitir uma clara moral da história: a importância da diligência, do trabalho árduo e da previsão para garantir a segurança. Contos e fábulas são uma ferramenta valiosa em Educação para a Cidadania.

Três porquinhos viviam felizes na casa da mãe, que fazia tudo pelos filhos. Dois deles não a ajudavam em nada, e o terceiro sofria com isso.

Certo dia, a mãe chamou os porquinhos e disse:

– Queridos filhos, vocês estão muito grandes. É hora de terem mais responsabilidades. A partir de hoje, vão morar sozinhos.

A mãe preparou um lanche reforçado e dividiu o dinheiro pelos filhos, para poderem comprar material e construírem uma casa.

Era um dia de sol. A mãe porca despediu-se dos seus filhos:

– Tenham cuidado e sejam sempre unidos!

Os porquinhos foram pela floresta em busca de um bom lugar para fazer a casa. Porém, no caminho começaram a discordar sobre o material que usariam. Cada porquinho queria usar um material diferente. O primeiro porquinho, preguiçoso, disse:

– Não quero muito trabalho! Dá para construir uma boa casa com palha, e sobra dinheiro para comprar outras coisas.

O porquinho mais sábio advertiu:

– Uma casa de palha não é segura.

O outro porquinho preguiçoso, o irmão do meio, sugeriu:

– Prefiro uma casa de madeira, é mais resistente e prática. Quero ter tempo para descansar e brincar.

– Uma casa toda de madeira também não é segura – comentou o mais velho – Como te vais proteger do frio? E se um lobo aparecer, como vai te vais proteger?

– Eu nunca vi um lobo por estas bandas e, se fizer frio, acendo uma fogueira! – respondeu o irmão do meio.

– Já que cada um vai fazer uma casa, eu farei uma casa de tijolos. Só quando acabar é que irei brincar convosco. – Respondeu o mais velho.

O porquinho trabalhador pensava na segurança e no conforto; os mais novos preocupavam-se em poupar no trabalho.

– Não há perigo que justifique fazer uma casa de tijolo. – Disse um dos preguiçosos.

Cada porquinho escolheu um canto da floresta para a sua casa. Contudo, as casas acabaram por ficar próximas. O Porquinho da casa de palha, comprou a palha e em poucos minutos fez a morada. Já estava a descansar quando o irmão do meio, que tinha construído a casa de madeira chegou chamando-o para ver a sua casa.

Ainda era manhã quando os dois porquinhos se dirigiram para a casa do mais velho.

– Ainda não acabaste?! Ainda nem vais a meio! Nós vamos almoçar e depois brincar. – disse, irónico, o porquinho do meio.

O mais velho não ligou aos comentários e continuou a trabalhar, preparando cimento e assentando tijolos.

Três dias depois, a casa estava pronta! Os dias foram passando, até que um lobo percebeu que havia porquinhos na floresta. Com a barriga a roncar de fome, o animal só pensava em comer porco. Foi então bater à porta do porquinho mais novo, o da casa de palha. Antes de abrir a porta olhou pela janela e, ao ver o lobo, começou a tremer de medo.

O Lobo bateu mais uma vez, o porquinho então, resolveu tentar intimidar o lobo:

– Vá embora! Só abrirei a porta ao meu pai, o grande leão! – mentiu o porquinho cheio de medo.

– Leão é? Não sabia que um leão era pai de um porquinho. Abre já essa porta. – Disse o lobo com um grito assustador.

O porquinho ficou quieto, a tremer de medo.

– Se não abrires por bem, abrirei à força. Vou soprar forte e a tua casa vai pelos ares.

O porquinho ficou desesperado, mas continuou resistindo. O lobo soprou uma vez e nada aconteceu; soprou novamente e a casa voou. O porquinho desesperado correu em direcção à casinha de madeira do irmão.

O lobo correu atrás dele. Quando chegou, o porquinho viu o irmão na varanda.

– Corre, corre! Entra para casa! O lobo vem aí! – gritou desesperado e a correr. Os porquinhos entraram a tempo, e o lobo chegou a seguir batendo com força na porta. Os porquinhos tremiam de medo. O lobo então bateu na porta dizendo:

– Porquinhos, deixem-me entrar um pouco!

– Nunca, Lobo! Vai embora e deixa-nos em paz. – disseram os porquinhos.

– Então vou soprar e farei a casa voar. O lobo, furioso, encheu o peito de ar, soprou forte contra a casinha de madeira que não aguentou. Os porquinhos aproveitaram a falta de fôlego do lobo e correram para a casinha do irmão mais velho. Chegando lá, pediram ajuda.

– Entrem, deixem esse lobo comigo! – disse o porquinho mais velho.

O lobo chegou e voltou a atormentá-los:

– Porquinhos, porquinhos, deixem-me entrar um pouco!

– Espera sentado, lobo mentiroso. – respondeu o porquinho mais velho.

– Já que é assim, preparem-se para correr. Em poucos minutos a casa vai pelos ares!

O lobo encheu os pulmões de ar e soprou contra a casa de tijolos, que nada sofreu. Soprou mais forte e… nada! Resolveu atirar-se contra a casa na tentativa de derrubá-la. Mas nada abalava a casa. O lobo resolveu voltar para a toca e descansar até o dia seguinte. Os porquinhos assistiram a tudo pela janela do andar superior da casa. Os mais novos comemoraram quando perceberam que o lobo foi embora.

– Calma! Não comemorem ainda! O lobo é esperto, não desistirá facilmente. – Advertiu o porquinho mais velho.

No dia seguinte, bem cedo, o lobo estava de volta à casa de tijolos, disfarçado de vendedor de frutas.

– Quem quer frutas fresquinhas? – gritava o lobo enquanto se aproximava. Os porquinhos mais novos ficaram com muita vontade de comer maçãs e iam abrir a porta quando o irmão mais velho disse:

– Nunca passou por aqui ninguém a vender nada… Não é estranho que depois de aparecer um lobo, apareça um vendedor?

Os irmãos acreditaram que era um vendedor, mas resolveram esperar. O lobo disfarçado bateu novamente na porta e perguntou:

– Frutas fresquinhas, quem vai querer?

Os porquinhos responderam:

– Não, obrigado.

O lobo insistiu:

– Não precisam de dinheiro, é um presente.

– Muito obrigado! Não queremos! Temos muitas frutas aqui!

O lobo furioso revelou-se:

– Abram logo, poupo um de vocês!

Os porquinhos nada responderam e ficaram aliviados por não terem caído na mentira do falso vendedor.

De repente ouviram um barulho no tecto. O lobo havia encostado uma escada e estava a subir pelo telhado. Imediatamente o porquinho mais velho aumentou o fogo da lareira, na qual cozinhava uma sopa de legumes. O lobo desceu pela chaminé com a intenção de surpreender os porquinhos, e caíu na panela de sopa a ferver.

– A-úúúúúúú!- Uivou o lobo, correndo em direção à porta. Nunca mais foi visto por aquelas terras.

Os três porquinhos decidiram morar juntos daquele dia em diante. Os mais novos concordaram que era importante trabalhar.

Pouco tempo depois, a mãe dos porquinhos, cheia de saudades, foi morar com os filhos. Todos viveram felizes na casinha de tijolos.

Três Porquinhos

Três Porquinhos

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

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Histórias do Burro

Contos populares com características de fábula, utilizando animais com comportamento humano para transmitir uma clara moral da história, são uma ferramenta valiosa em Educação para a Cidadania.

O burrinho e as estações

No Inverno, o burrinho cansou-se da neve, da chuva e do frio:

– Nunca mais chega a Primavera… Então poderei passear e comer erva fresca! Agora passo o tempo no estábulo… Ai que saudades da Primavera!

A Primavera chegou e dono carregou-o com sementes e estrume para o campo.

E o burrinho começou a dizer:

– Nunca mais chega o Verão… para comer erva com abundância, apanhar sol e ir para a sombra quando quiser. Ai que saudades do Verão!

O Verão chegou e o dono carregou-o de erva, feno e sacos de fruta.

E o burrinho dizia:

– Nunca mais chega o Outono… então poderei descansar e não andarei tão carregado ao calor do sol. Ai que saudades do Outono!

Chegou o Outono e o dono carregava-o de lenha para o tempo para fazer comida no Inverno.

O burrinho percebeu:

– Bem… o melhor é realmente o Inverno. Pode chover ou nevar, mas ao menos posso dormir à vontade e ficar sossegado em casa.

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

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O burrinho e os livros

O burrinho adorava ser livre e passear pelos campos. Depois da primeira semana de aulas, disse:

– A escola é aborrecida. Aprender tudo o que está nos livros cansa muito. Vou faltar.

Meses depois disse para consigo:

– Vou comer os livros e assim fico a saber tudo mais depressa do que indo à escola.

Assim fez.

Achou que já sabia tudo e foi à escola mostrá-lo aos colegas.

– Então, N., nunca mais vieste à escola…

– Mas olha que tenho aprendido à mesma… – disse o burrinho.

Os colegas disseram:

– Diz lá então o alfabeto…

Quando abriu a boca, só lhe saiu:

– I-hó! I-hó! I-hó!…

Os amigos desataram à gargalhada e disseram com ar de troça:

– Olha, olha, já sabe duas vogais…

O burrinho foi triste para casa dizendo:

– Os colegas troçaram de mim… o melhor é ir sempre à escola e a fazer os trabalhos de casa.

O burrinho e o cavalo

Um burrinho e um cavalo iam pela estrada, à frente do dono. O cavalo não levava carga, enquanto o burro ia muito carregado.

– Ajuda-me, cavalo, que daqui a pouco eu não aguento…

– Nem penses. O dono não me deu carga para levar. – respondeu o cavalo.

Já sem força, o burro caiu e não conseguia levantar-se.

– O burro não aguenta mais. Vou pô-lo em cima do cavalo. – disse o dono para consigo.

E assim fez. Colocou o burro e a sua carga em cima do cavalo.

O cavalo aprendeu, dizendo para consigo mesmo:

– Realmente, ajudar não custo muito e faz muito bem.

Adaptado de autores desconhecidos

Burro, planalto mirandês

Burro, planalto mirandês

Fábulas em verso

Fábulas cantadas ou declamadas, versificadas por António José Ferreira, ferramenta de Educação para a Cidadania

As fábulas em verso para crianças possuem uma inestimável importância pedagógica.  São uma ferramenta de educação para a cidadania, incutindo valores e contribuindo para o desenvolvimento da linguagem e do pensamento crítico. Acompanhadas de percussão corporal ou de instrumentos feitos de materiais reutilizados, a sua relevância aumenta ainda mais.

O formato em verso e a presença de personagens animais com atitudes humanas cativam as crianças, facilitando a memorização e o prazer pela leitura. A musicalidade e o ritmo da poesia ajudam no desenvolvimento da competência linguística, expandindo o vocabulário e aprimorando a compreensão textual e a expressão oral.

No campo ético-moral, a “moral da história” no final de cada fábula é uma ferramenta didática. De forma simples e de fácil assimilação, as narrativas introduzem dilemas e situações que estimulam a reflexão sobre o bem e o mal, promovendo a aquisição de valores essenciais como empatia, solidariedade, responsabilidade, justiça e perseverança (e criticando a vaidade, a ganância e a injustiça).

Ao explorar as emoções e as escolhas dos personagens, as fábulas fortalecem o sentido crítico e a inteligência emocional da criança, preparando-a para compreender e lidar com as complexidades das relações sociais de maneira humanizada e consciente.

A cigarra e a formiga

Fábulas adaptadas e escritas em verso por António José Ferreira

Durante todo o Verão,
que bem cantou a cigarra;
de dia, ‘stava na praia,
à noite, ia para a farra.

Ficou no campo a formiga,
pensando no seu celeiro.
O esforço do seu trabalho,
rendeu-lhe um bom mealheiro.

O Inverno só trouxe frio
e nada para comer:
à porta do formigueiro
foi a cigarra bater.

– Durante todo o verão
cantei p’ra te alegrar:
dá-me um pouco de comida
para eu poder jantar.

– Enquanto te divertias,
eu ‘stava a trabalhar.
Cantavas todos os dias,
agora vai lá dançar.

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

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962 942 759

A rã e a vitela

Uma rã, que era invejosa,
viu no campo uma vitela,
admirou o seu tamanho
e quis ser igual a ela.

Deixou logo o seu charquinho,
começou a engordar,
tanto era o seu desejo
de à vitela se igualar.

A rã perguntava às outras
se já era grande e bela,
mas estava muito longe
do tamanho da vitela.

Tanto a rã inchou de inveja
que um dia rebentou:
não foi uma rã feliz
nem à vaca se igualou.

A raposa e a cegonha

Certo dia, a raposa
foi visitar a cegonha,
e o que ela fez depois,
diga-se, é uma vergonha.

Convidou a sua amiga
para um belo jantar
e pensou numa partida
p’ra da cegonha zombar.

A cegonha foi a casa
da sua amiga raposa
e no prato, a comida,
estava deliciosa.

A raposa comeu bem,
nem por isso a cegonha,
porque aquele prato raso
para o bico é uma vergonha!

A cegonha agradeceu
e pensou retribuir.
Convidou D. Raposa
para a sua casa ir.

Fez uma sopa de carne
que era um manjar perfeito
e serviu o seu petisco
num jarro bastante estreito.

A raposa comeu pouco
e ficou aborrecida.
A cegonha, afinal,
devolveu-lhe a partida.

As queixas do pavão

Lamentava-se o pavão
de não cantar nada bem,
de não ter a voz bonita
que o rouxinol sempre tem.

– Não reclames – disse Deus -,
pavãozinho despeitado!
Não vês que, p’las tuas cores,
és famoso em todo o lado?

Cada um tem seu encanto:
a águia tem a coragem,
o melro tem o seu canto,
o pavão, rica plumagem.

A ave compreendeu:
não se podia queixar.
Ninguém é perfeito em tudo,
em tudo há que se alegrar.

O corvo e a raposa

No ramo de um arbusto,
o corvo mostrava um queijo:
a raposa aproximou-se
atraída p’lo desejo.

Muito esperta, a raposa
foi o corvo elogiar,
suas penas e seu canto,
e até a forma de andar.

Cego pelo seu orgulho,
o corvo pôs-se a cantar:
o queijo caiu do bico
e à raposa foi parar.

O esquilo e as avelãs

Muitas nozes e avelãs
tinha o Senhor Esquilo:
lembrou-se de partilhar
alguns frutos do seu silo.

Pegou na melhor bandeja,
para as nozes of’recer,
e mandou o seu filhote
ao vizinho, a correr.

Quando viram a bandeja
os olhos do seu vizinho,
nem se lembraram das nozes
of’recidas com carinho.

Nem o esquilo viu de volta
a bandeja preferida,
nem na casa do vizinho
houve prenda parecida.

O pescador e o peixinho

Havia um pescador,
um pescador havia.

Um dia foi à pesca,
foi fraca a pescaria.

Pescou só um peixinho,
levou-o à Maria.

Quando chegou a casa,
ouviu o que não queria.

– Se fosse um peixe grande,
que almoço não daria!

– O peixe é pequenino
e muito cresceria!

José pegou no balde,
deitou o peixe à ria.

O veado e os amigos

No meio de uma floresta,
um veado adoeceu.
Um grupo dos seus amigos
foi ver o que aconteceu.

Foram para socorrê-lo,
ou talvez o consolar,
para cumprir o dever
de o amigo ajudar.

No fim da sua visita,
tiveram um bom repasto:
e da erva do veado,
quase não deixaram rasto.

Com pouco alimento perto,
aquele velho veado,
morreu ainda mais cedo,
infeliz, esfomeado.

A fábula mostra que…

Um amigo que não presta
E uma faca que não corta,
Que se percam pouco importa.

Provérbio

O velho rei da selva

O leão, o rei da selva,
perdeu forças e poder:
tornou-se apenas um velho
preparado p’ra morrer.

Os burros davam-lhe coices
e os lobos davam dentadas;
gazelas faziam troça
e os bois davam cornadas.

Mal conseguia rugir
o cansado rei leão:
chegara a hora de os fracos
lhe poderem dizer não.

A fábula mostra que…

Em leão morto até cãezinhos dão dentadas.
(Provérbio latino)

Leão

Leão

O lobo e o capuchinho

Um dia, o Senhor Lobo
que andava a passear,
avistou o Capuchinho
e foi logo perguntar:

– Aonde vais, ó menina,
com essa linda cestinha?
– Vou levar um bolo e mel
à minha rica avozinha.

Mais depressa foi o lobo
à casa da avozinha
enquanto ia praticando
falar com voz de netinha.

(Alguém bate à porta)

– Quem está a bater à porta?
– É a tua qu’rida netinha.
– Ai meu Deus, é o lobo mau.
– Não te como, avozinha.

(Entretanto, o Capuchinho Vermelho chega a casa da avó e vai ter com ela.)

– Que grandes são os teus olhos!
– São para te observar!
– Que grande é o teu nariz!
– É p’ra melhor te cheirar!

– Que fofas as tuas mãos!
– São p’ra melhor te tocar!
– Que grande é a tua boca!
– É p’ra melhor te beijar!

“Capuchinho Vermelho é um conto de fadas clássico, cujas origens podem ser traçadas a fábulas europeias do século X. O nome do conto vem da protagonista, uma menina que usa um capuz vermelho. Publicada pela primeira vez pelo francês Charles Perrault, e depois pelos Irmãos Grimm (da versão mais conhecida), o conto sofreu inúmeras adaptações, mudanças e releituras da cultura popular mundial, é uma das fábulas mais conhecidas de todos os tempos em todo o mundo.” (Wikipédia)

Os meninos e as rãs

Dois colegas de turma iam a pé para a escola e entretinham-se às vezes a fazer asneiras. Certa manhã, o Bruno viu o Hélio e disse:

– Hélio, espera por mim!

– Despacha-te, Bruno…

Quando chegaram à ponte, puseram-se a olhar o rio e a ver os peixes.

– Olha rãs… Vamos atirar-lhes pedras? – disse o Hélio.

– Grande ideia… – disse o colega. E atirou uma pedra que estava no chão.

– Olha maçãs… vamos atirar maçãs…

– Come esta maçã que faz-te bem à saúde! – disse o Bruno, achando que tinha muita piada.

A professora ia de carro e disse para consigo:

– Ah, estes são os meus alunos Bruno e Hélio… Que estarão a fazer?… Coisa boa não será… Atirar pedras aos peixes… Vão já ver o que é doce…

E foi para a escola.

Os alunos chegaram e bateram à porta:

– Entrem…

– Bom dia, Senhora Professora…

– Bom dia! Divertiram-se muito no caminho?

– Sim, Professora…

– Pois agora vão divertir-se muito mais! – disse ela com ironia.

– Que bom… – responderam os meninos…

– Digam comigo:

– Quem maltrata um animal,

Tem castigo especial!

A professora deu-lhes um papel e disse:

– Copiem 50 vezes!

– 50 vezes?!
– Isso mesmo! – confirmou a professora.

Enquanto isso, os outros meninos da turma diziam à maneira de rap:

– Quem maltrata um animal,
tem castigo especial!

Quadras sobre animais que têm competência de salto
  1. Lê dois versos de cada vez, em andamento moderado; depois diz de cor (de memória). Lê cada quadra inteira; depois, di-la de cor.

As crianças estão num espaço amplo, de preferência ao ar livre, entre uma linha de partida e uma linha de chegada. Depois de cantarem, ou recitarem em conjunto, as crianças dão três saltos tendo de cair sempre com os pés fixos ao chão. O vencedor é o que for mais longe, ganhando 100 pontos.

Para saltar mais mais longe, de um salto só, com os pés fixos ao chão, em direção a uma meta ou no próprio lugar. Os jogos testam a atenção e concentração, desenvolvendo a atenção ao outro não chocando com ele, aplicando conhecimentos do Estudo do Meio.

“Animais que saltam” promove o desenvolvimento cognitivo, psicomotor e socioafetivo. A cantar ou recitar, destacando palavras ou sílabas.

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

Saiba mais na Reciclanda e contacte-nos:

António José Ferreira:
962 942 759

Raposa

Salta o lobo e a raposa,
mais ainda o canguru.
Salta o gato, o leopardo,
salta a pulga. Saltas tu?

Raposa saltando

Raposa saltando

Lémur

Salta a chita e o lémur,
salta o gerbo e o koala.
Salta o esquilo e a lebre.
Também salta a impala!

Lemur saltando

Lemur saltando

Cabra

Salta a cabra da montanha
sem ter medo de arriscar.
Começou em pequenina
a dar saltos de brincar.

Cabra juvenil saltando

Cabra juvenil saltando

Gazela

Salta o puma e o macaco,
salta o tigre e o leão.
Salta a cabra e a gazela,
mas o elefante não.

Gazela saltando

Gazela saltando

Macaco-aranha

De uma árvore p’ra outra
o macaco está a saltar.
Quem não conseguir dar saltos
não se pode alimentar!

Macaco-aranha, créditos Ivan Kuzmin/ShutterStock

Macaco-aranha, créditos Ivan Kuzmin/ShutterStock

Chita

É veloz como ninguém,
tem um corpo muito esguio.
Com o impulso que ela dá
salta um pequeno rio.

Chita saltando

Chita saltando

Pode fazer-se na sala de aula, saltando em tu, por exemplo; ou nos versos que rimam. Neste caso, quem saltar mal ou fora de tempo perde uma de 7 vidas previamente dadas a todos.

[ António José Ferreira ]

Canções de localização

Dinâmicas musicais de localização, concentração, movimento e catalogação

As dinâmicas musicais (cantadas ou acompanhadas e instrumentos) são cruciais na infância por ativarem simultaneamente várias áreas de desenvolvimento.

Localização e orientação espacial:

Atividades que pedem à criança para se mover e interagir com o espaço ajudam a construir o esquema corporal e a perceção espacial. O som pode servir de guia, reforçando a lateralidade e a noção de localização.

Concentração e escuta ativa:

Seguir uma melodia, um ritmo ou a letra de uma canção exige um esforço sustentado de atenção. As dinâmicas musicais treinam a concentração, a capacidade de inibir distrações e a escuta ativa – competências essenciais para a aprendizagem formal.

Movimento e expressão corporal:

O movimento inerente às dinâmicas desenvolve a coordenação motora, o equilíbrio e o controlo do corpo. Permite a expressão de emoções e sentimentos de forma não verbal, fundamental para a saúde mental.

Catalogação (organização cognitiva):

Canções de categorização ajudam as crianças a catalogar e a sequenciar informações. A música oferece uma estrutura rítmica que organiza o pensamento, ensinando a classificar o mundo e a criar ordem mentalmente.

Arrumar a casa

[ António José Ferreira ]

Arrumar a tua casa,
arrumar a tua mesa
é estares preparado
a trabalhar com destreza.

JOGO

A casa é composta por 4 divisões (4 arcos de 4 cores diferentes). Cada grupo de crianças tem à sua responsabilidade uma divisão. O jogo inicia-se com a casa toda desarrumada com um indeterminado número de objetos (papéis de 4 cores diferentes, as mesma cores que os arcos) desarrumados e fora do sítio. O objetivo é arrumar a casa, ou seja, cada grupo de crianças terá de apanhar o objeto da cor da sua divisão e colocá-lo no seu arco. Após apanharem todos os objetos da sua divisão e os colocarem no seu arco a equipa senta-se à volta do seu arco. A equipa mais rápida é a vencedora. (Sílvia Faria)

Depois de cantada ou recitada a quadra, o professor toca uma padrão rítmico combinado em tambor ou outro instrumento e as equipas começam a arrumar. Quando a primeira equipa acaba, toca “Tá” (um som), Titi (dois sons) na segunda; Tríola (três) na terceira; e Tirititi (quatro) na quarta.

Em alternativa, a cada arco corresponde uma categoria de instrumentos: cordofones (de corda), aerofones (de sopro), membranofones (de pele), idiofones (é o próprio corpo que vibra, como a caixa chinesa, ou o prato suspenso, a maraca, ou o reco-reco). Em vez de usarem cores, as crianças arrumam papeis com imagens de instrumentos. Podem ser fotocopiadas para o jogo ou recortes de jornais ou revistas.

Jogo de arrumar a casa, Cabanões, professora Sílvia Faria, 10/01/2019

Jogo de arrumar a casa, Cabanões, professora Sílvia Faria, 10/01/2019

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

Saiba mais na Reciclanda e contacte-nos:

António José Ferreira:
962 942 759

Ora vou ao Porto

Ora vou ao Porto,
ora vou a Gaia.
Vou num dia à serra,
no outro vou à praia.

No exterior, de preferência, o professor atribui a quatro lugares os seguintes destinos, ou outros, de Norte a Sul:

Braga!
Porto!
Coimbra!
Lisboa!

Ou

Viana!
Aveiro!
Setúbal!
Faro!

  • As crianças começam por estar relativamente próximas do professor mas com espaço entre elas para não se atrapalharem na atividade. Depois de cantarem, o professor diz, alto e bom som uma das quatro cidades, percutindo em tambor.
  • O último a chegar ao destino (em cada jogada) perde uma de 7 vidas virtuais dadas a todos no início.
  • Nas primeiras vezes é provável que o professor diga uma cidade onde as crianças já se encontram e alguns distraídos ainda se movam.

António José Ferreira

Porto, Gaia e o rio Douro, créditos António José Ferreira, 2022

Porto, Gaia e o rio Douro, créditos António José Ferreira, 2022

Jogo de bola à mesa: criança com criança – ou criança com adulto – sentam-se frente a frente nas cabeceiras da mesa, tendo uma pequena bola. Têm perto da mesa um papel e uma caneta para anotar os resultados. Cada um faz a bola rolar em direção à cabeceira adversária. Se a bola cair pelos lados, o adversário ganha um ponto. O jogador que fizer a bola entrar na “baliza” contrária também marca um ponto. Quando um jogador chega aos 5 pontos, venceu o jogo. Aponta-se o resultado e dá-se início a mais um jogo.

António José Ferreira

“Família meu amor”: comemora o Dia Internacional da Família (15 de maio).

I. Um abraço faz-me feliz

Este é um poema/canção para os pais abraçarem, tocarem, massajarem, brincarem com a criança com (ou sem necessidades educativas especiais).

Canta usando a melodia em MIDI.

Um sorriso faz-me feliz.
Um sorriso te quero dar.
Eu sorrio e tu sorris.
Que bom ter-te para brincar.

Um sorriso!

Um abraço faz-me feliz,
um abraço te quero dar.
Eu te abraço e tu sorris.
Que bom ter-te para brincar.

Um sorriso!
Um abraço!

Uma bola faz-me feliz,
uma bola te quero dar.
Passo a bola e tu sorris.
Que bom ter-te para brincar.

Um sorriso!
Um abraço!
Uma bola!

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

Reciclanda, música e poesia para um mundo melhor

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Apresenta-se nas áreas da educação e da sustentabilidade em festivais.

Saiba mais na Reciclanda e contacte-nos:

António José Ferreira:
962 942 759

II. “No médico”, teatrinho criativo

Ouve a melodia AQUI.

Tente cantar com a melodia, ou improvise com ritmo corporal (palmas e mãos nas pernas, por exemplo, marcando a pulsação de forma alternada). Depois de estar preparado o texto, realize como se estivesse a representar uma pequena peça, tendo como personagens, a criança, o pai ou a mãe, o médico ou médica. Se possível, o pai ou outro familiar pode fazer de conta que é o médico. Toca diferentes partes do corpo, enquanto o adulto que faz de pai ou mãe canta o refrão. Não havendo mais ninguém em casa, o adulto canta e toca nas diferentes partes do corpo, se a criança não o conseguir fazer.

Olá, boa tarde,
ó senhor Doutor.
Veja o meu filho:
está com uma dor.

Veja a cabeça!

Veja as orelhas.

Veja o pescoço!

Veja os braços!

Veja as mãos!

Veja o peito!

Veja as costas!

Veja a barriga!

Veja as pernas!

Veja os pés!

Crianças em idade pré-escolar e até ao 3º Ano de Escolaridade gostarão de realizar esta atividade. Pelas suas características, pode ser bem sucedida também com crianças portadoras de NEE.

Com ligeiras adaptações, estas propostas podem realizar-se em casa ou na Escola, no 1º Ciclo ou na Pré-Escola, em Atividades de Enriquecimento Curricular ou Oficina dos Sons Adaptada. Com leves adaptações, esta sessão acessível e inclusiva pode comemorar não só o Dia Internacional da Família mas também o Dia do Pai (19 de março), Dia da Mãe (1º domingo de maio) e Dia Mundial dos Avós (26 de julho).

António José Ferreira

Criança abraça a mãe

Criança abraça a mãe

Método de adufe

O Adufando é o novo método de ensino do toque de adufe a crianças e jovens. Nasceu pelas mãos da Filarmónica Idanhense, em Idanha-a-Nova, município que tem neste instrumento o símbolo maior da sua riqueza e tradição musical.

O projeto da Filarmónica Idanhense, que tem a parceria da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e do Agrupamento de Escolas José Silvestre Ribeiro, surge da necessidade de criar um método intuitivo para aplicar no ensino de adufe no 1º Ciclo do Ensino Básico.

O Adufando tem por base 12 cantigas do concelho de Idanha-a-Nova, Cidade Criativa da Música da UNESCO. Com uma forte componente de imagem e ilustração, o método combina os suportes de livro e de plataforma digital e é composto por 72 fichas de trabalho (multidisciplinares).

Além das fichas de toque de adufe, o Adufando tem ainda fichas de trabalho para possibilitar o desenvolvimento de outras capacidades, entre elas, português, artes plásticas e expressão dramática. Até para lecionar disciplinas como Estudo do Meio ou Matemática é possível usar este método original.

Nasceu assim, nesta configuração, um dos primeiros métodos de ensino dedicados ao adufe, que além de intuitivo e prático, tem uma enorme facilidade de aplicação a todas as faixas etárias, logo a partir dos três anos.

É o resultado do trabalho realizado pela Filarmónica Idanhense nos campos da pesquisa, preservação e promoção do adufe, da música tradicional e das tradições do concelho de Idanha-a-Nova.

A autoria é de Carla Costa (toques de adufe e adaptação musical), Eugénia Lyubykh (ilustrações), João Abrantes (conceção original, toques e adaptação musical), Margarida Abrantes (toques de adufe) e Pedro Miguel Reis (adaptação musical).

Para dia 27 de setembro, está marcado o Workshop “Trabalhar com o Adufando”, que é gratuito e pretende contextualizar as múltiplas formas de utilização deste método, tanto através da plataforma como do livro.

Em paralelo, Filarmónica Idanhense lança também o projeto Musicando, um método de ensino de música a crianças e jovens que dá primazia à imagem e às atividades lúdicas para fortalecer a aprendizagem.

Os projetos integram o Plano Integrado e Inovador de Combate Contra o Insucesso Escolar, promovido pela Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) e financiado pelo Centro 2020, Portugal 2020 e UE – Fundo Social Europeu.

Adufando, método de adufe

Fonte:

Câmara Municipal de Idanha a Nova, 14 setembro 2020